sábado, 18 de junho de 2011

CUIDADO COM CLÍNICAS DE INTERNAÇÃO


Conselhos: antes de você buscar internar alguém em clínicas de reabilitação, recuperação e restauração leia o texto abaixo...

Com a pandemia das drogas cresceu imensamente o número de clínicas voltadas para tratar dependentes químicos. Muitas destas clínicas, principalmente as denominadas como sendo “abertas” são mais fáceis de serem fiscalizadas pela família dos adictos. Ainda assim é importante que se busque bons e fidedignos referenciais. Já as clínicas “fechadas”, estas sem dúvida, são, de modo geral, muito mais próximas do que retrata o filme “Bicho de Sete Cabeças” protagonizado pelo personagem vivido pelo ator Rodrigo Santoro.

Se a clínica localiza-se no estado de São Paulo é imperativo que a família estude, com muito cuidado, aonde vai internar seu familiar dependente químico, isto porque, no estado de São Paulo, existem clínicas do tipo fechadas que precisam ser fechadas pelo Ministério da Saúde, se é que o Ministério possui o poder de fiscalizar e fechar locais que indevidamente recebem a denominação de clínica.

Existem modelos horríveis de clínica cujas existências ainda se acham amparadas por uma legislação que carece, urgentemente de revisão. Certas “clínicas” deveriam ser denominadas como centros de castigo e de torturas a dependentes químicos e o Ministério da Saúde deveria ter um espaço aberto para que “clínicas”, que funcionam de modo inadequado, sem o proposito verdadeiro de buscar recuperar seus pacientes, utilizando-se de PROPAGANDA ENGANOSA, enquanto serve-se da boa fé das famílias que, no desespero acabam caindo no conto de verdadeiros vigaristas, proprietários de espeluncas com fachada de clínica, tipo “filó, filó, por dentro molambo só”. Não se deve levar em conta a religião, pois, muitas vezes, valendo-se da bíblia e do santo nome de Deus, determinadas clínicas mais se assemelham ao inferno, enquanto utilizam o nome de Deus em vão. Pesquisar se há queixas e reclamações via internet é importante; verificar ações judiciais contras “clínicas” e, sempre levar em consideração que as clínicas abertas, ainda que deixem a desejar, são muito melhores que as denominadas como “fechadas”. Também é importante não comprar gato por lebre. Existem “clínicas de fachada”, onde até trabalho escravo existe, além dos trabalhos forçados, denominados como LABORTERAPIA. Clínicas que ocultam celas, quarto e quartinhos, como cárcere privado merecem especial atenção. A exploração do trabalho humano por determinadas clínicas de recuperação precisam ser coibidas pelo Ministério Oúblico Federal. Celas de isolamento, ou aquelas que mantém pacientes em cárcere privado merecem investigação oficial e liberdade assegurada, para que os seus pacientes as denunciem, amparadas e protegidas pelo Ministério Público ou instituição competente, capaz de assegurar ao denunciante proteção a sua integridade física e mental. Deve-se ter em conta, também, o tempo da internação, evitando-se exageros que só visam reter a abstenção, enquanto a terapia inexiste ou é ineficaz. Também é imperativo alertar que o tempo de internamento nada assegura ao dependente químico quanto a sua “cura” vez que a adicção é uma doença, reconhecida pela Organização mundial de Saúde e que é considerada “incurável, progressiva e fatal”, porém tratável e controlável desde que tratada com seriedade. Inexiste CERTIFICADOS DE GARANTIA no final de qualquer internamento, ou clínica. Tenha cautela com aquelas que prometem maravilhas.

O Governo Brasileiro, através dos poderes competentes, deveria criar uma comissão ou departamento para fiscalizar clínicas que não passam de empreendimentos empresariais e que não possuem em seus quadros funcionários capacitados e, muitas vezes, servem-se da mão de obra gratuita dos próprios pacientes, que recebem a denominação de GAP (grupo de apoio ao paciente). Estes grupos, constituído por internos que acabam trabalhando gratuitamente, muitas vezes, funcionam como centros repressivos. São internos reprimindo internos e inviabilizando qualquer tentativa honesta de recuperação.

Às famílias deveria ser permitido o acesso livre às clínicas suspeitas de serem manipuladas por seus proprietários e que funcionam como meras “indústrias”, que visam unicamente o lucro, sendo permitido aos familiares escutarem, honestamente, os seus adictos, sem ameaças ou medos, com amparo judicial se for o caso e que, em caso de exageros e abusos, os seus responsáveis sejam indiciados judicialmente. Desconfiem de clínicas que dificultem o acesso da família ao paciente, ou que não permitam ao mesmo liberdade de expressão, ou que tenham seus telefonemas sob escuta. Clínicas que estabelecem punições precisam ser radicalmente investigadas, afinal, não estamos mais na Idade Média. Não importa e nem interessa quem seja o dono de uma clínica que abusa e viola direitos humanos. Fica, aqui, este alerta aos poderes públicos.

