segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Dilma, leia por favor essa matéria! Salvemos nossas crianças!

Psicóloga conta dia a dia do crack
RIO - M.S.,12 anos. Na busca pelo crack, foi violentada por seis homens e teve de fazer cirurgia para reconstituir a genitália.
P.F., 15 anos. Com baixa imunidade por fumar crack, contraiu tuberculose.
V.S., 17 anos. Contaminada pelo vírus HIV na rotina de trocar o corpo por uma pedra da droga.
Histórias chocantes como essas fazem parte do cotidiano profissional da psicóloga Marise Ramôa, supervisora da Embaixada da Liberdade, em Manguinhos – da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) –, que atende jovens viciados em crack.
Há 16 anos fazendo um trabalho de assistência à crianças e adolescentes dependentes de drogas, ela se sente uma espécie de ‘mãezona’ dessa nova geração de viciados, em crack. Rotina que incorporou à vida particular.
– Estou muito implicada nessa causa. São histórias que mexem com a gente. O caso dessa menina de 12 anos me chocou muito – admite Marise, que tem duas filhas. – Faço esse trabalho com amor, como se fossem meus filhos, também.
A supervisora da Embaixada assiste a jovens dependentes desde 1994, até assumir a função na entidade da SMAS.
– Tenho prazer de estar com eles, que buscam a mão amiga, um horizonte para se livrarem do vício.
Marise faz questão de mergulhar na intimidade dos jovens, atendidos diariamente pela instituição, em Manguinhos.
– Essa epidemia de crack, que se alastra pelo Brasil, é retrato do descaso da sociedade, que produz o abandono desses jovens – entende a psicóloga do Núcleo de Direitos Humanos da Subsecretaria de Proteção Especial da SMAS.
Segundo ela, os jovens fazem uso de crack como forma de autoafirmação, por carência afetiva junto à família e até como uma atitude de autodefesa por causa da exclusão social.
– Mas, no fundo, é demonstração de que estão sofrendo porque as consequências são sempre danosas para usuários de crack, principalmente, os menores – explica a psicóloga.
Em apenas cinco meses, 698 menores assistidos
A epidemia de crack no Brasil começou em 2000. Uma bola de neve que cresce a cada mês. A maior prova disso é o constante aumento de atendimentos feitos pela Embaixada da Liberdade.
Criada em 21 de dezembro de 2009, a entidade já acolheu quase 700 jovens dependentes de crack. De janeiro a maio, foram 698 os casos: janeiro (85), fevereiro (114), março (159), abril (187) e maio (153).
Além de profissionais especializados, a entidade dispõe de alojamentos, oficinas de artesanato, pintura, desenho, grafite, salão e oficina de beleza.
– Muitos batem à nossa porta – lembra Marise Ramôa. – Lá, vivem uma rotina de prazer com atividades lúdicas e lazer. Se comportam como crianças e adolescentes . José Luiz de Pinho, Jornal do Brasil,21:13 - 13/06/2010, Postado por Kelly Girão

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