sexta-feira, 1 de julho de 2011

Refazendo tudo numa boa





Quando fiz a entrega da minha vida e das minhas vontades a Deus eu estava decidido. Sabia que sozinho não podia e que, do meu jeito nada funcionou bem. Com a graça de Deus e do meu PSH dei o passo certo em busca da minha recuperação. Fiz esta entrega de modo incondicional. Pela primeira vez eu havia tomado uma decisão e tinha transformada a mesma em ação. Mas Deus nos faculta o livre arbítrio e, depois desta entrega, quase um ano limpo mas vivendo como pássaro fora do ninho, separado da mulher, por imposição desta, que fazia valer o sofisma de que voltar à minha casa de residência seria prejudicial, pois ficava perto de uma boca e isso seria desastroso. O argumento era mero sofisma e não deu outra senão na minha queda. Fuga geográfica pode até funcionar em alguns casos, mas é algo falacioso. Ela, evidentemente, não cria em mim e estas pequenas duvidas e incertezas foram fazendo com que eu retomasse de volta o controle da minha vida. Mais uma vez a mulher desestabilizava-me e eu não utilizava as ferramentas aprendidas; na prática eu me deixei levar pelo poder destrutivo maior que eu, pois não temos apenas o PS, é bom ressaltar. Dai não custou e veio a minha recaída e as consequências nefastas que estas implicam. Meu mundo caiu ! Muita coisa aconteceu. Voltei a estaca zero, ao primeiro passo, readimiti minha impotência perante a adicção e que minha vida voltou a ficar desgovernada. Tornei a me render e fiz tudo outra vez, como manda o figurino. Mente aberta, boa vontade e honestidade e aceitação me ajudam a tirar o peso causado pela sensação de quem está em luta consigo mesmo. Devo manter a mente aberta, agir com boa vontade e honestidade sempre, passei a reler a Bíblia, sem fanatismo; frequentar grupos de auto ajuda é essencial, sabendo que devo, também, evitar hábitos, pessoas e lugares da ativa. Sigo o meu caminho apenas com a ajuda do meu PSV e PSH, dos meus pais e dos meus irmãos. Sei que se meus demais parentes, por parte de pai e mãe, soubessem da minha situação, todos estariam ao meu lado, me confortando, me estimulando e me conduzindo para um porto seguro. Pelo lado da progenitora dos meus filhos as coisas são manipuladas por ela e por um filho que, devo dizer, a bem da honestidade, tem um lado Édipo muito forte e isso me preocupa, pois ele tem uma grau de desenvolvimento cultural muito baixo e é chegado a idéias megalômanas, gosta de insuflar a mãe contra o pai e é agressivo, em excesso. Então procuro focar-me em meu tratamento, não esperando nada deles, salvo prejuízos à minha recuperação, por isso prefiro evita-los. Agora é seguir tudo quanto aprendi e estou aprendendo e reaprendendo, com minhas falhas e deficiências. Busco ser disciplinado, mas ainda não me sinto estabilizado. Tento manter meu auto controle, mas confesso que é muito difícil em dados momentos. Dai respiro fundo e dou uma saída para um local isolado e peço a Deus paciência e me refaço. Preciso agir de modo equilibrado com desequilibrados, deixar que se cumpra em mim, a soberana vontade do meu PS. Sabe, no final eu fico achando que não deveria partilhar certas coisas, mas tem coisas que precisam ser tocadas como quem toca na própria ferida, não para infecciona-la, mas para facilitar a cura. Mas, como diz Gil, tudo tudo vai dar certo e eu tenho muita fé dentro de mim. Estou muito alegre e satisfeito comigo mesmo, com o cumprimento das minhas metas e com o meu desejo crescente de não usar.

No momento, o mais doloroso está no recente abandono do cigarro, droga lícita, mas altamente prejudicial. Ainda sinto a falta. Sigo pela estrada da minha recuperação com uma força interior muito intensa. Possivelmente os incessantes golpes me devolveram o amor-próprio e a auto estima e tenho procurado dar a volta por cima. Sei que meu relacionamento com muita gente não será mais o mesmo e isso constitui um defeito que não consegui retirar de mim, ainda. Perdi minha inocência. O mundo anda cheio de gente astuciosa e eu me cuido evitando estas pessoas e tudo mais que me causa mal estar. Estou afastado, por outras razões, das pessoas que me causam bem estar. Vou refazendo a minha vida, aos poucos, com o senso crítico desperto. Estou sentindo necessidade de me tratar de modo mais vasto e de cuidar das minhas imperfeições. Vou devagar, mas vou. estou ok !
PS.: Não sou um adicto problemático e, quando era usuário, não usava de modo pontual, mas de modo bem espaçado. Agora, quando usava, usava pra valer. Creio que o leitor merece saber a verdade. Também não sou fanático de carteirinha de grupos e igrejas. Não saio com a Bíblia debaixo do braço, nem fico aborrecendo amigos e conhecidos com a "evangelhização". Detesto essas igrejinhas do dízimo e do falso moralismo.Mas procuro seguir os doze passos e os ensinamentos colhidos através do NA e AA,  podem questiona-los, mas eles funcionam e se funciona vou segui-los.

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