Era diferente dos demais locais em que minha liberdade foi tomada de assalto. Esses sequestros que a sociedade acha justo, são ilegais. O resgate é o que a família paga mensalmente. Mas poucos são os que se insurgem contra tal pratica. Há um descaso e um desrespeito tácito. Uma conivência que mereceria, ao menos, na consciência dos magistrados, uma repulsa, vez que a lei magna desta nação é clara... mas ai entram os poréns, as ressalvas e racionalizações de quem manipula até mesmo o nosso ordenamento jurídico.
Adianto que no Brasil, tais praticas podem culminar em formação de quadrilhas de "resgatadores" e é importante lembrar que neste imenso país, essas coisas tendem a degeneração, aos velhos vícios e deformações intrigantes que se repetem, insistentemente, em todos os planos.
É uma prática violenta e o Estado deveria coibir tais abusos, ao invés de silenciar. Com este silêncio estão dando margem à institucionalização da indústria do sequestro e do carcere privado. Neste aspecto, até mesmo os médicos, deveriam se insurgir. Até porque estão usando clínicas para dependentes químicos, como depósito de pacientes psiquiátricos, portadores de deficiências mentais, o que não deveria se aplicar, mas que familiares se servem para se sentirem aliviados. São inválidos em estado de abandono e de não aceitação familiar e tal abandono constitui crime. UM ABSURDO!
Depois tem a questão do tempo alongado, da renovação de contratos, que transformam tais locais em verdadeiros cemitérios de humanos indefesos, desprotegidos e desamparados. São condenados a cumprir uma "sentença" louca, determinada e acordada entre a família e donos desses pontos tidos como de recuperação. Tudo parece correr na base da impunidade. Quem vai pagar por tais crimes?
Tais práticas depõem contra a humanidade, contra a civilização, é um retrocesso. Será que a inteligência humana, capaz de tantas proezas, não consegue humanizar o modo de tratar portadores da adicção?
Depois tem a questão do tempo alongado, da renovação de contratos, que transformam tais locais em verdadeiros cemitérios de humanos indefesos, desprotegidos e desamparados. São condenados a cumprir uma "sentença" louca, determinada e acordada entre a família e donos desses pontos tidos como de recuperação. Tudo parece correr na base da impunidade. Quem vai pagar por tais crimes?
Tais práticas depõem contra a humanidade, contra a civilização, é um retrocesso. Será que a inteligência humana, capaz de tantas proezas, não consegue humanizar o modo de tratar portadores da adicção?
Vou lhes contar algo que pode não ter a menor importância para quem lê este tópico. Estive em um local para, pretensamente, tratar-me. E em que consiste o tratamento? no come e dorme? na inexistência de médicos plantonistas? Na ausência de requisitos para que tais estabelecimentos possam funcionem como manda o figurino?
Então vamos a algo que me deixou apavorado e entristecido. Apavorado porque tais instituições permitem que seres humanos sejam sepultados vivos, sem que lhes sejam ministrado qualquer tipo de tratamento.
Nesta última casa em que estive usava-se drogas, a contragosto do proprietário, e meus familiares foram alertados, bem como os familiares de outros dependentes. Mas ai nasce um questionamento: me puseram aqui para eu deixasse de usar drogas, ou, face o silencio, estão me induzindo a crer que devo usar rogas? Não queriam me proteger do uso? e porque aceitam e silenciam? Não há algo de podre nessa droga?
Familiares, adoecidos, para não falar dos espertos, carregam em suas cabecinhas, sentimentos de amor e ódio, crença e descrença, além da vergonha pequeno burguesa que carregam na consciência e que os conduz a esconder parentes "problemáticos". Defendem seus próprios egos, mediante de mecanismos de defesa por demais conhecidos, aplacando os dramas de consciência. Eles, os familiares dizem: bem, fulano agora está a salvo, tem comida e dormida, além de roupa lavada e não observam que o "ente querido" foi arrancado do lar e apartado da vida, da sua liberdade, de poder de ver o sol nascer e se por, de respirar a brisa do mar, de passear, de ir a uma praia, de frequentar uma igreja, de ir a uma reunião de AA, ou NA... Não podem, eles usam drogas e nos envergonham e precisamos tomar uma atitude, mesmo que seja algo do tipo nazi-fascista, vez que já não sabemos lidar com o problema... Não temos tempo de nos dedicar a ele(a), melhor será coloca-lo em algum lugar de onde não possam fugir.
