Andei lendo, anos atrás, a biografia autorizada de Paulo Coelho, escrita pelo Fernando Moraes. Penso em escrever sobre o que Paulo Coelho padeceu com internações em hospícios.
São coisas para reavaliarmos com um novo olhar, com o olhar do cidadão civilizado, educado, instruído, e que objetiva melhorar e mudar coisas que podem ser modificadas.
No Brasil já tem muita gente abrindo os olhos e enxergando a verdade verdadeira sobre a loucura que certos locais representam para a saúde mental de tantos seres humanos capazes e que são jogados, despejados, em locais que são verdadeiros infernos. Objetivo escrever relatos de personalidades que superaram o uso de drogas pesadíssimas, como a heroína.
Querer é poder, mas é como diz Rita Lee, em Ovelha Negra: "não adianta chamar, quando alguém está perdido, procurando se encontrar."
Em crise, vivendo conflitos os mais diversos, pessoas se perdem, se desnorteiam, se deixam conduzir por transtornos mentais, por dilemas e dramas. Tudo é contornável e existe capacidade de superar obstáculos. Somos seres racionais...
Mas há tanta diferente gente que consegue se libertar das drogas, apenas por uma decisão particular, algo íntimo e pessoal.
Quando deixei a maconha, estava decidido a deixa-la. Quando tomei a decisão de deixar o tabagismo, deixei de vez. Parei e pronto! Conheço tanta gente que deixou de usar crack e cocaína numa boa. Gente que vai de encontro com o que regula o NA e o AA, de que devemos nos afastar de pessoas, lugares e hábitos, só não tomam a primeira dose. E são muitas as pessoas que vivem e moram em favelas que cessaram o uso e por não terem outras opções, enfrentam as mesmas pessoas dos tempos da ativa, passam por elas, até conversam com elas, mas não usam porra nenhuma.
Esta gente decidiu parar e parou. Optaram por não usar e não usam. Contrariam, inclusive, estudos, os mais diversos. Põem em cheque questões como fissuras, obssessões, compulsões, sindrome de abstinência, dependência orgânica e etc.
Devo ressaltar que não conheço usuários que usam drogas injetáveis, mas acredito que eles podem vencer a luta, que travam consigo mesmo, e superar o que tá dentro da gente que não devia.
Não posso falar dessas pessoas, qu cessaram o uso, nem indicar a ninguém quem são elas, mas elas estão numa boa. Pararam o uso, não querem mais e não usam, mesmo que ofereçam. Essas contradições que revelam o sucesso de quem decidiu se auto superar, abandonando as drogas, sem nada e especial, sem religião, sem grupos, é algo espetacular. Então o que é o vício do crack e da cocaína? Esses exemplos de superação não seriam, ou deveriam, ser objeto de estudo?
Paralelo a isso também penso em rever muitas coisas que escrevi neste blog, efetuar correções diversas. Tenho, 80 textos meus que decidi censurar. São meros rascunhos e neles escrevi minhas verdades. Não penso em escrever um livro que versa sobre um tema que considero desagradável e que vai atingir muita gente por quem nutria a mais elevada estima e consideração.
Hoje agradeço a 4 pessoas por me ajudarem e nunca terem desistido de mim, nem terem me virado as costas nos momentos mais difíceis da minha vida, m deixando como um Daniel na cova dos leões. A estas pessoas devo gratidao eterna.
Admito que posso ter recaidas, elas são até naturais.Sempre soube me soerguer e dar um tempo até fraquejar. Faz parte do processo. Preocupa todo mundo, até mesmo os que fazem parte do coro do "foda-se". Consigo parar e não sinto falta. Também tenho me sentido muito mais amadurecido, de modo que não constituo um problemão e sei que a recuperação só depende de mim e da vontade de Deus em me ajudar e iluminar meus caminhos. Faço fé em mim vou, além de outros projetos e metas, tentar fazer o que me proponho aqui. Pelo menos tentar.
SPH e feliz dia do trabalhador!
P.S: Muitas vezes escrevo no escuro e sou avesso a efetuar releituras do que escrevo para eventuais correções. Então, de antemão, peço antecipadas desculpas e espero que me compreendam. Legal?
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