Desligamento
Quando cheguei ao Nar-Anon, eu não percebia que era um codependente. Isso tornou o desligamento, que me foi sugerido, mais trágico do que poderia ser.
Como toda pessoa adoecida, eu não sabia como ajudar a mim mesmo. Considerava o desligamento, enquanto mudança necessária para resolver tantas crises, fosse algo traumático, mutilador da minha família. Para mim, desligamento significava romper, esquecer e jogar tudo pela janela. Levei algum tempo para entender que colocar fim a laços emocionais não é necessariamente cortá-los. As ligações com o adicto podem prosseguir e tornarem-se menos densas, prolongando-se e se aprofundando ao mesmo tempo. Agora tenho consciência de que qualquer conexão pode ser rompida quando a minha sobrevivência está ameaçada. O programa de recuperação que a irmandade me sugere, capacitou-me a fazer mudanças nesse sentido, aprofundando a minha satisfação emocional e espiritual. Comprometi-me novamente com a corrente da vida, tomando distância, mudando conexões, sem a necessidade de apagar alguém que amo. |
Blog dedicado aos adictos que não querem morrer nas garras da adicção e a todos aqueles que vivenciam e vivenciaram problemas relacionados com dependência química. É mais um espaço independente, aberto para codependentes, membros das irmandades A.A., ALA-NON, N.A. NAR-ANON, profissionais da área de saúde e outros grupos de auto-ajuda. É destinado a quem vive um dia de cada vez. Só Por Hoje é nosso lema!
domingo, 10 de abril de 2011
Desligamento
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