quinta-feira, 10 de abril de 2014

Revendo a vida e os fatos

Em certos momentos da vida, não foram poucos, me vi em apuros. Ninguém para pedir ajuda. Era como um barco em mar revolto. Quantas vezes andei, depois de tantas andanças, quilômetros e mais quilômetros. Cansado, com sede, com fome, madrugada adentro e sem ter como parar para descansar, andando por lugares ermos e escuros, ruelas e quebradas, ouvindo o pipoco de tiros. Sim, estive em apuros e o que mais me marcou foi quando precisei de ajuda para pagar umas contas com prazo estipulado. Naquela aflição pedi ajuda a meu idolatrado pai, que, por se encontrar, face a idade longeva, dependente de algumas pessoas, conversou com pessoas próximas a mim para tratarmos o assunto. Vieram três pessoas. O dinheiro eu tinha, mas não podia retira-lo. Queria apenas uma soma emprestada para efetuar o pagamento. Estas três pessoas, como se fossem proprietárias dos recursos de meu pai, tomaram a decisão de me jogarem à própria sorte e me viraram as costas. Sabia que dentro deles existia uma conjunção de interesses. Era um bem de raiz que meu pai me havia dado. Disso um dia tratarei e tem a ver com a palavra dada. Fui desprezado pelos três e os olhos do meu pai falavam e eu o compreendia perfeitamente bem. Jamais faria isso com qualquer um dos três, por mais errado que estivessem.
 
Dia seguinte, em desespero, pedi ajuda a meu pai. O dinheiro eu tinha e devolveria, como fiz e como posso provar. Escapei, pois meu pai ordenou o empréstimo.
 
Depois de novas descobertas, de brigas que andaram ocorrendo - na minha ausência -  em torno da doação de um bem de raiz,  que me foi feita, passei a desconhecer tanta gente. Lastimável ! Tudo confirmava minhas suspeições, de um lado e de outro.
 
Em determinado dia, farto de tanto terror infundido contra um idoso, meu pai, vitimado por insidiosa guerra psicológica adversa, lembrei a um dos que me viraram as costas e me arrependo de tê-lo feito relembrar o dia em que me ligou choroso, pois estava como refém em uma casa de vídeo poker. Só sairia dali se pagasse o que devia... Vale dizer que ele saiu e que esta máfia levou muita gente a perder carros, casas e ao suicídio. O chefão morreu quando retornava para casa, salvo engano, por um franco atirador. Peço desculpas  por ter feito o mesmo lembrar, ainda que tentasse dizer que o fato era mentira. Não foi, pois meu pai foi comigo resgata-lo enquanto pagávamos o valor devido, que saiu quase todo do meu bolso e pouco me importava e importa. Mais vale uma vida! 
 
Passou, peço perdão! o que ficou foi a lição que aprendi: ninguém é perfeito.

As outras duas pessoas que me viraram as costas também não são e peço a Deus que me poupe de falar de quem quer que seja, pois sei que palavras e verdades podem destruir vidas, pena que tais pessoas não saibam. Tenho tantas verdades e ouço tantas acusações, pena que macaco não olhe para o rabo, nem o pavão olhe os pés.

Vou iniciar meu processo de desligamento...
 
Não sou perfeito!
 

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