sábado, 9 de abril de 2011

Sou um adicto?



Sou um adicto?

Outro dia, uma amiga questionou o termo "ADICTO".
Guta, amiga, PERGUNTA: Olha só, depois que li, na Revista, este termo "ADICTO", que inclusive achei interessante seu significado, passei a prestar melhor atenção em suas matérias e no que via e ouvia na mídia a respeito deste assunto. Nunca havia ouvido o termo até então. Não encontro este termo, a não ser aqui com vocês. Será mesmo este o melhor termo para designar um dependente químico?RESPOSTA: A resposta desta vez será mais extensa e será o tema de nossa matéria para entender um pouco mais sobre quem são os Adictos. Assim, amiga Guta, você poderá ter um pouco mais de informações. De repente, você até pode conhecer algum Adicto...

Então vamos ao que interessa!!!

Adicto é um termo pouco usado no Brasil, mas largamente utilizado fora daqui, principalmente para se referir a dependentes químicos. Talvez por que todo dependente químico seja Adicto, mas nem todo Adicto é um dependente químico. Então, quando se fala em Adicto fora do nosso país, na maioria das vezes, acaba por se pensar em dependentes químicos, mas este é um termo bem abrangente. A Adicção é uma forma de ser, agir e pensar. Você pode ser um Adicto e não usar drogas, mas com certeza, terá suas compulsões, que podem lhe causar tantos problemas quanto as drogas. A Adicção é uma "síndrome" e, como tal, é bem caracterizada e alguns especialistas chegam a dizer que pode ser uma doença, traiçoeira doença. A Adicção pode afetar todas as áreas de nossas vidas, mesmo daquelas pessoas que não têm nada a ver com drogas. Qualquer relação adicta começa quando uma pessoa procura repetidamente a ilusão de alívio, evitando sentimentos e situações desagradáveis. Isso se chama sustento através do ato de evitar, uma maneira pouco sadia de cuidar das necessidades emocionais. A partir deste momento, o adicto não se relaciona com pessoas e o alívio que oferecem estes relacionamentos humanos e espirituais. O relacionamento que sobra, é um objeto, um produto adicto. As conseqüências são serenidade através de um objeto, que pode ser uma pessoa, um esporte ou uma droga. É assim que começa um ciclo adicto. Qualquer relação adicta começa quando a pessoa busca repetidamente a ilusão de alívio evitando assim sentimentos desconfortáveis. A busca é sustentar a vida evitando o desagradável - pouco sadio quando se trata de cuidar de sentimentos inevitáveis. Nessa altura, o adicto abandona relações interpessoais, outra fonte de alívio permitindo a relação adicta à absorção da pessoa. Este ciclo de ansiedade emocional provoca uma preocupação mental. Para o adicto, o sentimento de desconforto é um sinal de agir na busca do objeto de alívio e não o sinal de tomar contato com o outro ou consigo mesmo. Neste nível, a obsessão mental vira indicação de um estresse na vida do indivíduo. Várias adicções criam até uma dependência física quando surge o sintoma de abstinência. (por exemplo, álcool, drogas, etc.). Esta compulsão acaba por nos dominar e fazer com que nos transformemos muitas coisas em drogas (o trabalho e até pessoas, por exemplo). Então, usando este conceito, as diferentes drogas que acabamos por usar não são tão importantes quanto os motivos pelos quais usávamos ou o que elas fazem conosco. Isto pode não ser fácil de admitir. Quantas vezes dissemos "eu consigo controlar". Mesmo que essa fosse a verdade no princípio, depois de algum tempo, não era mais. Nossa compulsão passou a nos controlar e vivíamos em função de nossas vontades inesgotáveis. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja vida é controlada pelas compulsões, e estas compulsões podem variar muito. Neste caso específico, continuaremos a focar as drogas.Uma das conseqüências da ação adicta é deixar a pessoa preocupada e emocionalmente distante dos outros e termina invadindo a vida interior. Age como uma força magnética para dentro da pessoa, criando inquietação e uma consciência pesada. Um dos subprodutos da adicção é a vergonha no nível consciente e inconsciente. À medida que o adicto continua procurando alívio através do processo adicto, a vergonha aumenta e precisa ser justificada cada vez mais. Talvez você até admita que tenha problemas, mas não se considere um adicto. Neste momento, já temos idéias preconcebidas sobre o que é um adicto. Não há nada de vergonhoso em ser um adicto, desde que você aja construtivamente. Se você se identifica com o problema talvez possa se identificar também com a nossa solução. As perguntas que se seguem foram escritas por adictos em recuperação do Grupo "Narcóticos Anônimos". Se você tem alguma dúvida quanto a ser ou não um adicto das drogas, dedique alguns momentos à leitura das perguntas abaixo e responda-as o mais honestamente possível. Lembre se que álcool é droga. Você também pode brincar, se o seu problema não é as drogas e substituir por coisa (ex: comida), quando couber é claro, pois algumas perguntas ficarão sem uma lógica.



