sábado, 30 de julho de 2011

Família: "função", "grupo", "alternativas" e a "internação


Entender a família enquanto função é crucial, principalmente frente a tantos "novos arranjos familiares" que às vezes chegam a arrepiar àqueles mais desavisados... A família é, antes de tudo, função. Isso significa que antes de se pensar numa configuração em si, com papai mamãe e filhinho, as famílias existem há muito tempo e tem função de organização social e para tanto deve exercer o estímulo à maturidade e o afeto.

A família é um grupo. E como grupo possui integrantes que se encontram interligados. No caso familiar esses integrantes ligam-se pelo parentesco, ancestralidade, e sua estrutura possuirá características peculiares. Quanto à estrutura podemos ver que existem as famílias nucleares (homem, melher e filhos, sendo biológicos ou não), monoparentais (pais únicos, em decorrência do divórcio, abandono, adoção por uma só pessoa), famílias ampliadas ou consangüíneas (onde existe extensão de pais para avós ou outros parentes) e as famílias alternativas que constituem as comunitárias (as crianças são de responsabilidade de todos os membros da família) e as homossexuais (ligação conjugal de duas pessoas do mesmo sexo com filhos adotivos ou biológicos de um dos parceiros).

Quanto às "alternativas", quero fazer a seguinte reflexão: Não podemos escolher a família que temos, mas desde que pertençamos a um grupo familiar teremos a oportunidade de buscar novos grupos e buscar funções familiares em grupos não necessariamente de familiares. Os outros grupos serão a família muitas vezes e alguns membros serão representados e exercerão a função de familiares que muitas vezes não estão disponíveis em nossas vidas.

A internação em comunidade terapêutica pode e deve ter significado de "movimento de saúde" e toda a família deverá movimentar-se junto, seja na aproximação e revisão de papéis, seja no acompanhamento em forma de visitas e contatos com a equipe multidisciplinar, seja acatando juntamente com a equipe a melhor forma de desenvolver o acompanhamento do residente, enfim, seja participando dos grupos de ajuda a familiares de dependentes químicos.

É preciso que a família se repense, se reveja nesses tempos tão individualistas, se dê conta de sua função social de limite=amor, de cuidado, de proteção e desenvolvimento rumo à maturidade. Seu sentido deve ser de melhora e progresso enquanto constituição de seres humanos. Deve buscar alternativas , apoio, quando a vida sinaliza que algo não vai bem e que há sofrimento (sintoma). Não deve culpabilizar o outro ou mesmo uma instituição, mas compartilhar de responsabilidades e trilhar um caminhos JUNTOS!

A construção é em conjunto, pois NINGUÉM PODE SOZINHO.

A gente "só é" "em relação ao outro, sempre" !!!

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