Deixar de usar drogas é possível!

Existem pessoas que podem usar drogas, entendendo esta palavra no sentido de tóxico, e pessoas que não podem usar drogas. Melhor seria dizer que ninguém deveria usar tóxico, mas não posso fugir da realidade. Drogas acontecem e não escolhe classe social, nem o vasto mundo de celebridades, que se tornaram prisioneiras delas. Contudo, celebridades se cuidam e deixam de usar, ou param por um tempo. Ninguém, nenhuma família, está imune a essa provação louca. 

Conheci pessoas que em um mês de uso de marijuana enlouqueceu, outras tantas usam e vivem tranquilamente sem aparentar disturbios mentais evidentes. Conheci outros que piraram por conta do uso do LSD, enquanto a maioria se manteve dentro de padrões aceitaveis. 

Já ouvi relatos de pessoas que, por conta própria, decidiu parar e largou o uso de sua droga preferêncial. A heroína, tida como de dificil recuperação, não é um bicho papão. Dizem que só abandona tal vício mediante tratamento, com internação, mas existem exceções. Existem pessoas decididas e determinadas. Existem pessoas que se auto-tratam e deixam o vício. Não é regra, mas exceção, um exceção que revela ser possível abandonar o vício. Exemplo: Jonh Lennon e Eric Clapton.

Tem gente que se convence de que não pode usar e tem outras que não querem parar de usar porque são movidas, dentre outros motivos, pela insanidade. 

Enfim, todas as drogas, incluíndo o álcool e o tabaco, podem levar uma pessoa a deixar de querer usar e cesar o uso, sem necessidade de internação.

Não quero aqui dizer que em muitos casos a internação não seja necessária, mas, entendo, que elas só se revelam eficazes quando é voluntaria e, em outras, apenas para desintoxicação e não mais que isso. 

É bom advertir que internações em clínicas involuntárias, com caráter de estabelecimentos prisional, carcerário e/ou manicomial, só agravam o problema. Traumatiza, frustra,melancolia, gera pensamentos ruins, sentimento de vingança e de abandono. Enfim, não compensa, pois deixa em estado de latência uma série de coisas novas, adquiridas no lugar, além de favorecer o agravamento de "coisas" velhas. Outra coisa é relativa ao tempo de internação. O alongamento do mesmo só interessa ao proprietário do estabelecimento, que, acima de tudo, busca lucrar. Tais estabelecimentos copiam e obedecem à filosofia manicomial, do séc. XIX. Na verdade são pequenos hospícios.

Voltando ao eixo, drogas como o o crack e cocaína (que são similares), são drogas capazes de revelar determinados problemas de ordem mental, em estado latente, em minha opinião. O uso dessas drogas, com o desencadeamento de crises de pânico, alucinações visuais e auditivas, é uma revelação preocupante. Pode ser uma sinalização de problemas de maior magnitude. Então é necessário alertar e despertar a atenção do usuário dessas drogas, para que façam reflexões e busquem uma auto-avaliação crítica.

Caso tais drogas provoquem desconforto em determinados usuários, com aparente manifestação de patologias mentais (que podem estar em estado latente ) é sinal de que tais usuários não podem, nem devem prosseguir no uso de tais drogas e o melhor é caminho é cessar o uso, de modo consciente. 

Númerosos exemplos, de pessoas que deixaram o vício, revela que a libertação é possível, é só tentar.

No mais é preciso contar com o apoio de alguém que incentive a iniciativa e, é sempre bom lembrar, que pessoas precisam de pessoas, isto faz parte do nosso instinto gregário.

A você, que pode ajudar, ocupe os vazios, evitando que um dependente, em recuperação, busque a companhia de outras pessoas, "daquelas" pessoas, com hábitos da ativa.

Use a inteligência!

No mais desejo sucesso a todos que resolveram abandonar o vício. É possível deixar de usar drogas!