UM GUIA PARA PREVENÇÃO DE RECAÍDAS TERENCE T. GORSKI e MIRLENE MILLER
CAPÍTULO II
DOENÇA DA ADICÇÃO
Para entender a recaída, é preciso entender a doença da adicção. As pessoas muitas vezes não conseguem se recuperar por que não entendem sua adicção, ou não conseguem fazer aquelas coisas que podem ajudá-las a evitar a recaída. Informação errada sobre a natureza da adicção é responsável por muitos tratamentos impróprios e incompletos que levam à recaída.
ADICTIVOS
QUÍMICOS
Drogas alteradoras de humor são agentes químicos qu e produzem mudanças na função do cérebro por alterar a química do cérebro. Uma vez que a função do cérebro for alterada, a pessoa experimenta mudanças físicas, psicológicas e comportamentais como resultado direto.
Estas mudanças no funcionamento físico e psicológico, como também no comportamento, causam mudanças no relacionamento social. Todas as drogas alteradoras do humor têm o potencial de alte rar o pensamento, danificar a mente e o corpo e afetar os comportamentos e relacionamentos. SE ELAS SÃO USADAS ADICTIVAMENTE OU NÃO. As extensões destas conseqüências dependem da droga usada, da pessoa que utiliza e em alguns casos, das circunstâncias em que é utilizada.
As principais drogas adictivas podem ser classificadas em quatro grupos: depressoras, estimulantes, analgésicas e alucinogênicas. As drogas mais comuns encontradas, pertencentes a estas categorias, estão listadas abaixo:
1- DEPRESSORAS:
a) Álcool;
b) Pílulas para dormir (barbitúricos e similares que a gem como sedativos hipnóticos);
c) Tranqüilizantes (Librium, Valium, etc).
2- ESTIMULANTES:
a) Anfetaminas;
b) Cocaína;
c) Nicotina (tabaco);
d) Cafeína.
3- ANALGÉSICOS
a) Narcóticos;
b) Derivados de narcóticos.
4- ALUCINOGÊNICAS:
a) Alucinogênicos;
b) Penciclidina (PCP);
c) Cannabis (Maconha, haxixe, etc.).
Aparte:
5- Comportamentais (que anestesiam, estimulam, deprimem)
a) Práticas de isolamento a anorexia
b) Sexo compulsivo
c) Fantasias de todos os tipos
d) Sedução, troca de olhares e Luxúria Romântica
e) Comer compulsivo
f) Gastar Compulsivo
g) Jogar
h) Acesso a Internet compulsiva
A DOENÇA DA ADICÇÃO
“Adicção” é uma condição na qual uma pessoa desenvolve bio-psico-social dependência com qualquer droga alteradora de humor. Uma adicção leva uma pessoa a usar droga para conseguir uma gratificação a curto prazo. Mas existe um preço a ser pago. Em longo prazo, a adicção é acompanhada por obsessão, compulsão e perda de controle. Quando não está usando, a pessoa que sofre de adicção está pensando, planejan do ou procurando usar novamente (isto é a obsessão). O uso interfere com a maneira de viver, mas existe uma compulsão ou necessidade avassaladora pa ra usar novamente, apesar das conseqüências dolorosas em longo prazo. A pessoa adicta usa a droga para aliviar a dor criada pelo seu uso. Assim o contínuo uso do químico leva ao contínuo uso do químico = isto é adicção.
Contínuo uso de adictivos químicos leva ao uso continuado de adictivos químicos.
Adicção distingue-se de uso de droga pela falta de liberdade de escolha. Usar uma substância alteradora de humor é uma escolha. Adicção é uma condição que tira da pessoa a escolha, data e freqüência, quantidade e natureza do uso. Toda adicção começa com o uso, mas nem todo uso leva à adicção.
Adicção é uma doença física. Ela é classificada propriamente como o câncer, a doença do coração, o diabete, sendo uma d oença crônica que em longo prazo produz danos físicos, psicológicos, sociais. Como as vítimas destas outras doenças, os alcoólicos têm condições físicas que os tornam suscetíveis ao desenvolvimento da doença.
