No livro Insights
into excellence [Critérios de excelência], o palestrante
norte-americano Charles Plumb conta uma história muito bonita.
Ele era piloto de
bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de mais de 85 missões de combate, uma
semana antes de voltar para casa, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb
saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.
Ao retornar aos Estados
Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na
prisão.
Certo dia, num
restaurante, foi saudado por um homem:
- Olá, você é Charles
Plumb, que era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?
- Sim, como sabe? Nós
nos conhecemos? — perguntou Plumb.
— Sim e não... Era eu
quem dobrava seu pára-quedas. E me parece que ele funcionou bem, não é verdade?
Plumb quase sufocou de
surpresa. Com muita gratidão, respondeu:
— Claro que funcionou!
Afinal, é por isso que estou aqui hoje.
Ao ficar sozinho naquela
noite, Plumb não conseguiu dormir pensando no que ocorreria no restaurante e se
perguntando: "Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe
disse bom dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro".
Pensou também nas horas
em que o marinheiro passara humildemente no barco, enrolando os fios de seda de
vários pára-quedas, tendo nas mãos a vida de pessoas que nem ao menos conhecia.
Depois disso, Plumb
passou a iniciar suas palestras perguntando à platéia: "Você sabe quem
dobrou seu pára-quedas hoje?"
Você já pensou em
quantas pessoas trabalham para que você possa estar vivendo este momento de sua
vida? Convido você a telefonar para uma dessas pessoas e simplesmente dizer a
ela: "Obrigado por dobrar meu pára-quedas!"
Gratidão gera segurança.
Um vínculo de gratidão cria confiança extra entre as pessoas envolvidas por
esse sentimento.
Infelizmente, muita
gente hoje em dia tem o hábito de cuspir no prato em que comeu. Para elas, as
pessoas são apenas degraus de uma escada que têm de subir para ganhar poder.
Todos à sua volta são vistos como simples motoristas para levá-las ao sucesso.
Jogam fora as pessoas de seu passado como se fossem lixo descartável.
As pessoas que descartam
os outros, sem dor na consciência, criam apenas relacionamentos de interesse.
Aos poucos viverão a angústia de perceber que elas também se tornam
descartáveis para os outros.
Mas sabemos que você é
diferente, que tem o coração grande. Por isso, pegue o telefone agora mesmo e
faça algumas ligações para essas pessoas que pavimentam as estradas em que
você caminha. E, do fundo do coração, agradeça por tudo que elas têm feito por
você.
Fonte: ROBERTO SHINYASHIKI, Trecho do livro "A CORAGEM DE CONFIAR, O MEDO É O SEU PIOR INIMIGO". Editora Gente
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