Você é um Co-Dependente?
Se você
realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, auxilie-os a ser livres
para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para
ser você, em qualquer lugar.
Francisco Candido Xavier
Da obra: Tempo e Nós.
Ditado pelo Espírito André Luiz. IDEAL.
Ditado pelo Espírito André Luiz. IDEAL.
O que é um co-dependente?
É a pessoa que desenvolve
relações baseadas em problemas. O foco está sempre no outro e o vínculo não é o
amor ou a amizade, mas a doença, o poder, o controle. No fundo o co-dependente
acredita que pode mudar o outro. Seus relacionamentos são criados para
transformar os outros.
A
definição científica de co-dependência é:
NECESSIDADE IMPERIOSA EM CONTROLAR COISAS, PESSOAS,
CIRCUNSTÂNCIAS/COMPORTAMENTOS NA EXPECTATIVA DE CONTROLAR SUAS PRÓPRIAS
EMOÇÕES.
As perguntas abaixo servem para identificar possíveis padrões de
co-dependência. Somos conscientes que o auto-diagnóstico é um assunto muito
sério e por sua vez pessoal. Esperamos que sejam-lhe úteis. São elas:
- Você se
sente responsável por outra pessoa? Seus sentimentos, pensamentos,
necessidades, ações, escolhas, vontades, bem-estar e destino?
- Você
sente ansiedade, pena e culpa quando outras pessoas têm problemas?
- Voc6e se
flagra constantemente dizendo sim quando quer dizer não?
- Você
vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo?
- Você
vive tentando provar aos outros que é bom o suficiente? Você tem medo de
errar?
- Você
vive buscando desesperadamente amor e aprovação? Você sente-se inadequado?
- Você
tolera abusos para não perder o amor de outras pessoas?
- Você
sente vergonha da sua própria vida?
- Você tem
tendência de repetir relacionamentos destrutivos?
- Você se
sente aprisionado em um relacionamento? Você tem medo de ficar só?
- Você tem
medo de expressar suas emoções de maneira aberta, honesta e apropriada?
- Você
acredita que se assim o fizer ninguém vai amá-lo?
- O que
você sente sobre mudar o seu comportamento? O que impede-lhe de mudar?
- Você
ignora os seus problemas ou finge que as circunstâncias não são tão ruins?
- Você
vive ajudando as pessoas a viverem? Acredita que elas não sabem viver sem
você?
- Tenta
controlar eventos, situações e pessoas através da culpa, coação, ameaça,
manipulação e conselhos assegurando assim que as coisas aconteçam da
maneira que você acha correta?
- Você
procura manter-se ocupado para não entrar em contato com a sua realidade?
- Você
sente que precisa fazer alguma coisa para sentir-se aceito e amado pelos
outros?
- Você tem
dificuldade de identificar o que sente?
- Você tem
medo de entrar em contato com seus sentimentos como raiva, solidão e
vergonha?
O
co-dependente vem de uma família com estrutura disfuncional, anormal. A
síndrome da co-dependência fica mais visível quando o vício surge. Síndrome é
um conjunto de sintomas, como por exemplo: baixa auto-estima; a dificuldade de
colocação de limites; dificuldades em reconhecer e assumir a própria realidade;
dificuldades de tomar conta de suas necessidades adultas; dificuldade de
expressar suas emoções de forma moderada. O co-dependente é a pessoa que deixa
o comportamento de outra pessoa controlar o seu próprio e que fica obcecada em
controlar o comportamento da outra pessoa. Tudo começa com o fato de nos
encontrarmos ligados (por amor, obrigação ou dever) a alguém muito complicado,
doente física ou emocionalmente, que por conta desta doença se auto-destrói ou
desiste de viver e precisa, aparentemente, de nosso apoio e cuidado constante.
A
outra pessoa pode ser uma criança que nasceu com defeito físico, um adulto
deprimido, uma esposa ou amante anoréxica, um irmão que não se saiu bem na
vida, uma irmã que sempre se mete em encrencas e parece frágil para
resolvê-las, um pai alcoólatra ou outro dependente de qualquer outra droga.