Embora o alcoolismo, hoje em dia, é amplamente aceito como doença, até pouco tempo atrás era considerado um problema p sicológico ou moral. O trabalho do Dr. Jelinck nos anos 50 e 60 levou à aceitação do alcoolismo como uma doença pela Associação Médica Americana (AMA), Sociedade Médica Americana sobre Alcoolismo (AMSA), Conselho Nacional de Alcoolismo (CNA), Associação Psiquiátrica Americana (APA) e Academia Americana de Prática Familiar. Também é considerada como doença pela Associação Psicológica Americana, Associação de Saúde Pública Americana e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Embora entre estes aceitem o alcoolismo como uma doença, existe uma crença comum de que sua causa primária é psicológica. Dr. James Milan deu uma importante contribuição ao reconhecer o alcoolismo como doença física primária. O Dr. Milan declara com ênf ase que fatores psicológicos e sociais não representam um papel importante em alcoolismo como em qualquer doença crônica. Ele desafia a noção de que o alcoolismo é causado por susceptibilidade psicológica e apresenta o ponto de vista de que o corpo da pessoa que torna-se adicto ao álcool não reage ao álcool da mesma maneira ao de uma pessoa não adicta. Pesquisa s atuais reforçam fortemente esta posição. A pesquisa de Charles Leiber, Marc Schuckit e outros indicam que algumas pessoas nascem com o corpo mais suscetível à adicção que outras.
Adicção como uma doença física primária, é afetada e afeta todos os aspectos de vida da pessoa.
Por esta razão chamamos a doença adictiva de uma doença bio-psico-social. “Bio” significa biológico ou do corpo. “Psico” significa psicológico ou da mente. “Social” refere-se ao relacionamento entre as pessoas.
A doença
adictiva é bio-psico-social.
O estudo da química do cérebro que afeta a transmissão de mensagem pelas células nervosas está levando a um avanço no entendimento da adicção. Muitas respostas que estão sendo descobertas estão também levantando novas questões. O processo inteiro da ação química do cérebro é muito complexo, mas está claro que a química do cérebro numa pessoa adicta é diferente de uma pessoa não-adicta.
Muito está sendo aprendido no estudo do metabolismo do fígado mostrando que muitas pessoas com uma estória de alcoolismo na família metaboliza o álcool (quebram e o eliminam do corpo) de maneira diferente mesmo antes que haja qualquer indicação de um problema de bebida.
Estes estudos reforçam uma base hereditária e genética para a adicção. Pessoas com uma predisposição genética para o alcoolismo não estão pré-destinados a desenvolver a doença, mas tê m um risco muito grande pela maneira como seus corpos reagem ao álcool.
Uma pessoa precisa usar álcool ou drogas para tornar-se adicta.
A predisposição genética influenciará quanto álcool e droga e que período de tempo será necessário para deflagrar a a dicção, pessoas diferentes têm níveis diferentes de suscetibilidade genética ou herdada para a adicção. Em algumas pessoas uma pequena quantidade de álcool ou uso de drogas num curto período de tempo pode deflagrar a adicção. Outras pessoas podem usar álcool, drogas pesadas por muito tempo para que se desenvolva a doença adictiva.
Jack começou a usar álcool com 19 anos. Na primeira vez que usou álcool ele bebeu mais que pretendia, ficando bêbado e teve problemas com o uso da bebida. Jack nunca teve um dia de bebida normal. Com 26 anos, 7 anos após sua primeira bebida, Jack estava num hospital, seriamente doente por seu alcoolismo. Mais tarde no AA., Jack se descrevia como um “alcoólico instantâneo”.
Bill, de outra maneira, também começou a beber com 19 anos. Quase ficou bêbado. Seus primeiros problemas com o álcool começaram a aparecer na idade de 34 anos. O álcool não lhe causou proble mas sérios até que completasse 46 anos. Bill teve 15 anos bebendo normalmente antes que seu alcoolismo se tornasse aparente.
As pessoas começam a usar álcool ou drogas por razõ es psico-sociais. Bebem porque se sentem bem (uma razão psicológica), porque os outros bebem, porque ajuda-os a fazer parte de seu grupo, ou porque são pressionados (razões sociais).
