Pô, largar as drogas parece algo fácil? conheço casos de pessoas que simplesmente deixaram vícios de cocaína e crack da noite para o dia. Todos pobres. Desconheço a motivação interior. Achava inacreditável, mas era real. Uns tornavam-se crentes, outros não tinham uma religião que pudessem professar, mas todos, referindo-se ao fato de estarem limpos usavam a expressão, "graças a Deus". Outros procedem a substituição da cocaína e/ou do crack pela maconha, isso que todos sabem ser a redução de danos. Por outro lado, deixar as drogas parece ser algo tão difícil que são muitos os que morrem escravos dela. Outros, com ajuda conseguem se libertar.
Já conheci muita gente que se viciou em heroína e morfina e, como redução de danos, ou descem para a cocaina, ou para a RITALINA (tarja preta). Conforme a droga, a classe social muda. As pessoas que conheci e estavam na dependência da morfina e outras substancias derivadas do ópio eram muito bem situadas na vida, geralmente profissionais dos melhores em suas especialidades. Conheci lindas garotas que migraram para o crack por não encontrarem a heroína com facilidade no Brasil, elas vieram viciadas do exterior.
O mundo das drogas é um mundo louco. Outras belissimas criaturas eu conheci pelas "quebradas", altas horas, muitas implorando grana em troca de sexo poe até dois reais. São criaturas irresistiveis e quem não tem camisinha fica receoso. Com pena já dei muito dinheiro a essas pobres criaturas, mas isso provocava alvoroço nas bocadas e tinha que adiantar meu lado. Houve lugares que, de madrugada, ouvia garotas gritando meu nome. De certo modo estava íntimo e "querido". Para espantar a solidão eram boas companhias, depois apareciam as más e acabava sendo furtado em meus vacilos e estados de confusão.
Há um imensa quantidade de gente usando o crack. Não corresponde a realidade a idéia difundida de que o crack vicia de primeira. Mas existem milhares de pobres, noite adentro, no vício, pedindo dinheiro, furtando como descuidistas, outros são ladrões hábeis e outros não passam de gente pobre honesta.
Uma vez estava em uma casa, que funcionava como um abrigo. Usava-se crack (a maioria), cocaína e maconha. Havia quem misturasse. Conheci lindas garotas cheirando e outras fumando pedra na lata. Usei com diversas delas. Não eram do tipo das periguetes, que também ali estavam. O vício mistura tudo.
Nunca imaginei que a coisa tivesse se alastrado tanto. O crack é uma droga que altera a personalidade quando o uso torna-se intenso e o caráter parece mudar posto que muita gente faz coisas que nega seus princípios e valores. Quando se recobra a razão a pessoa não se reconhece. Jura que não vai mais fazer a mesma coisa e termina fazendo. Fora do uso a pessoa é uma, com determinada dosagem da droga, a pessoa pode se transformar em uma outra pessoa. Falo em dosagem vez que o que diferencia o remédio do veneno é a dose. E, no caso de drogas, quanto maior a dosagem piores são os efeitos e consequências.
Muitas vezes fiz a farra coletiva, para gente imprestável, apenas no afã de me aproximar de garotas interessantes. Conheci uma lindissima que, respondendo uma pergunta que fiz me respondeu dizendo que o crack era "o beijo da morte". Fiquei uma noite, sem sexo, com a filha de um juíz - ela frisava isso o tempo todo - ela me contava estar no crack a vários anos. Sentia pena dela mesmo e de quem usava "essa droga maldita". Era bonita, mas se dizia "derrubada". Eu entendia, embora não achasse. Estava descuidada e castigada pelo uso. Queria se ver livre do vício, desejava largar, mas a família já não se importava mais com ela.
Essas garotas de origem burguesa trepam por trepar, não se vendem, mas dizem que não sentem prazer quando em "alta voltagem". Usam de tudo. De repente pintam bandidos armados para usar e depois zarpavam. Não custaria muito até serem mortos. Só guardo recordação dessas criaturas que estavam perdidas, como se não tivessem mais nada a perder, como quem está sem rumo, sem família, desnorteadas. Outras pareciam plantadas e centradas. Enfim, tenho boas recordações de dialogos travados, de fisionomias que me despertavam interesse e curiosidade. Mas eu ficava encabulado: porque o crack? e esta resposta nem eu sei responder. Na verdade a pergunta seria: porque drogas?
Não é dificil larga-la, também não é fácil. É preciso querer ser ajudado. é importante ter humildade e pedir ajuda. É preciso aceitar que a droga passa a governar a pessoa.
