RAIVA
A adicção causa grandes problemas emocionais e à medida que o ciclo de adicção vai aumentando, a vida saudável e produtiva vai sendo derrotada. Com a perda da esperança, este ciclo auto-destrutivo salienta problemas de comportamento e exagera os sentimentos de inutilidade. Surgindo assim uma raiva exagerada contra si próprio e contra factores externos, embora a raiva seja um sentimento humano que todos os indivíduos já experimentaram, num adicto o sentimento de raiva pode ter mais consequências nocivas...
VERGONHA
A adicção instala e cria mais vergonha nos indivíduos. A vergonha surge das auto-avaliações negativas que minam a confiança em nós próprios. Por um lado, as auto-avaliações negativas têm muitas vezes a sua raiz na infância, ou seja, em experiências passadas durante a infância, na qual não fomos tratados com todos os cuidados que uma criança necessita para ter um processo de socialização normal. Por outro lado, a vergonha pode ter a sua gênese muito mais tarde, sendo a adicção e os efeitos causados pela mesma, outra das causas que pode originar auto-avaliações negativas.
AUTO-PIEDADE
O sentimento de auto-piedade é uma emoção que existe com uma função de substituição, existe para substitui algo, é um método usado frequentemente por aquele que esconde sentimentos de agressão e/ou culpa. Um adicto tem tendência a manifestar ou implorar compaixão por si próprio, não passando de uma desculpa, de uma fuga, com o objectivo de não encarar a realidade e o quotidiano diário.
MEDO
O Medo é um sentimento ou estado de alerta ou temor causado pela expectativa de perigo, dor ou fatalidade. É também uma das emoções conhecidas como sendo das mais crónicas e epidémicas na nossa sociedade. Para além disto o medo é um factor chave na doença da dependência química tanto para o que usa como para as pessoas circundantes. O Medo é uma força activa e dinâmica que afecta cada um e todos nós.
CULPA
Os sentimentos de culpa, provem de uma acção errada, ou seja, de um acto repreensível ou criminoso, agir desta forma não é satisfatório para o autor, nem para os indivíduos circundantes na acção. A culpa, permite corrigir as acções que foram efectuadas de maneira errada, ou pelo menos, que se reflicta sobre elas, permitindo assim readquirir a dignidade e o respeito por si mesmos e também ser “perdoado”. Um indivíduo ao ser adicto, tem mais probabilidades de se sentir culpado com maior frequência. Um processo de recuperação, tem como objectivo afastar a culpa frequente e tenta fazer com que o adicto readquira consciência de que não é um indivíduo “mau”, mas sim alguém que também merece respeito por si e pelos outros.
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