Internos são todos cativos, com almas doloridas, engaiolados, ou enjaulados, e esta gente oprimida, entre feras, também, (parafraseando o poeta) também sente a inevitável vontade de ser fera. O adicto torna-se um "elemento ativo, feroz e nocivo ao bem estar comum" e vivem uma modalidade de ditadura, que é a ditadura familiar.
Aqui traço um libelo acusatório contra famílias que não ousam pensar, que não demonstram afeição e quaisquer sentimentos nobres, salvo raras exceções.
Essa gente reúne-se, delibera e determinam como é que o familiar em desvio deverá viver o resto da vida.
Lá dentro, nesses locais em que somos levados, por familiares, de modo involuntário, tornam-se centros de revolta interior.
Ninguém conhece as nossas dores do adicto, das nossas angústias e aflições; ninguém ouve nossos clamores, pois somos rotulados e estigmatizados, também, como manipuladores. Nestes carceres desumanizados, homens, guerreiros, choram de dor. Sofrem calados, resignados, acordam sobressaltados, outros ficam insones, sem acreditar no que fizeram da vida dele.
Aquele advogado que tinha uma clientela e processos a defender, não foi respeitado e foi levado para aquele local, para pagar "seus pecados", conforme disse o seu irmão em minha presença.
Outros se queixam, se revoltam, rebelam-se e não conseguem compreender seus familiares. Esperam por visitas que nunca chegam. Aguardam telefonemas que nunca acontecem. O sujeito sente-se um lixo e cai na real: -era esse o amor que nutriam por mim!
Essa gente ama mãe, pai, irmãos, tios, avós e até os falecidos parentes. Para aplacar a dor, cantam músicas tristes e revelam talentos vários.
Enquanto isso a família, marcada por valores sentimentais, pequeno burgueses, na grande maioria, buscam livrar-se de seus estorvos, de carne e osso. São seres humanos que precisam de atenção e sofrem com tanta desatenção. Esposas, são raras. Quando visitam querem procurações, cartões de crédito... Também acreditam, também, nas mentiras dos que lhes venderam a ilusão de um "tratamento" fictício.
As famílias, tornam-se cegas, surdas e mudas e, nada fazem...E este nada faz, voltando ao consumo de drogas, dentro do local em que estive, os familiares minimizam e se limitam a dizer: não use, não, viu?
Na verdade querem descanso e se o familiar vai usar, ou não, é um problema dele. A família agora está tranquila e o desamor dela se revela, mostra a cara e cai a máscara. Entrou no caçuá, companheiro adicto, é como ser um personagem da Divina Comédia, de Dante. Triste constatação, mas você entrou em outro tipo de inferno: o do embuste!
Familiares, adoecidos, para não falar dos espertos, carregam em suas cabecinhas, sentimentos de amor e ódio, crença e descrença, além da vergonha pequeno burguesa que carregam na consciência e que os conduz a esconder parentes "problemáticos". Defendem seus próprios egos, mediante de mecanismos de defesa por demais conhecidos, aplacando os dramas de consciência. Eles, os familiares dizem: bem, fulano agora está a salvo, tem comida e dormida, além de roupa lavada e não observam que o "ente querido" foi arrancado do lar e apartado da vida, da sua liberdade, de poder de ver o sol nascer e se por, de respirar a brisa do mar, de passear, de ir a uma praia, de frequentar uma igreja, de ir a uma reunião de AA, ou NA... Não podem, eles usam drogas e nos envergonham e precisamos tomar uma atitude, mesmo que seja algo do tipo nazi-fascista, vez que já não sabemos lidar com o problema... Não temos tempo de nos dedicar a ele(a), melhor será coloca-lo em algum lugar de onde não possam fugir.
Internos são todos cativos, com almas doloridas, engaiolados, ou enjaulados, e esta gente oprimida, entre feras, também, (parafraseando o poeta) também sente a inevitável vontade de ser fera. O adicto torna-se um "elemento ativo, feroz e nocivo ao bem estar comum" e vivem uma modalidade de ditadura, que é a ditadura familiar.
Aqui traço um libelo acusatório contra famílias que não ousam pensar, que não demonstram afeição e quaisquer sentimentos nobres, salvo raras exceções.
Essa gente reúne-se, delibera e determinam como é que o familiar em desvio deverá viver o resto da vida.
Lá dentro, nesses locais em que somos levados, por familiares, de modo involuntário, tornam-se centros de revolta interior.