Há muito exagero por ai na questão da violência. Há que se levar em conta que, independentemente de droga, a boa e a má índole já existiam, a violência é tão velhinha. Os requintes de maldade, de perversidade, não nasceu com as drogas. Sempre iremos ter os bons e os maus carateres. Tem usuários conscientes que nada fazem de errado, salvo usar. Outros já tem a natureza ruim, usam e depois dizem que foi a droga. O crack, isso eu já presenciei, pode provocar reações estranhas em usuárias(os) avançadas(os). O simples barulho da água caindo, de um chuveiro, pode desencadear uma reação agressiva. A paranóia e estados esquizoides são observados nitidamente. No mais, muita gente de bem se mistura com gente do mal, mas essa gente do mal é apenas de furtar. Os bandidos, mesmo, vão aprontar de cara limpa e, só depois, drogam-se e somem. Obrigam os donos da casa a lhes alojarem sob ameaças.
Em uma casa, certa feita, tinha um cara usando crack. Me afastei dele e fui ficar em um canto isolado. Este sujeito, dizendo-se sargento da rondesp, mostrou uma carteira, que não podia ver direito em ambiente escuro, dizia-se armado e me assaltou. Conta-se que existem centenas de policiais usando, abusando, assaltando e matando. O que me assaltou, se era, ou não, policial nunca saberei dizer.
A droga tem efeito devastador, mas, passando o efeito o juízo volta ao normal. O organismo não está livre das toxinas, contudo, e isso, somando-se outros fatores leva uma pessoa a, mais uma vez, buscar usar e a pessoa se perde no tempo e no espaço, podendo levar dias sem dar noticia. Quando regressa está irreconhecivel.
Agora, é bom que se diga, tem gente que usa muito mesmo e não aparenta. Continua como se estivesse de cara. Possivelmente foram alcançados pela tolerância.
De resto, andei por ruas escuras, ladeiras, becos, escadinhas, trilhas. Já fui brecado por rapazes fortemente armados e, depois de levantar camisa e etc, ser liberado. Dá medo, sim. É arriscado, sim. Mas nas bocadas profissionais não me assustava e era bem recebido. E imaginar que fui capaz de ir a tantos lugares, de ter feito tantas besteiras, que acabo não me reconhecendo.
É preciso estar sóbrio para poder se enxergar melhor. Eu rezo por toda essa gente e peço a Deus para aqueles, de índole ruim, não aprontarem nada de errado e que as autoridades policiais deixassem claro que o crime não compensa e que tirar a vida de alguém não ficará impune. Que o bandido será caçado e achado e exemplarmente punido. Isto faz com que os bandidos se sintam inibidos. Os periculosos, neste aspecto não assustam, desde que se faça o que pedem. Não estão pra matar ninguém, mas se alguém desobedece, pode pagar caro. É um mundo complexo e todos precisam estar atentos, incluindo-se os usuários de drogas. Outro detalhe: conheci um contingente imenso de gente que ninguém diz que usa crack e/ou cocaína e nesse rol estão incluidos gente de todos os sexos.
Você que gosta de falar mal do usuário, abra seus olhos, pois seu filho, ou sua filha podem estar no consumo dito social. Portanto é importante medidas sócio educativas e preventivas para que a onda das drogas não se espalhe com tamanha velocidade e não se transforme em um tsunami. Finalizo lembrando: violência gera violência. A sociedade precisa de paz e amor e os bandidos de um severo desarmamento.
Quanto as propagandas anti-científicas, que só servem a exterminadores, gerando um clima de histeria e mal estar social, sou contra. Não é este tipo de propaganda alarmista que vai levar as pessoas a não evitar cair no mundo das drogas. É preciso dizer a verdade como ela é, sem mentiras e racionalizações políticas. Nada de mascarar a verdade culpabilizando a droga por tudo. O assunto deve ser encarado com seriedade. Não é artigo de manipulação. Deve-se evitar os exageros. Propagandas inteligentes são muito mais eficientes. Os publicitários deveriam pegar o gancho e mostrar as autoridades que se querem realmente propagandas eficientes a linguagem deve ser outra. Deve-se ter em mente que um usuário é um retrato da família, que retrata a sociedade, e a Pátria é a família amplificada. Sem famílias estruturadas, sem escolas equipadas e preparadas para atrair a garotada, que ingressa no mundo das drogas bem cedo, nada vai funcionar.É preciso direcionar mensagens para distintos alvos que iram convergir para um denominador comum que será o entendimento, a compreensão, de que as drogas não levam a nada, salvo à própria destruição. É preciso entender que a sociedade está adoentada, moralmente ferida, fisicamente fragilizada, psicologicamente em frangalhos. Há um clima de violência, sim. Mas a violência está dentro das pessoas e estas pessoas estão portando armas de modo ilegal, noutras, que pena, de modo legal. É preciso começar a se desconstruir a cultura da violência, a substituir a cultura do ódio pela cultura da paz e do amor.
