Clínica de recuperação de dependentes químicos ou uma arapuca para arrecadar dinheiro? |
Ter, 15 de Março de 2011 23:21 |
Cinco pessoas ligadas a uma clínica para dependentes químicos em Bragança Paulista foram presas em flagrante na madrugada desta terça-feira por suspeita de resgatar à força um interno que havia fugido do local com mais dois pacientes. Cada um pagava R$ 1 mil por mês. Mas o tratamento estava longe do adequado. De acordo com a polícia, os internos afirmaram que fugiram da clínica Hikary por sofrerem maus tratos. Após a fuga, os três se encontraram com a mulher de um deles e foram para um hotel na cidade. Um deles foi amarrado e ameaçado. “Por sorte no momento passava uma viatura da guarda municipal e minha esposa parou ela e avisou o que estava acontecendo e falou para ir atrás daquele carro que era onde eu estava amarrado lá dentro”, contou. Houve perseguição. “Com o sistema de monitoramento foi possível saber o destino que o veículo percorreu e com a ajuda de uma das testemunhas que era companheira do rapaz”, explicou Marcelo Filogônio, Major da Polícia Militar. O carro voltou para a clínica. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ela não tinha autorização para funcionar. Lá os policiais encontraram as duas armas. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as denúncias. “Não existe nem a possibilidade de donos de clínicas saírem armados e recuperarem internos na rua armados”, comentou Fernão Dias da Silva Leme, delegado seccional. Um dos advogados da clínica Hikary, Silvio Ferigato Neto, afirma que o proprietário da instituição não está entre os presos, e sim seu filho, que é atirador e coleciona armas. As armas encontradas com os suspeitos eram dele, segundo o advogado, e estavam no carro no momento do resgate dos internos por um "erro administrativo". A clínica afirma ainda que o resgate foi solicitado pelos pais dos internos, que teriam pedido "o que fosse necessário para preservar a vida deles". "Acreditamos que em pouquíssimos dias eles serão soltos", diz o advogado Silvio Ferigato Neto. Os funcionários da clínica foram presos por suspeita de sequestro, cárcere privado, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo. |
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