Ninguém conhece as nossas dores do adicto, das nossas angústias e aflições; ninguém ouve nossos clamores, pois somos rotulados e estigmatizados, também, como manipuladores. Nestes carceres desumanizados, homens, guerreiros, choram de dor. Sofrem calados, resignados, acordam sobressaltados, outros ficam insones, sem acreditar no que fizeram da vida dele.
Aquele advogado que tinha uma clientela e processos a defender, não foi respeitado e foi levado para aquele local, para pagar "seus pecados", conforme disse o seu irmão em minha presença.
Outros se queixam, se revoltam, rebelam-se e não conseguem compreender seus familiares. Esperam por visitas que nunca chegam. Aguardam telefonemas que nunca acontecem. O sujeito sente-se um lixo e cai na real: -era esse o amor que nutriam por mim!
Essa gente ama mãe, pai, irmãos, tios, avós e até os falecidos parentes. Para aplacar a dor, cantam músicas tristes e revelam talentos vários.
Enquanto isso a família, marcada por valores sentimentais, pequeno burgueses, na grande maioria, buscam livrar-se de seus estorvos, de carne e osso. São seres humanos que precisam de atenção e sofrem com tanta desatenção. Esposas, são raras. Quando visitam querem procurações, cartões de crédito... Também acreditam, também, nas mentiras dos que lhes venderam a ilusão de um "tratamento" fictício.
As famílias, tornam-se cegas, surdas e mudas e, nada fazem...E este nada faz, voltando ao consumo de drogas, dentro do local em que estive, os familiares minimizam e se limitam a dizer: não use, não, viu?
Na verdade querem descanso e se o familiar vai usar, ou não, é um problema dele. A família agora está tranquila e o desamor dela se revela, mostra a cara e cai a máscara. Entrou no caçuá, companheiro adicto, é como ser um personagem da Divina Comédia, de Dante. Triste constatação, mas você entrou em outro tipo de inferno: o do embuste!
E, então, fica claro que o verdadeiro propósito familiar não é, nestes casos, o de recuperar ninguém, mas o de assegurar a paz, o sossego e a tranquilidade do lar, doce lar, das famílias dos residentes. O consentimento e a conivência, significa aceitação do uso de drogas. Longe das vistas e longe dos corações.
Se quisessem recuperar o seu familiar, verdadeiramente, não aceitariam tal contradição e isso me leva a crer que existem famílias sem moral, sem ética, sem nada que dignifique seus atos insanos, sem respeito e desmerecedoras do respeito geral. Prisões nada soluciona, só agrava, enquanto detém...
Jogar, lançar e depositar seres humanos, como embrulhos e pacotes, almejando ficar livre do incomodo problema, abusando da legislação, burlando a medicina, para alcançar uma zona sua conforto, também gera desconforto, suplicio, amargura, aflição, desgosto, tristeza, depressão e tantos outros sentimentos malignos, a um ente "querido" e tal comportamento é uma nódoa nojenta e indelével que fica guardada na consciência do adicto e serve para esclarece-lo a respeito de muitas coisas, de novas revelações, além de evidenciar a mentalidade mesquinha que rege este mercado funesto.
Senhores e senhoras embusteiros, deixem de enganar famílias inteiras. Tomem vergonha e escolham uma forma honesta de ganhar dinheiro. Examinem suas consciências doentias e não queiram edificar suas respectivas felicidades com a infelicidade do próximo, a quem vocês deveriam amar como a si mesmos.
Senhores e senhoras embusteiros, deixem de enganar famílias inteiras. Tomem vergonha e escolham uma forma honesta de ganhar dinheiro. Examinem suas consciências doentias e não queiram edificar suas respectivas felicidades com a infelicidade do próximo, a quem vocês deveriam amar como a si mesmos.
É preciso que alguém alteia a voz e abrace a causa dos indefesos, dos desvalidos e vitimas da violência familiar. Não é concebível aceitar tamanhas atrocidades.
Em nome do que permitem esta embromação? Das drogas e da nova droga, o crack? A maconha foi o crack dos anos 70 e agora o crack é a droga que pastores do inferno, em campanhas sensacionalistas usam como um bicho de sete cabeças, enquanto induzem e massificam a ideia de internações involuntárias. A verdade que conheço é outra que a mídia não divulga e digo isso porque conheço mesmo numerosos casos de pessoas que, após longos anos de uso, deixaram de usar, da noite para o dia, sem ajuda alguma, principalmente de pastores apocalípticos, que desservem a sociedade com suas falsidades de todos os tipos, com raras exceções. Então chega de mistificações!