Já conheci muita gente que se viciou em heroína e morfina e, como redução de danos, ou descem para a cocaina, ou para a RITALINA (tarja preta). Conforme a droga, a classe social muda. As pessoas que conheci e estavam na dependência da morfina e outras substancias derivadas do ópio eram muito bem situadas na vida, geralmente profissionais dos melhores em suas especialidades. Conheci lindas garotas que migraram para o crack por não encontrarem a heroína com facilidade no Brasil, elas vieram viciadas do exterior.
O mundo das drogas é um mundo louco. Outras belissimas criaturas eu conheci pelas "quebradas", altas horas, muitas implorando grana em troca de sexo poe até dois reais. São criaturas irresistiveis e quem não tem camisinha fica receoso. Com pena já dei muito dinheiro a essas pobres criaturas, mas isso provocava alvoroço nas bocadas e tinha que adiantar meu lado. Houve lugares que, de madrugada, ouvia garotas gritando meu nome. De certo modo estava íntimo e "querido". Para espantar a solidão eram boas companhias, depois apareciam as más e acabava sendo furtado em meus vacilos e estados de confusão.
Há um imensa quantidade de gente usando o crack. Não corresponde a realidade a idéia difundida de que o crack vicia de primeira. Mas existem milhares de pobres, noite adentro, no vício, pedindo dinheiro, furtando como descuidistas, outros são ladrões hábeis e outros não passam de gente pobre honesta.
Uma vez estava em uma casa, que funcionava como um abrigo. Usava-se crack (a maioria), cocaína e maconha. Havia quem misturasse. Conheci lindas garotas cheirando e outras fumando pedra na lata. Usei com diversas delas. Não eram do tipo das periguetes, que também ali estavam. O vício mistura tudo.
Nunca imaginei que a coisa tivesse se alastrado tanto. O crack é uma droga que altera a personalidade quando o uso torna-se intenso e o caráter parece mudar posto que muita gente faz coisas que nega seus princípios e valores. Quando se recobra a razão a pessoa não se reconhece. Jura que não vai mais fazer a mesma coisa e termina fazendo. Fora do uso a pessoa é uma, com determinada dosagem da droga, a pessoa pode se transformar em uma outra pessoa. Falo em dosagem vez que o que diferencia o remédio do veneno é a dose. E, no caso de drogas, quanto maior a dosagem piores são os efeitos e consequências.
Muitas vezes fiz a farra coletiva, para gente imprestável, apenas no afã de me aproximar de garotas interessantes. Conheci uma lindissima que, respondendo uma pergunta que fiz me respondeu dizendo que o crack era "o beijo da morte". Fiquei uma noite, sem sexo, com a filha de um juíz - ela frisava isso o tempo todo - ela me contava estar no crack a vários anos. Sentia pena dela mesmo e de quem usava "essa droga maldita". Era bonita, mas se dizia "derrubada". Eu entendia, embora não achasse. Estava descuidada e castigada pelo uso. Queria se ver livre do vício, desejava largar, mas a família já não se importava mais com ela.
Essas garotas de origem burguesa trepam por trepar, não se vendem, mas dizem que não sentem prazer quando em "alta voltagem". Usam de tudo. De repente pintam bandidos armados para usar e depois zarpavam. Não custaria muito até serem mortos. Só guardo recordação dessas criaturas que estavam perdidas, como se não tivessem mais nada a perder, como quem está sem rumo, sem família, desnorteadas. Outras pareciam plantadas e centradas. Enfim, tenho boas recordações de dialogos travados, de fisionomias que me despertavam interesse e curiosidade. Mas eu ficava encabulado: porque o crack? e esta resposta nem eu sei responder. Na verdade a pergunta seria: porque drogas?
Não é dificil larga-la, também não é fácil. É preciso querer ser ajudado. é importante ter humildade e pedir ajuda. É preciso aceitar que a droga passa a governar a pessoa.