As pessoas se tornam adictas por razões físicas. De senvolvem tolerância; precisam usar mais droga para conseguir o mesmo efeito. As células do corpo adaptam-se a altos níveis de droga e começam a funcionar normalmente quando ela está presente e isto leva à dependência. O corpo começa a precisar de droga: a falta da droga resultará em comoção física causando desconforto e doença.
Quanto mais as pessoas usam químicos para se sentir bem, menos elas aprendem a usar maneiras eficazes para experimentar e enfrentar sentimentos, situações e pessoas. Eles não aprendem ou esquecem de usar outros métodos para resolver problemas. Sua dependê ncia torna-se tão psico-social quanto física. Todas as áreas de sua v ida são afetadas.
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
Parte da dor de abstinência é criada pelos danos físicos e pela necessidade física da substância adictiva. Parte da dor é causada pela reação psicológica por perder o principal método de lidar com a vida - o uso de drogas adictivas. Parte da dor é social, causada pela separação de uma maneira de viver centrada na adicção.
A síndrome de abstinência física se desenvolve em duas fases. A primeira é chamada abstinência aguda e dura de três a dez dias. Durante algum tempo as pessoas acreditavam que a dor da abstinência passava após vários dias. Pesquisas recentes, porém, mostram que a síndrome de abstinência é de longo prazo e pode durar meses ou anos na sobriedade. Esta síndrome de abstinência em longo prazo, chamad a de síndrome de abstinência demorada (SAD) será discutida em detalhes num capítulo posterior.
PROGRESSÃO
Estes sintomas progridem por três estágios:
No primeiro estágio é muito difícil distinguir o us o adictivo ou não adictivo porque existem poucos sintomas visíveis. O corpo, porém, está mudando e se adaptando a ingestão regular da droga. O sintoma principal do primeiro estágio da adicção é um aumento da tolerân cia. Isto significa que as pessoas que estão se tornando adictos podem geralme nte usar cada vez mais quantidade sem ficar intoxicadas e sem sofrer conseqüências danosas.
PROGRESSÃO DA DOENÇA
ADICTIVA
1- Estágio Inicial - crescente tolerância e dependência.
2- Estágio Médio - progressiva perda de controle.
3- Estágio Crônico - deterioração da saúde bio-psico-social.
Para estas pessoas é difícil reconhecer que são adictas, pois podem “controlar a bebida” (ou maconha, Valium). O primeiro sinal de aviso então, realmente se opõe ao diagnóstico precoce porque ele esconde o problema. Enquanto muitas doenças criam prejuízos imediatos no funcionamento, esta doença inicialmente aparece como um benefício, dando a pessoa afetada um sentimento eufórico com o uso da droga, sem pagar nenhuma penalidade.
Porém a dependência física e psicológica, embora oculta, está aumentando, pois não há mais apenas um desejo de us ar, mas uma necessidade de usar. Todas as células do fígado e do sistema nervoso mudam para tolerar maiores quantidades do químico, pois quantidades maiores são necessárias para conseguir o mesmo efei to. Quantidades aumentadas prejudicam o fígado, alteram a química do cérebro e logo a tolerância começa a cair.
Bill ficou surpreso quando finalmente entrou em tratamento. “Eu não acreditava em quão seriamente doente estava”, disse Bill. “O problema caiu sobre mim num tempo curto. As mudanças foram lentas e nunca percebi como minha maneira de beber se tornava destrutiva”.
O estágio médio da adicção, então, é marcado por um a progressiva perda de controle quando a pessoa não consegue mais usar as mesmas quantidades sem ficar intoxicado ou criar problemas. Não usar começa a criar dor. A droga é usada para aliviar a dor de não usar. A pessoa adicta é incapaz de funcionar normalmente sem a droga. Família e amigos começam a notar o problema: trabalho, saúde, casamento, pro blemas legais.
Eles são capazes de acreditar, porém, que a pessoa está se comportando irresponsavelmente. Não têm consciência de que o adicto não escolheu o problema de comportamento. Ele é parte da doença. A pessoa não pode, pela força de vontade, escolher beber ou usar responsavelmente. A única alternativa para os problemas continuados e o processo de progressão da doença é tratamento e abstinência total.
