quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vivendo e aprendendo a viver

Vivendo e aprendendo. Hoje aprendi muita coisa. Busco ocupar meu tempo. Claro que gostaria de fazer inúmeras outras coisas que não guardem qualquer proximidade com drogas, mas, na medida das minhas possibilidades e limitações, faço apenas o que posso e me é permitido fazer por minha própria consciência. Muitas vezes fujo de seguir aquilo que chamo de "manuais", como se eu fosse um desregrado. 

Na verdade eu fujo muito ao padrão convencional do adicto clássico (rs), principalmente do adicto-NA. Encaro a vida com bom humor e os adictos são umas figuras de raro esplendor. Participar de uma reunião, seja de AA, ou de NA, é uma beleza. 

Eu fulano de tal, alcoólico cruzado, limpo a não sei quantos dias... poderia ter usado, mas não usei graças ao meu PS, não quero usar, não posso usar, não pretendo usar e só por hoje ... 

Hoje, contudo, resolvi deixar o NA quieto e realçar mais o AA. Acompanho o AA pela internet e tudo o que foi postado serve para qualquer DQ, é só trocar o "químico" empregado. 

O que foi postado, na maioria, saiu do livro "Viver Sóbrio". São lições de vida, de gente que sofreu e deu a volta por cima. 

São os ensinamentos dos que se cuidaram, dos que aprenderam a se cuidar e conseguiram vencer o vício. Ler o que esta gente anônima, ou quase anônima, escreve, como um legado importante, deixado para nós, aprendizes, é sempre bom. Pretendo tirar proveito dessa aprendizagem. Gostaria de ajudar, mas não posso. Sinto-me ainda como um neófito. 

Sou um recém chegado disposto a aprender. Não quero dar penada, apenas escrevo como quem partilha de uma maneira diferente. Faço minha catarse particular, contando estórias nada parecidas com as de Forrest Gump. Gostaria de escrever um bocado de coisas, mas é muito chato ficar só falando da gente. 

Gosto de ler e ouvir, mas não estou podendo, pelo menos ouvir como gostaria e por isso passeio pelo ciberespaço lendo um monte de coisas que eu desconhecia, neste admirável mundo novo. Quero ler o que as pessoas comuns, como eu, escrevem; quero ouvir o choro e o desabafo de um montão de gente, quero sentir a ausência de humildade e arrogância de outras tantas pessoas e em cada uma delas  ir me reconhecendo. Talvez isso me ajude. Ver o erro alheio e me espelhar para não incidir no mesmo erro me parece sensato. Mas, também me divirto...
sph, mais 24 horas de sobriedade!

Um comentário :

  1. "ÀS VEZES TENHO A IMPRESSÃO DE QUE ESCREVO POR SIMPLES CURIOSIDADE INTENSA. É QUE, AO ESCREVER, EU ME DOU AS MAIS INESPERADAS SURPRESAS. É NA HORA DE ESCREVER QUE MUITAS VEZES FICO CONSCIENTE DE COISAS, DAS QUAIS, SENDO INCONSCIENTE, EU ANTES NÃO SABIA QUE SABIA." CLARICE LISPECTOR

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