Deve-se ter em conta que não se deve internar um familiar em clínicas, cujos modelos são condenados, e que mais funcionam como centros repressores. É importante que se tenha referenciais honestos, fidedignos... ADICTOS SOFREM MUITO EM DETERMINADAS CLÍNICAS, infelizmente.

No mais, quem ama cuida e se cuida deve sempre estar presente, participando do tratamento do familiar internado. Até porque, clínica alguma pode recuperar um familiar sem o correspondente tratamento, ou aconselhamento, dos seus co-dependentes.

Este alerta serve para você, leitor, que tem algum familiar internado, principalmente no Estado de São Paulo. Procure, urgentemente, saber do seu familiar internado e assegure ao mesmo total liberdade para que o mesmo possa falar o que ocorre em determinadas clínicas. Garanta a integridade do seu familiar e m tratamento honesto e humano.

Seria de bom tom que o MINISTÉRIO DA SAÚDE do Governo do Brasil estivesse sempre atuando na fiscalização rigorosa de clínicas, dando segurança aos depoentes internos caso os mesmos, embora desacreditados, ofereçam denúncias merecedoras de investigação.

Clínica sem corpo técnico gabaritado, sem terapeutas, sem enfermeiros e sem médicos, que se utilizam da mão de obra gratuita dos internos, merecem ser verificadas e, se for o caso, FECHADAS e o seu quadro de pessoal merece inspeção do Ministério do Trabalho, para verificação de trabalhos forçados e do trabalho escravo, além de muitas outras irregularidades.

4 comentários :

  1. "Uma viagem ao inferno manicomial. Esta é a odisséia vivida por Neto, um adolescente de classe média, que leva uma vida normal até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um baseado no bolso de seu casaco. O cigarro de maconha é apenas a gota d'água que deflagra a tragédia da família.

    Neto é um adolescente em busca de emoções e liberdade, que tem suas pequenas rebeldias incompreendidas pelo pai. A falta de entendimento entre os dois leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle do filho vira o amor do avesso.

    Internado no manicômio, Neto conhece uma realidade completamente absurda, desumana, em que as pessoas são devoradas por um sistema manicomial corrupto e cruel. A linguagem de documentário utilizada pela diretora empresta ao filme uma forte sensação de realidade, que aumenta ainda mais o impacto das emoções vividas por Neto.

    No manicômio, Neto é forçado a amadurecer. As transformações por que ele passa transformam sua relação com o pai. " Fonte: http://bichodesetecabecas.com.br/

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  2. anto dos Malditos

    O LIVRO QUE INSPIROU O FILME

    O filme Bicho de Sete Cabeças é inspirado no livro Canto dos Malditos, escrito no final dos anos 70 pelo curitibano Austregésilo Carrano Bueno. O livro é um relato autobiográfico no qual Carrano conta a sua tragédia pessoal depois que o pai o internou em um hospital psiquiátrico ao descobrir que ele fumava maconha. A obra de Carrano é uma crônica visceral que denuncia com extrema lucidez, apesar de todo sofrimento, a monstruosidade do sistema psiquiátrico brasileiro e a hipocrisia da sociedade brasileira diante das drogas. O livro foi recomendado para a primeira edição pelo escritor curitibano Paulo Leminsky.

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  3. O filme adapta a história para os nossos dias porque a realidade pouco mudou nesses 20 anos. Ainda hoje, é extremamente comum o caso de famílias que internam seus filhos em hospitais psiquiátricos por uso de drogas. A pesquisa coordenada pela diretora Laís Bodanzky ainda se deparou com casos de mulheres internadas porque traíram o marido e um número descomunal de internações por alcoolismo (o Ministério da Saúde informa que o alcoolismo responde por cerca de 12% das internações).

    Atualmente, o escritor Austregésilo Carrano é um militante do movimento antimanicomial. Além de Canto dos Malditos, Carrano escreveu Textos Teatro, uma compilação de seis peças, e, atualmente trabalha no romance Filhas da Noite, que aborda o universo do

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  4. Na elaboração do roteiro, o roteirista Luiz Bolognesi ficcionou situações e personagens. Outro livro que inspirou fortemente o filme foi Carta ao Pai, do escritor Fanz Kafka.

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soporhoje10@gmail.com

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