O estágio crônico da adicção é marcado pela deterioração física, psicológica, de comportamento social e espiritual. Todos os sintomas do corpo podem ser afetados neste estágio. O cérebro, o fígado, o coração e muitas vezes o sistema digestivo estão afetados. Mu danças de humor são comuns quando a pessoa usa drogas para se sentir melhor, mas é incapaz de manter os bons sentimentos. Quando a vida fica cada vez mais centrada na droga, há cada vez menos controle sobre o compor tamento. Atividades que interferem com a bebida ou o uso são abandonadas. Estar pronto para usar, usando e se recuperando do uso tornam-se atividades da vida do adicto. Ele faz coisas quando bebe que não faria sóbrio. Quando sóbrios, eles estruturam suas vidas para proteger seu uso. Quebram promessas, esquecem compromissos, mentem - tudo para poder usar. Isolamento é comum. Amigos e conhecidos se afastam porque o comportamento torna-se embaraçante ou ofensivo. A vida é consumida pela necessidade de usar. O comportamento e procura de drogas torna-se a maneira de viver.
FASES DA
NEGAÇÃO
1- Estágio Inicial - poucos problemas observáveis.
2- Estágio Médio - problemas não ligados com o uso adictivo.
3- Estágio Crônico - muito doente para pensar racionalmente.
PENSAMENTO FALSO
Adicção é uma doença crônica. Chega gradualmente e permite aos adictos ajustarem-se à doença para que, por um tempo, sejam capazes de continuar funcionando, embora doentes. Por não esta rem conscientes que estão compensando-se e adaptando-se a sua doença, são capazes de negar que estão doentes por muito tempo.
A negação da doença aumenta devido a danos neurológicos que distorcem a realidade pelos apagamentos que criam espaços vazios na memória, e pelo efeito de intoxicação na percepção e memória. Negação da doença é parte da doença.
O Adicto é capaz de negar a existência de adicção p orque no estágio inicial não existem problemas físicos ou de comport amento; no estágio médio os problemas não estão associados ao uso; e no está gio crônico o pensamento é prejudicado e o julgamento distorcido. A negação bloqueia a motivação para a recuperação, marcando a dolorosa realidade de uma vida presa num ciclo de dor, negação e uso de álcool/dro gas das quais parece que não há saída.
O CICLO DE ADICÇÃO
CICLO DE ADICÇÃO
1- Gratificação a curto prazo;
2- Dor a longo prazo;
3- Pensamento adictivo;
4- Aumento da tolerância;
5- Perda de controle;
6- Danos bio-psico-social.
1-
GRATIFICAÇÃO A CURTO PRAZO : Primeiro há uma gratificação a curto prazo. Sente-se bem agora, há um forte ganho a curto prazo, que leva você a assumir que a droga ou comportamento é bom.
2- DOR A LONGO
PRAZO: A gratificação a curto prazo é seguida por dor a longo prazo. Esta dor, parte da qual é devida à abstinência física, e parte por dificuldade de funcionar psico-socialmente sem drogas, é conseqüência direta do uso de drogas adictivas.
3- PENSAMENTO ADICTIVO: A dor a longo prazo e a disfunção deflagram o pensamento adictivo. O pensamento adictivo começa com a obsessão e compulsão. Obsessão é um pensamento cont ínuo sobre os efeitos positivos do uso do álcool e das drogas. Compulsão é um impulso emocional ou necessidade de usar a droga para conseguir o efeito positivo embora saiba que vai murchar ao longo da caminhada. Isto leva a negação e a racionalização para permitir o uso continuado.
Negação é a incapacidade de reconhecer que há um problema. Racionalização é atacar outras situações e pessoas, por problemas em vez do uso da droga.
Negação é a incapacidade de reconhecer que há um problema. Racionalização é atacar outras situações e pessoas, por problemas em vez do uso da droga.
4- AUMENTO DA TOLERÂNCIA : Sem sentir o que está acontecendo, necessita-se cada vez de mais droga para produzir o mesmo efeito.