Há muito exagero por ai na questão da violência. Há que se levar em conta que, independentemente de droga, a boa e a má índole já existiam, a violência é tão velhinha. Os requintes de maldade, de perversidade, não nasceu com as drogas. Sempre iremos ter os bons e os maus carateres. Tem usuários conscientes que nada fazem de errado, salvo usar. Outros já tem a natureza ruim, usam e depois dizem que foi a droga. O crack, isso eu já presenciei, pode provocar reações estranhas em usuárias(os) avançadas(os). O simples barulho da água caindo, de um chuveiro, pode desencadear uma reação agressiva. A paranóia e estados esquizoides são observados nitidamente. No mais, muita gente de bem se mistura com gente do mal, mas essa gente do mal é apenas de furtar. Os bandidos, mesmo, vão aprontar de cara limpa e, só depois, drogam-se e somem. Obrigam os donos da casa a lhes alojarem sob ameaças.
Em uma casa, certa feita, tinha um cara usando crack. Me afastei dele e fui ficar em um canto isolado. Este sujeito, dizendo-se sargento da rondesp, mostrou uma carteira, que não podia ver direito em ambiente escuro, dizia-se armado e me assaltou. Conta-se que existem centenas de policiais usando, abusando, assaltando e matando. O que me assaltou, se era, ou não, policial nunca saberei dizer.
A droga tem efeito devastador, mas, passando o efeito o juízo volta ao normal. O organismo não está livre das toxinas, contudo, e isso, somando-se outros fatores leva uma pessoa a, mais uma vez, buscar usar e a pessoa se perde no tempo e no espaço, podendo levar dias sem dar noticia. Quando regressa está irreconhecivel.
Agora, é bom que se diga, tem gente que usa muito mesmo e não aparenta. Continua como se estivesse de cara. Possivelmente foram alcançados pela tolerância.
De resto, andei por ruas escuras, ladeiras, becos, escadinhas, trilhas. Já fui brecado por rapazes fortemente armados e, depois de levantar camisa e etc, ser liberado. Dá medo, sim. É arriscado, sim. Mas nas bocadas profissionais não me assustava e era bem recebido. E imaginar que fui capaz de ir a tantos lugares, de ter feito tantas besteiras, que acabo não me reconhecendo.
É preciso estar sóbrio para poder se enxergar melhor. Eu rezo por toda essa gente e peço a Deus para aqueles, de índole ruim, não aprontarem nada de errado e que as autoridades policiais deixassem claro que o crime não compensa e que tirar a vida de alguém não ficará impune. Que o bandido será caçado e achado e exemplarmente punido. Isto faz com que os bandidos se sintam inibidos. Os periculosos, neste aspecto não assustam, desde que se faça o que pedem. Não estão pra matar ninguém, mas se alguém desobedece, pode pagar caro. É um mundo complexo e todos precisam estar atentos, incluindo-se os usuários de drogas. Outro detalhe: conheci um contingente imenso de gente que ninguém diz que usa crack e/ou cocaína e nesse rol estão incluidos gente de todos os sexos.
Você que gosta de falar mal do usuário, abra seus olhos, pois seu filho, ou sua filha podem estar no consumo dito social. Portanto é importante medidas sócio educativas e preventivas para que a onda das drogas não se espalhe com tamanha velocidade e não se transforme em um tsunami. Finalizo lembrando: violência gera violência. A sociedade precisa de paz e amor e os bandidos de um severo desarmamento.
Quanto as propagandas anti-científicas, que só servem a exterminadores, gerando um clima de histeria e mal estar social, sou contra. Não é este tipo de propaganda alarmista que vai levar as pessoas a não evitar cair no mundo das drogas. É preciso dizer a verdade como ela é, sem mentiras e racionalizações políticas. Nada de mascarar a verdade culpabilizando a droga por tudo. O assunto deve ser encarado com seriedade. Não é artigo de manipulação. Deve-se evitar os exageros. Propagandas inteligentes são muito mais eficientes. Os publicitários deveriam pegar o gancho e mostrar as autoridades que se querem realmente propagandas eficientes a linguagem deve ser outra. Deve-se ter em mente que um usuário é um retrato da família, que retrata a sociedade, e a Pátria é a família amplificada. Sem famílias estruturadas, sem escolas equipadas e preparadas para atrair a garotada, que ingressa no mundo das drogas bem cedo, nada vai funcionar.É preciso direcionar mensagens para distintos alvos que iram convergir para um denominador comum que será o entendimento, a compreensão, de que as drogas não levam a nada, salvo à própria destruição. É preciso entender que a sociedade está adoentada, moralmente ferida, fisicamente fragilizada, psicologicamente em frangalhos. Há um clima de violência, sim. Mas a violência está dentro das pessoas e estas pessoas estão portando armas de modo ilegal, noutras, que pena, de modo legal. É preciso começar a se desconstruir a cultura da violência, a substituir a cultura do ódio pela cultura da paz e do amor.
SPH
sem revisão.
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