quarta-feira, 31 de agosto de 2011

E não nos deixais cair em tentação... mas nos deixe sonhar!

E n
Existem passagens muito marcantes em nossas vidas. Uma delas, recordo, deu-se quando um paciente, com mais de 76 anos, finalmente rendeu-se a uma evidência declarando:- É, envelheci ! Ele queria dizer, com este seu reconhecimento, noutras palavras, que não se considerava velho até então. Espiritualmente era um adulto competente, sério, sóbrio e honesto. Havia enfartado.

Outro lance curioso diz respeito a uma honrada viúva que estava deixando de ser octogenária para entrar na casa dos noventa. Seu extremoso e gentil esposo já havia falecido há quase 10 anos. Estava participando da conversa que versava sobre casamento, relacionamentos e a falta de um companheiro. Em dado momento, aquela senhora de olhar tão sereno vaticinava que, depois do falecido, ela não queria mais saber de homem algum.

Ambas situações me levam a crer que o sentimento de jovialidade, independentemente da idade permanece vivo, dentro de nós, que nos recusamos a enxergar as evidências da vida, da nossa morfologia, da nossas limitações, dos problemas de saúde... É como se todos fossemos jovens. Bem, não quero me reportar, nem defender tese de qualquer natureza, mas sinto que minha adicção quarda íntima relação com essa não aceitação da idade mais avançada. Isso ocorre de modo tão natural que muitas vezes me pego cheio de desejos quando olho uma "cabritinha". E tem certas "cabritinhas" que compreendem o olhar do desejo.

"Cabritinha" é como chamo uma quase donzela, menina de poucas experimentações sexuais. E, não fosse casado e um cara quase fiel, não posso mentir, tenho que ser honesto, pois em meu destemido inventario moral contei que fui infiel, mas não foi nada demais, foi só um boquete. Isso ocorreu, contudo, por conta do meu estado de uso de droga e da garota, também. Rolou o clima e pronto: aconteceu e peço desculpas. Foi algo tipo ao que ocorreu com Bill Clinton quando perguntaram se ele já havia fumado marijuana e ele respondeu dizendo que "fumou, mas não tragou". Não foi nada demais, culturalmente falando.

Bem, a gente se perde com divagações irrelevantes. Sou prolixo, tenho que reconhecer, mas sei ser enxuto quando devo ser. Então, tive pelo menos uma cabritinha que era louquinha por mim. Não era interesseira e, junte-se a isso, meu desejo, já manifesto, de querer fazer um filho. Lá um dia ousei conversar com a mulher para fazer uma proposta que me parecia razoável. Era o seguinte: Querida, eu sinto um desejo enorme de ter mais um filho e você não pode me dar. Eu queria realizar esse sonho se você deixar...

Basta, foi um escândalo na família. Os filhos ficaram mais possessos que a mãe e eu já estava com meio caminho andado com a "cabritinha", um diachinho de mulher, 5 estrelas, que caiu do céu pra me endoidecer. Ela seria a mãe do próximo filho. Mas não fui assertivo e dai em diante tive que manter a fidelidade, não obstante ter que confessar meus pecadinhos. Desejar é pecado!

Não sei se tal proposta minha teria a ver com a não aceitação de uma série de coisas e se essas não aceitações podem ter alguma relação com a adicção. Olhando pelo lado da terapia de choque, que pede que nos coloquemos no lugar da companheira, seria foda ouvir uma proposta dela de tal natureza. É a angústia de quem sabe que um dia vai morrer versus a eterna ânsia de viver.

Mas deixando o que é ruim de lado, percebo que, dentro de mim mora um jovem adolescente querendo viver a vida de modo intenso e isso me deixa reflexivo, pois não quero matar esse jovem adolescente, nem a criança que reside em mim, seria uma atrocidade, mas seria bom que em minhas atitudes um rabo de saia não me levasse para o caminho da perdição.

Tem mulheres que nos tiram o paraíso e perdemos tudo por causa de uma aventura errante e eu sonho, viajo e me contesto. Preciso acabar com esse ser inconstante e cheio de conflitos... É o rabo, será a saia, ou o rabo da saia, ou tudo junto?

Vejam vocês que o perigo mora ao lado, com isso não estou insinuando nada com a vizinha de quem quer que seja, mas tem mulheres que são foda; tem um blog que ostenta uma foto tão sugetiva que da vontade de perder a cabeça. As meninas de hoje em dia são arrojadas, intrépidas, destemidas e dizem o que desejam assim de cara, em uma simples fotografia, como quem põe a xota pro cara ver. Eu tô vendo.

Mas, além de estar em recuperação, ser infiel seria como recair. Sei lá, preciso amadurecer, mas, pelo visto, a gente só desliga o botão da tentação depois que passamos dos setenta. Tenho 20 anos pela frente de tentações a reprimir. Sou adicto e isso não me deixa infeliz!

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