Enfim, o importante não é quem esta outra pessoa é, ou qual a doença ela tem. O
núcleo da questão está em nós mesmos, na forma como deixamos que ela afete
nosso comportamento e nas formas como tentamos influir no comportamento dela ou
“ajudá-la”.
Estamos falando de uma reação à autodestruição do outro que acaba nos destruindo. Tornamo-nos vítimas da doença alheia e, quanto mais nos esforçamos para fazer esta pessoa abandonar o vício ou mudar de postura diante da vida, menos ela melhora e mais arrasados ficamos.
Parece
que nossa vida gira em torno dela, não mais agimos por vontade própria mas sim
reagimos à forma como o doente está; se está bem ficamos bem, fazemos planos,
temos esperança; na hora em que ele(a) volta a beber ou deprimir, suspendamos o
cinema, os projetos, nos sentimos uma porcaria.
Alguns cientistas consideram este comportamento de ajuda crônica ao outro, em si mesmo, uma doença emocional, grave e progressiva. Dizem até que o co-dependente quer e procura pessoas complicadas para se ligar, só podendo ser feliz desta forma. É o círculo vicioso do sofrimento.
O co-dependente desenvolve a fantasia de que é ele que tem que suprir a necessidade do outro, esquecendo-se totalmente de si.
A
carreira profissional do co-dependente pode ser utilizada para que se proteja
dos sentimentos doloridos (reuniões no escritório, congressos, jantares,
prática de esportes, festas, encontros sociais, estudos). Tudo isto procurando
o conforto do distanciamento dos conflitos interiores.
A
co-dependência é um processo que envolve a pessoa em amarras emocionais
tirânicas, que provocam muito sofrimento. Quando acontece algo doloroso, e o
co-dependente diz a si mesmo que falhou, está na verdade dizendo que tem
controle sobre aquele acontecimento. Culpando-se, ele se prende à esperança de
que será capaz de descobrir onde está o erro e corrigi-lo, controlando dessa
forma a situação e fazendo o sofrimento cessar.
A sua vida lhe pertence. Dela e somente dela você terá que prestar
contas. A vida alheia não está sujeita ao seu julgamento. Os erros do seu
semelhante, sobre ele pesarão. Comece o Dia Feliz (reflexões) C.Torres Pastorino
Todo co-dependente é indireto, não fala o que
sente, e deseja desesperadamente que os outros adivinhem tais sentimentos e
desejos, e fica ressentido quando eles não atendem suas expectativas. O
co-dependente não diz o que deseja dizer, e nem deseja dizer o que diz.
Somos os autores de nossa própria doença
A doença mental/emocional é uma
doença emocional e espiritual. Espiritual no sentido de que somos doentes nos pensamentos, emoções, atitudes, crenças, modo de sentir,
tudo, enfim, que leva o ser humano a agir da maneira que o faz.
São as nossas reações diante dos acontecimentos e não os acontecimentos
em si mesmos, que determinam o nosso modo de sentir. (nossa interpretação dos
acontecimentos e situações que resulta em saúde ou doença emocional).
Como recuperar-se? Não fuja da realidade, decida-se a olhar para
onde as falhas realmente se encontram: dentro de nós mesmos.
É nossa responsabilidade fazer alguma coisa a respeito. Culpa, censuras
e críticas só atrapalham, descarte-as. Se for difícil, procure ajuda.
Oração da Serenidade
Senhor, concedei-me a SERENIDADE para aceitar as coisas
que não posso modificar; CORAGEM para modificar aquelas que posso e SABEDORIA para perceber a diferença.
