O anonimato é o alicerce espiritual das nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES, p. 167
DÉCIMA SEGUNDA TRADIÇÃO
O anonimato é o alicerce espiritual das nossas tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades. A substância espiritual do anonimato é o sacrifício. Porque as Doze Tradições de A.A. reiteradamente nos pedem que esqueçamos os nossos anseios pessoais em favor do bem comum, compreendemos que o espírito do sacrifício – simbolizado pelo anonimato – é o fundamento de todas elas.
É a comprovada disposição de A.A. no sentido de fazer tais sacrifícios que dá às pessoas uma grande confiança em nosso futuro.Mas no princípio, o anonimato não nasceu da confiança; foi o fruto dos nossos primeiros temores. Nossos primeiros grupos anônimos de alcoólicos eram sociedades secretas. Os potenciais novos membros só podiam vir ter conosco através de uns poucos amigos de confiança.
O menor indício de publicidade, até mesmo para nossa obra, nos chocava. Embora ex-beberrões, continuávamos a achar que devíamos fugir ao desprezo e à desconfiança do público.Quando o livro grande apareceu em 1939, demos-lhe o nome de Alcoólicos Anônimos.
Seu prólogo fazia esta reveladora declaração: “É importante permanecermos anônimos porque, presentemente, somos muito poucos para atender ao grande número de cartas e pedidos que possam surgir em conseqüência desta publicação. Além do mais, a quebra do anonimato poderia prejudicar as novas atividades profissionais, visto sermos homens de negócio ou profissão liberal.” Nas entrelinhas é fácil ver o nosso medo de que um grande número de recém-chegados pudesse liquidar inteiramente o nosso anonimato.
À medida que os grupos de A.A. se multiplicavam, o mesmo acontecia aos problemas de anonimato. Entusiasmados com a recuperação espetacular de algum irmão alcoólico, revelávamos por vezes aqueles aspectos íntimos e dolorosos do caso que apenas o padrinho deveria ouvir. A vitima então declarava com razão que sua confiança havia sido traída.
Quando tais histórias começavam a circular fora de A.A., sobrevinha grave perda de confiança nas nossas promessas de anonimato. Isso amiúde afastava de nós as pessoas.
Claro que o nome de todo membro de A.A. – bem como a sua história – tinha de ser mantido em segredo, se ele assim o desejasse. Foi essa primeira lição que aprendemos na aplicação prática do anonimato.
PARECER DE UM (A) COMPANHEIRO (A) P. 373A
Décima-Segunda Tradição tornou-se importante nos primeiros dias de minha sobriedade e, junto com os Doze Passos, continua a ser indispensável em minha recuperação. Tornei-me consciente, após ingressar na Irmandade, de que tinha problemas de personalidade.
Assim, quando ouvi pela primeira vez a mensagem da Tradição, estava muito claro: existe uma maneira imediata para, com outros, encarar meu alcoolismo e seus acompanhantes, a raiva e as atitudes defensivas e ofensivas.
Vi a Décima Segunda Tradição como sendo uma grande desinfladora do ego; ela aliviou a minha raiva e me deu uma chance de utilizar os princípios do programa. Todos os Passos, e esta Tradição em particular, têm-me guiado por décadas de sobriedade contínua. Sou grato àqueles que estavam aqui quando precisei deles.
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Tudo que você vê aqui
Tudo que você ouve aqui
Quando sair daqui
Deixe que fique aqui
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