No que diz respeito à criação de Clínicas para dependentes químicos está faltando seriedade e respeito. Estamos sendo desrespeitados, enquanto Nação, enquanto sociedade, enquanto Justiça, enquanto Poderes constituídos, enquanto família e como cidadão. O nível de desrespeito é assombroso e os governos, federal, estadual e municipal, irmanados, deveriam possuir juntas fiscalizadoras para coibir abusos. Para que se crie uma clínica é preciso ter em conta o principio de que " quem não tem competência não se estabelece". Nestes últimos anos, em que foi fomentada uma crise de pânico social em torno do crack, principalmente, são muitas as chamadas "clínicas" que estão voltadas para a exploração deste novo "mercado". O pior é que, além dos crimes praticados, maus tratos, torturas, humilhações e falta de tratamento, ainda querem o dinheiro do SUS.
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O caso de Amy Winehouse foi tratado de nodo leviano, por muita gente... ela era drogada em recuperação, logo, o raciocínio insano, de uma sociedade mal criada e muito mal educada, deduziu que a mesma teria morrido de overdose de drogas. Tinha gente que até parecia estar na casa dela, pois contava, detalhadamente, como Amy morreu. Sabiam até quem foi o fornecedor das drogas. Sinceramente, quem depender destes juízes, com juízos medíocres, insanos, levianos e irresponsáveis, estará sujeito a condenações absurdas.
Enquanto o adicto reeduca-se, ou é educado pela aprendizagem dos doze passos, os cidadãos tidos como sãos, honestos, conscientes e consequentes, demonstram desonestidade, mente fechada, má vontade, falta de princípios, péssimos sentimentos, desonestidade e por ai vai. Quem sabe um dia, os doze passos, adaptados para a área educacional, em todos os níveis, do ensino fundamental à universidade, não venha nos redimir de tantos erros ? seria valioso para que pudéssemos ter um novo ser social, dotado de uma nova consciência e, consequentemente, uma sociedade sóbria, serena e sabia.
Voltando ao caso de Amy, é bom que se diga que a abstinência mata do mesmo modo que uma overdose, sendo, pois, imperativo, que clínicas voltadas para dependentes químicos, tenham em seus quadros, profissionais de saúde qualificados. No momento em que a inteligência que cria, cotidianamente, mais ciência e tecnologia, que consegue verbas para empreender guerras, patrocinando a morte, que nos permite estarmos conectados com o mundo inteiro, não possa, esta mesma inteligência, defender novos moldes de vida e equacionar problemas que parecem sem solução, como é o caso de "em nome da vida" cometerem absurdos, como, por exemplo o das internações involuntárias e compulsórias quando não indicadas por um profissional qualificado e competente. Ainda existe e anda esquecida a sonoterapia, que poderia ser utilizada em casos extremos e assistida por profissionais da área de saúde, para, uma vez semi-desintoxicado, o "dependente" tivesse chance de manifestar seu desejo e a própria vontade de buscar recuperação, sem traumas, sem correntes, sem algemas, sem bicho de sete cabeças, ou, como se dizia outrora, sem bicho papão. São raros os casos de pessoas que, submetidas a internamentos involuntários e/ou compulsórios, realmente sejam recuperados. A maioria ou sai louca, alguns quase lobotomizados, enquanto outros saem com raiva, ódio, fúria e rancor daqueles que em nome "da vida" mataram o que havia de humano "neles" (DQs).
Que neste momento importante, nossos altos dirigentes levem em consideração, não o apoio político da igreja de pastores, que investe em clínicas como se estivessem investindo em lupanares, ou na criação de casas mal assombradas, mas no objetivo fundamental, norteador de propósitos superiores que diz respeito à plena recuperação de dependentes químicos, vitimas que são de quem produz, armazena, transforma e distribui entorpecentes e narcóticos, para uma rede criminosa dentro da nossa e de outras sociedades, contrariando a tese, senso comum, de que é o viciado quem patrocina o tráfico, como se fossemos todos burros e tapados e não conhecêssemos o que é o crime organizado e o que são meios de produção.
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