5- PERDA DE CONTROLE: A obsessão e a compulsão tornam-se tão urgentes que não se pode pensar em mais nada. Senti mentos e emoções ficam distorcidos pela compulsão. Fica-se enterrado , desconfortável até que o impulso para usar é tão forte que não se consegue resistir. Uma vez usado o adictivo químico ou os comportamentos adictivos novamente, o ciclo começa outra vez.
6-
DANOS BIO-PSICO-SOCIAIS: Eventualmente haverá danos para a saúde de seu corpo (saúde física), mente (saúde psi cológica) e relações com outras pessoas (saúde social). Como a dor e o stres s ficam piores, a compulsão para usar drogas ou comportamentos adicti vos para conseguir alívio da dor aumentam. Desenvolve-se uma armadilha mortal. Precisa-se usar adictivos para sentir-se bem. Quando se usa adictivamente, prejudica-se fisicamente, psicologicamente e socialmente. Este dano aumenta a dor que aumenta a necessidade de uso de adictivos. Torna-se um ciclo vicioso, o uso leva a culpa e que leva ao uso novamente.
RECUPERAÇÃO
Abstinência total é necessária para se recuperar de uma a adicção. Promessas para diminuir são promessas que não podem ser mantidas. Qualquer uso manterá a adicção ativa. Abstinência é o primeiro passo necessário à recuperação.
Susana rebelou-se com a necessidade de abstinência total. “Pensei que poderia controlar meu uso”, ela disse contando sua história. Ela lutou com o controle por cinco anos antes de aceitar a necessidade de abstinência total. “Trabalhei duro para controlar meu uso de ál cool e drogas mais do que qualquer coisa que minha vida inteira, e mesmo com todo esse trabalho falhei periodicamente e entrei em confusão. Finalme nte perguntei a mim mesma por que o controle é tão importante? A resposta foi simples: - Porque sou dependente química e devo proteger meu direito de uso a qualquer custo”.
Somente abstinência, porém não é recuperação. Em mu itos casos a escolha de parar de usar não é suficiente para se conseguir uma sobriedade duradoura e recuperação a não ser que a decisão seja acompanhada de tratamento de algum tipo. Muitos, bem intencionados fizeram tentativas honestas para parar de usar, mas, sem ajuda externa, não tiveram sucesso.
O primeiro passo no tratamento é desintoxicação, removendo a substância tóxica do corpo. Sintomas de síndrome de abstinência aguda que aparecem quando o químico é removido podem ser muito sérios. Síndrome de abstinência é um problema médico e deve ser tratado por um médico. Um método comum de desintoxicação é administrar uma droga substituta e diminuir a dose gradualmente enquanto existem sintomas da retirada. Deveria ser visto que a pessoa não está totalmente desintoxicada até que a droga substituta seja removida e a pessoa fique livre de drogas.
A desintoxicação sozinha não é um tratamento adequado para a doença da adicção.
Desintoxicação sozinha não é um tratamento adequado . Para manter a abstinência, se requer muito mais. A adicção afeta todos os aspectos da vida da pessoa. Por isso essa doença requer um tratamento holístico. A recuperação requer mudanças duradouras físicas, psicológicas, de comportamento, sociais e espirituais. A educação é um aspecto importante do tratamento. Devido à recuperação de uma adicção requerer auto administração, é necessário para os pacientes adict os aprender o mais possível sobre sua doença e como manejá-la.
Aconselhamento individual e em grupo - em um hospital com um programa de internação ou ambulatorial ou um local residual sem ser um hospital, são componentes vitais do tratamento. A i ntenção do aconselhamento é facilitar o desenvolvimento de habilidades que irão apoiar uma sobriedade crescente e uma recuperação duradoura. Pesquisar as causas de uma adicção (como problemas emocionais ou familiares) geralmente não é produtivo. O tratamento que reconhece a adicção como condição primária em vez de ser o sintoma de outra coisa, tem sido considerada mais eficiente.