Teste baseado nos ensinamentos dos Narcóticos Anônimos

1. "Alguma vez, você já usou drogas sozinho?
(sim/não)

2. Alguma vez, você substituiu uma droga por outra, pensando que uma, em particular, era o problema? 
(sim/não)

3. Alguma vez, você manipulou ou mentiu ao médico para obter drogas que necessitam de receita?
(sim/não)

4. Você já roubou drogas ou roubou para conseguir drogas?
(sim/não)

5. Você usa regularmente uma droga quando acorda ou quando vai dormir?
(sim/não)

6. Você já usou uma droga para rebater os efeitos de outra?
(sim/não)

7. Você evita pessoas ou lugares que não aprovam o seu consumo de drogas?
(sim/não)

8. Você já usou uma droga sem saber o que era ou quais eram seus efeitos?
(sim/não)

9. Alguma vez, o seu desempenho no trabalho ou na escola foi prejudicado pelo seu consumo de drogas?
(sim/não)

10. Alguma vez você foi preso em conseqüência de seu uso de drogas?
(sim/não)

11. Alguma vez mentiu sobre o que ou quanto você usava?
(sim/não)

12. Você coloca a compra de drogas à frente das suas responsabilidades?
(sim/não)

13. Você já tentou parar ou controlar seu uso de drogas?
(sim/não)

14. Você já esteve na prisão, hospital ou centro de reabilitação devido a seu uso?
(sim/não)

15. O uso de drogas interfere em seu sono ou alimentação?
(sim/não)

16. A idéia de ficar sem drogas o assusta?
(sim/não)

17. Você acha impossível viver sem drogas?
(sim/não)

18. Em algum momento, você questionou sua sanidade?
(sim/não)

19. O consumo de drogas está tornando sua vida infeliz em casa?
(sim/não)

20. Você já pensou que não conseguiria se adequar ou se divertir sem drogas?
(sim/não)

21. Você já se sentiu na defensiva, culpado ou envergonhado por seu uso de drogas?
(sim/não)

22. Você pensa muito em drogas?
(sim/não)

23. Você já teve medos irracionais ou indefiníveis?
(sim/não)

24. O uso de drogas afetou seus relacionamentos sexuais?
(sim/não)

25. Você já tomou drogas que não eram de sua preferência?
(sim/não)

26. Alguma vez, você usou drogas devido a dor emocional ou "stress"?
(sim/não)

27. Você já teve uma "overdose"?
(sim/não)

28. Você continua usando, apesar das conseqüências negativas?
(sim/não)

29. Você pensa que talvez possa ter problema com drogas?
(sim/não)


Créditos:  blog do Edson que nos levou até o PORTAL MIE (Drogas & Dependência)

2 comentários :

  1. olá,eu sou um adicto em recuperação,estou a nove meses e alguns dias limpo,eu usava alccol , coaina e crack mas só por hoje estou livre e buscando uma nova maneira de viver,nada esta perdido ,o fim só se dará quando a morte fisica chegar

    ResponderExcluir
  2. Viver só por hoje é minha meta diária!

    ResponderExcluir

soporhoje10@gmail.com

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...