quinta-feira, 10 de abril de 2014

Palavras matam, palavras também salvam e elevam. Pense nisso!


Hoje gostaria de falar de outros tipos de droga que não são aquelas que estamos acostumados a tratar, mas não quero abordar o tema com minhas próprias palavras, porque não pretendo ser descomedido, nem extrapolar, nem exceder...
 
Sei que a palavra pode causar danos irreversíveis a uma pessoa, como uma droga das quais costumamos dissertar, partilhar, ou tentar transmitir qualquer sentimento...
 
Recordo de fatos trágicos que foram desencadeados por palavras malditas (ou mal ditas), impensadas, proferidas por mentes transtornadas, ainda que parecessem provindas de mentes sóbrias. Relembro um episódio ocorrido entre duas famílias ilustres, de políticos e ao fazer isto longe de mim estar o querer julgar quem quer que seja, apenas pretendo demonstrar que palavras podem ser letais, quando a consciência de quem a profere transformou-se em um verdadeiro inferno, principalmente quando o enfermo julga-se dono da verdade.
 
Faz anos, muitos anos, ainda era um guri. O filho de uma personalidade muito importante governava um estado federativo e tinha um filho que possuía uma opção sexual diferente, que o obrigava a ter comportamentos parecidos com o dos adictos, das prostitutas, de adúlteros e etc. Àquela época ser homossexual não era algo festivo, como nos dias atuais. Antes de prosseguir, que me desculpem a comparação precedente. Não pretendo ferir ninguém, apenas demonstrar que certos estilos de vida levam pessoas a comportamentos parecidos. Em suma, algo como uma vida dupla. Aquela consagrada pela moral e os costumes de um dado tempo.
 
Então o filho de um governador ouviu palavras duras do pai, que era um homem conservador. Atordoado e machucado, sentindo-se um traste desmoralizado, recolheu-se a sua casa e pôs termo à vida. O fato causou comoção pública. Dezenas de anos após, um outro governador, intentando atacar seu oponente, irmão daquele que oprimido deu cabo à vida, resolveu atacar o adversário dizendo que na família dele inexistia homossexuais. A resposta foi dada no dia seguinte, em uma pequenina coluna, mais ou menos nos seguintes termos: "Será que o governador desconhece que o lesbianismo é uma forma de homossexualismo". E mais nada foi dito. O então ofensor entendeu o recado mas não teve competência em administrar a crise e cometeu os mesmos erros do antigo governante. O resultado foi tão idêntico. Uma criatura jovem retirou-se para seu lar e cometeu o mesmo ato, tão parecido quanto idêntico daquele infeliz suicida. Que desfecho triste. O fato também causou comoção social.
 
Bem, escrevi demais. Creio que devo concluir o que pretendia em outro post. Há no episódio narrado uma lição em cujo mérito não me adentro. Mas palavras também matam, desestabilizam, desestruturam, desorientam. Teria muitos casos a contar, mas encerro aqui.

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