Alcoólicos Anônimos é o mais simples tratamento dealcoolismo efetivo. Mais pessoas se recuperam do alcoolismo usando o programa de AA. do que se recuperam de qualquer outra maneira de tratamento. Por esta razão é que o AA. precisa ser uma parte vital de qualquer plano de sobriedade de um alcoólico. Existem grupos de auto-ajuda para outras adicções, como o Narcóticos Anônimos para usuários de drogas, o Coda, para pessoas ligadas ao adicto, o Dasa, para pessoas com adicção em sexo, relacionamentos ou falta deles, os Neuróticos Anônimos que trata a neurose e o pensar compulsivo. No início da recuperação, porém, muitas pessoas requerem uma ajuda mais extensiva ou mais especializada que um grupo de auto-ajuda pode dar. Quando a pessoa está doente fisicamente, precisa de cuidados médicos. Algumas pessoas precisam ficar num ambiente protegido para manter a abstinência o tempo suficiente para que a recuperação comece.
Os tratamentos de mais sucesso combinam os princípios dos doze passos do AA. com aconselhamento profissional e terapia.
Muitas vezes também existe no curso da recuperação pessoas que enfrentarão problemas específicos.
Isto pode incluir dificuldades financeiras, problemas conjugais, desordens emocionais ou psicológicas, ou problemas de comportamento que não são um resultado direto da adicção.
Embora isto possa melhorar com um programa de auto-ajuda somente, tem sido demonstrado que o aconselhamento profissional e terapia podem dar assistência e resolver estes assuntos mais rapi damente e eficazmente. As formas de tratamento de mais sucesso combinam grupo de auto-ajuda com tratamento profissional. Administração dos sintomas da Síndrome de Abstinência Demorada são essenciais para se manter a sobriedade. Administrar inclui entender e aceitar estes sintomas que interferem com a habilidade de se lembrar, pensar claramente e administrar sentimentos e emoções. Também inclui vencer a vergonha, culpa e o medo de ficar louco que está muitas vezes ligado a estes sintomas. Incl ui reduzir e administrar o stress, retreinamento da memória e uma vida equilibrada. Sobriedade é essencial para uma boa saúde e uma boa saúde é esse ncial para a sobriedade. A primeira regra de boa saúde física pa ra a pessoa em recuperação inclui a abstinência de todas as drogas que alteram o humor.
Isto inclui drogas prescritas e auto-medicação, a não ser que seja absolutamente necessária para lidar com algum outro problema sério de saúde. Então elas podem ser cuidadosamente monitora das sob os cuidados de um médico e um consultor em adicção.
Boa nutrição é vital para a recuperação. Má nutrição e álcool ou drogas prejudicam o corpo e deve ser reconstruído por uma dieta balanceada. Porque as pessoas em recuperação são sensíveis ao s tress, substâncias que causam stress como doces concentrados, cafeína e nicotina deveriam ser evitados. O exercício é importante e ajuda a reconstruir e manter o corpo. Exercícios são especialmente benéficos em reduzir e lidar com o stress. Tempo de relaxamento deve ser colocado na vida de cada pessoa em recuperação.
Exercícios de relaxamento reequilibram o corpo e reduzem a produção de hormônios de stress. Alegria e jogos também relaxam e contribuem para a calma e bem estar. Recuperação requer a resolução dos problemas de família, trabalho e sociais que foram criados por uma adicção ativa. Também envolve o desenvolvimento de novas e mais significantes redes sociais. Os membros da família devem fazer parte do programa. Eles, como o usuário, ficaram disfuncionais pelo uso da droga. Papeis, regras e rituais da família devem ser redefinidos e reestruturados. Habilidades de comunicação devem ser aprendidas ou reaprendidas na sobriedade. Toda a família precisa se recuperar junto. É difícil se recuperar de uma adicção sem o que é referido no A.A como um “programa espiritual”.
Os princípios de A.A ensinam que os alcoólicos são impotentes perante sua condição e não podem controlar suas vidas até q ue aceitem a ajuda de um poder superior a eles mesmos. Uma vida que inclua viver saudável, relacionamentos melhorados, propostas de valores fora de si mesmo e crescimento espiritual apóiam saúde e sobriedade duradoura.
Reorientar a vida em torno de valores que não são c entrados em drogas é uma parte essencial da recuperação.
Um estilo de vida que leva a usar não é o que leva à sobriedade.
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