quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Gratidão gera confiança

No livro Insights into excellence [Critérios de excelência], o palestrante norte-americano Charles Plumb conta uma história muito bonita.
Ele era piloto de bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de mais de 85 missões de combate, uma semana antes de voltar para casa, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.
Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.
Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
- Olá, você é Charles Plumb, que era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?
- Sim, como sabe? Nós nos conhecemos? — pergun­tou Plumb.
— Sim e não... Era eu quem dobrava seu pára-quedas. E me parece que ele funcionou bem, não é verdade?
Plumb quase sufocou de surpresa. Com muita gratidão, respondeu:
— Claro que funcionou! Afinal, é por isso que estou aqui hoje.
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguiu dormir pensando no que ocorreria no restaurante e se perguntando: "Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse bom dia? Eu era um piloto arro­gante e ele um simples marinheiro".
Pensou também nas horas em que o marinheiro passara humildemente no barco, enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo nas mãos a vida de pessoas que nem ao menos conhecia.
Depois disso, Plumb passou a iniciar suas palestras per­guntando à platéia: "Você sabe quem dobrou seu pára-que­das hoje?"
Você já pensou em quantas pessoas trabalham para que você possa estar vivendo este momento de sua vida? Con­vido você a telefonar para uma dessas pessoas e simples­mente dizer a ela: "Obrigado por dobrar meu pára-quedas!"
Gratidão gera segurança. Um vínculo de gratidão cria confiança extra entre as pessoas envolvidas por esse sen­timento.
Infelizmente, muita gente hoje em dia tem o hábito de cuspir no prato em que comeu. Para elas, as pessoas são apenas degraus de uma escada que têm de subir para ga­nhar poder. Todos à sua volta são vistos como simples motoristas para levá-las ao sucesso. Jogam fora as pessoas de seu passado como se fossem lixo descartável.
As pessoas que descartam os outros, sem dor na cons­ciência, criam apenas relacionamentos de interesse. Aos poucos viverão a angústia de perceber que elas também se tornam descartáveis para os outros.
Mas sabemos que você é diferente, que tem o coração grande. Por isso, pegue o telefone agora mesmo e faça al­gumas ligações para essas pessoas que pavimentam as estradas em que você caminha. E, do fundo do coração, agradeça por tudo que elas têm feito por você.

Fonte: ROBERTO SHINYASHIKI, Trecho do livro "A CORAGEM DE CONFIAR, O MEDO É O SEU PIOR INIMIGO". Editora Gente

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