domingo, 13 de abril de 2014

Raiva e Ódio - Emoções Negativas - Psiqweb




 
Publico, parcialmente, o início de um artigo que versa sobre sentimentos que acompanha a relação de dependentes químicos e seus familiares adoecidos. Muitas vezes desprezamos analisar nossos sentimentos, mas quando conheci os doze passos e convivi com irmandades, aprendi a buscar me livrar de tudo quanto não me fazia bem. Não estou livre de tudo, nem mesmo desses sentimentos primitivos inferiores que precisam ser melhor compreendidos para que possamos afasta-los das nossas vidas.
 
Vale à pena ser lido na íntegra! Eis o artigo:

A Raiva não é ruim apenas devido ao aspecto ético mas, sobretudo, devido ao seu aspecto médico.


Não erraria totalmente se dissesse que vivemos a Era da Raiva. Tentando verificar a aprovação social das manifestações da Raiva, quatro estudos examinaram a consideração social que o sistema atribui para as pessoas “raivosas”. Esses estudos mostram que o povo atribui mais status às pessoas que expressam Raiva do que às pessoas que expressam tristeza ou mágoa. No primeiro estudo, os participantes aprovaram mais o presidente Clinton quando o viram expressar Raiva sobre o escândalo de Monica Lewinsky do que quando o viram expressar tristeza ou mágoa.

Este efeito Raiva-tristeza foi confirmado num segundo estudo que envolveu um político desconhecido. O terceiro estudo mostrou que, em uma empresa, conferir alguma distinção esteve correlacionado com as avaliações de uns companheiros sobre a Raiva manifestada pelos outros, objetos da distinção.

No estudo final, os participantes atribuíram um salário mais elevado posição, bem como um status mais elevado a um candidato ao emprego que se mostrasse mais irritado que triste. Além disso, os estudos de número 2 e 4 mostraram que as expressões de Raiva criam a impressão que a pessoa raivosa é mais competente (Tiedens, 2001).


Ódio

A força do ódio é muito grande. Grandes grupamentos humanos podem se irmanarem através do ódio (à um inimigo comum) ou se destruírem (numa relação do tipo perseguido-perseguidor). De qualquer forma, o ódio tem uma predileção especial para se nutrir das diferenças entre o outro e o eu e, de acordo com observações clínicas, onde se cruza com o ódio há, inelutavelmente, um excesso de sofrimento físico e psíquico. O sofrimento e o ódio são tão próximos e íntimos que cada um acaba se tornando a causa do outro.

Voltando à teoria do sujeito-objeto, talvez a adoção de posição de apatia em relação ao ódio e à raiva seja o segredo para prevenir o sofrimento. Apatia no sentido valorativo, ou seja, não permitir que nosso sujeito mobilize valores para os objetos potencialmente causadores de ódio e/ou raiva. Assim sendo, não experimentar o ódio, a raiva e, consequentemente, o sofrimento, se tornará uma condição de sobrevivência física e emocional.

Vendo a doutrina do satanismo, longe de experimentarmos um grande temor sobre a seita, constatamos que, naturalmente, a maioria das pessoas de nosso convívio se conduz (sem saber) através desses “mandamentos”. Vejamos: 

"Amar ao próximo tem sido dito como a lei suprema, mas qual poder fez isso assim? Sobre que autoridade racional o evangelho do amor se abriga?” Mais uma; “Por que eu não deveria odiar os meus inimigos - se o meu amor por eles não tem lugar em sua misericórdia? Não somos todos nos animais predatórios por instinto? Se os homens pararem de depredar os outros, eles poderão continuar a existir?” E, finalmente, “odeie seus inimigos na totalidade do seu coração e, se um homem lhe da uma bofetada, dê-lhe outra!; atinja-o dilacerando e desmembrando-o, pois autopreservação e a lei suprema!”

Como vimos, esses (poucos) postulados parecem mais terem sido tirados da fisiologia humana que de uma doutrina satânica. Preferível seria dizermos “da fisiopatologia humana”. Mas, se as pessoas têm certa dificuldade em entenderem o aspecto patológico desses sentimentos e atitudes do ser humano, quer por agnosticismo, quer por racionalismo, então vamos encontrar na medicina psicossomática e psiquiátrica os elementos necessários para se estabelecer algum tipo de associação ente o sofrimento (físico e psíquico) e os sentimentos, emoções, pulsões e impulsos primitivos.

Isso significa que a Raiva e o Ódio não seriam contra indicados ao ser humano apenas devido ao seu aspecto moral ou ético mas, sobretudo, devido ao seu aspecto médico.
                                                    Continue lendo no link abaixo

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