O Grupo Reviver, no C.E. A Caminho da Luz, tem um trabalho, aos sábados,
voltado para a co-dependência, com informações científicas e sala de
auto-ajuda. Em nosso trabalho aos sábados, procuramos ajudar a pessoa para que
se desperte para ela própria. Possibilitamos uma compreensão interna na pessoa
para que ela própria se perceba doente emocionalmente. Na sala de auto-ajuda da
co-dependência, é lido um texto relacionado ao problema emocional e é discutido
em grupo; na segunda parte há a partilha. As pessoas falam de si mesmas, de
suas emoções, de seus sentimentos.
Os sinais de recuperação são claros: equilíbrio emocional, a pessoa deixa de reagir descontroladamente aos comportamentos de auto-destruição da pessoa-problema; aprende a dizer não quando tem que dizer não; consegue restabalecer-se do caos financeiro resultante da neurose; aprende a se defender e a enxergar seus direitos em vez de lutar somente pelo direito dos outros; aprende a trabalhar a família de origem, ou seja, a olhar para dentro de si mesma para descobrir as origens da sua co-dependência.; aprende a estabelecer limites de trabalho; não fica perguntando porque as pessoas estão fazendo aquilo com ela; aprendem a não permitir que outras pessoas a controlem; começam a sentir vontade de viver e acreditar que há um propósito para a sua vida. Tudo isso o co-dependente assíduo vai aprendendo e se liberta desse sofrimento enorme que constitui essa síndrome.
As salas de auto-ajuda e/ou psicoterápicas têm um contrato moral de sigilo: tudo que é comentado na sala não pode ser comentado para pessoas estranhas ao trabalho. É uma questão de ética e respeito ao ser humano.
Não se permite que o co-dependente fique
falando da pessoa-problema em sua vida. O foco é ela(e), o trabalho é para que
ela(e) perceba suas emoções, seus sentimentos e libere, naquele momento, essas
energias. Esse trabalho é muito eficaz, pois traz o conhecimento sobre as
emoções ou reações da co-dependência e propicia a liberação de energias
negativas através dos depoimentos, da expressividade das emoções. A cura
inicia-se dessa forma.
Os sinais de recuperação são claros: equilíbrio emocional, a pessoa deixa de reagir descontroladamente aos comportamentos de auto-destruição da pessoa-problema; aprende a dizer não quando tem que dizer não; consegue restabalecer-se do caos financeiro resultante da neurose; aprende a se defender e a enxergar seus direitos em vez de lutar somente pelo direito dos outros; aprende a trabalhar a família de origem, ou seja, a olhar para dentro de si mesma para descobrir as origens da sua co-dependência.; aprende a estabelecer limites de trabalho; não fica perguntando porque as pessoas estão fazendo aquilo com ela; aprendem a não permitir que outras pessoas a controlem; começam a sentir vontade de viver e acreditar que há um propósito para a sua vida. Tudo isso o co-dependente assíduo vai aprendendo e se liberta desse sofrimento enorme que constitui essa síndrome.
As salas de auto-ajuda e/ou psicoterápicas têm um contrato moral de sigilo: tudo que é comentado na sala não pode ser comentado para pessoas estranhas ao trabalho. É uma questão de ética e respeito ao ser humano.
A escolha é sua.
As respostas estão dentro de você.
Tudo o que tem a fazer é analisar, ouvir e acreditar.
" O pessimista queixa-se dos ventos. "
" O otimista espera que eles mudem. "
" O realista ajusta as velas... "
(
Autor Desconhecido )
Fontes:
CODA – Codependentes Anônimos, site na Internet: http://codependentes.freeyellow.com
BARCELOS, Carlos – Criando sua
Liberdade – Editora Gente
Para saber mais sobre o assunto, leia:
BARCELOS, Carlos – Criando sua
Liberdade – Editora Gente
BEATTIE, Melody – A Linguagem da Liberdade –
Ed. Record
BEATTIE, Melody – Co-Dependência Nunca Mais –
Ed. Record
BEATTIE, Melody – Para Além da Co-dependência
– Ed. Record
BEATTIE, Melody – Lição de Amor – Ed. Record
Anete de L. Blefari
Setembro/2003
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