sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Preconceito

Por mais que busquemos a nossa perfeição interior, sabemos que jamais a encontraremos pois a perfeição sempre esta por vir, pomos aonde nunca a alcançamos. Seremos perfeccionistas governados pela razão. Isso é bom pois é o que nos coloca com os pés no chão, com as sandálias da humildade nos pés. 

Faz tempos que na hora do café, ou do jantar, pouco importa, colocam-me reservada para mim, uma xícara marcada com um "xis" no fundo, pelo lado de fora. Usaram esmalte semi transparente e cintilante. Impossível não observar. Isso me conduziu àquelas cenas que muito me chocavam quando assistia filmes que mostravam como é que as coisas funcionavam em um campo de concentração nazista, no caso específico, varias cenas passam em flashs rápidos e sempre vejo aquela marca no braço dos judeus, indicando que eles pertenciam a uma outra espécie de gente, como se todos nós não fossemos  pertencentes à raça humana.

Volto ao XIS da questão e nele noto uma segregação, uma distinção, uma discriminação. Sei lá o que passa na cabeça das pessoas, mas, escrevi em páginas passadas que alguém ficou surpreso em saber que eu não possuía nada de nadinha, de doentio, dentro do meu organismo. Nada que possa contaminar quem quer que seja. Mas, devo compreender que em meu mundo existem outros mundos, ou realidades diferentes. Pena que existam pessoas desinformadas. 

Pena que me imaginassem tão promíscuo e, realmente fui. Mas povoaram minha vida como um conto de ficção. Não protestei, nada fiz, mas vai chegar o momento de, honestamente digo, que não honestamente a xícara cairá e ao tocar o chão se espatifará, com ela espero que o que existe de preconceito fique estilhaçado, no chão, como a xícara despedaçada. Falo que "desonestamente" porque prefiro que aconteça com algo casual. Não quero discutir nada com ninguém. Não me sinto flechado, mas decepcionado com a modalidade da agressão, nada sutil. 

Pois é, tenho um copo que me distingue dos demais. Assim caminha a humanidade. Meus exames retratam uma realidade boa, a xícara... bem, esqueçam a xícara! dela apenas restará a marca do preconceito que insistimos negar, mas as evidências o tornam real. Porque não rir do preconceito e dos preconceituosos ? sou "punk" da periferia, mas não sou da frguesia do ó, e, reconheço, o mundo atual progrediu muito, mas a mentalidade e a realidade ainda é igual aquela que podemos verificar através do filme Ben Hur, vendo como, há mais de 2.000 anos atrás, faziam com os leprosos. 

Chega um momento que seres humanos pensam que o DQ fosse uma nova espécie de leproso; talvez isso explique tantas outras coisas, mas cada cabeça é um mundo e uma sentença diferente. Estou bastante modificado...

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