Não é difícil recuperar um usuário, difícil e fazer a família aceitar que está doente e, enquanto a família não for tratada, vai ficar nessa ciranda-cirandinha louca de internações que nada resolvem e quanto mais internam, pior o adicto retorna; quando saem, recaem, caso não tenham decidido, por conta própria, largar o uso de uma vez por todas. E as recaídas, que antes eram brisas suaves, viram tempestades.
Em nome do que permitem esta embromação? Das drogas e da nova droga, o crack? A maconha foi o crack dos anos 70 e agora o crack é a droga que pastores do inferno, em campanhas sensacionalistas usam como um bicho de sete cabeças, enquanto induzem e massificam a ideia de internações involuntárias. A verdade que conheço é outra que a mídia não divulga e digo isso porque conheço mesmo numerosos casos de pessoas que, após longos anos de uso, deixaram de usar, da noite para o dia, sem ajuda alguma, principalmente de pastores apocalípticos, que desservem a sociedade com suas falsidades de todos os tipos, com raras exceções. Então chega de mistificações!
Não é difícil recuperar um usuário, difícil e fazer a família aceitar que está doente e, enquanto a família não for tratada, vai ficar nessa ciranda-cirandinha louca de internações que nada resolvem e quanto mais internam, pior o adicto retorna; quando saem, recaem, caso não tenham decidido, por conta própria, largar o uso de uma vez por todas. E as recaídas, que antes eram brisas suaves, viram tempestades.
Será que a lei, o direito e a justiça são letras mortas diante de desavergonhada situação? E o que dizer de organizações que dizem defender os direitos humanos, enquanto vimos que os animais possuem uma proteção mais eficaz.
Que contradição é esta? É um foda-se socialmente aceito?
E o que dizer de governos que se deixam levar pelo peso de uma bancada evangélica, comprometida com essa proliferação do mercado de clínicas que nada mais são que cemitérios de vivos, de emparedados, presos sem julgamento e sem o sagrado direito de defesa; Onde está a justiça?
Estes centros de concentrações de desprotegidos e desassistidos pela lei, não merecem um exame mais detido da questão, longe do sentimentalismo piegas e do sensacionalismo midiático? Evidente que sim.
Que contradição é esta? É um foda-se socialmente aceito?
E o que dizer de governos que se deixam levar pelo peso de uma bancada evangélica, comprometida com essa proliferação do mercado de clínicas que nada mais são que cemitérios de vivos, de emparedados, presos sem julgamento e sem o sagrado direito de defesa; Onde está a justiça?
Estes centros de concentrações de desprotegidos e desassistidos pela lei, não merecem um exame mais detido da questão, longe do sentimentalismo piegas e do sensacionalismo midiático? Evidente que sim.
Será que o governo vai fazer vistas grossas sobre este absurdo, na hora que tiver que negociar com pastores para que os mesmos votem favoravelmente, nisso e/ou naquilo, enquanto, em contrapartida, recebem benesses loucas?
Não acredito que nossa presidenta aceite tal jogo, porque ninguém merece tratamento desumano, cruel, degradante e incoerente e despudorado. Essa é uma questão humana e cultua-la representa um acinte para quem possui consciência. Nossa presidenta não seguirá o rumo contrario ao da roda da história.
Creio que vai chegar o momento de evoluirmos e de fortalecermos tudo que for projetado para uma recuperação salutar de dependentes químicos; que os governos se recusem a repassar verbas para financiar absurdos, que depõem contra a humanidade. Será que não é chegado o momento de mudar essas mazelas que a mídia esconde? Que nos respondam as autoridades competentes, com ações concretas.
Creio que vai chegar o momento de evoluirmos e de fortalecermos tudo que for projetado para uma recuperação salutar de dependentes químicos; que os governos se recusem a repassar verbas para financiar absurdos, que depõem contra a humanidade. Será que não é chegado o momento de mudar essas mazelas que a mídia esconde? Que nos respondam as autoridades competentes, com ações concretas.
me diga o que fazer? se levamos a clínica para protege-lo dele próprio, não fazemos para nos livrar dele, mas tentamos ajudar, nós também não sabemos o que fazer, estamos doentes todos doentes como vc disse. De quem é a culpa? Por que isso acontece? O que devemos fazer? frequentamos as salas, somos culpados, levamos à clinica, somos culpados, se temos religião somos culpados, se não temos religião somos culpados. É muita pressão, é muita acusação, a própria família se volta contra a mãe e o pai. Os outros irmãos não querem nem ouvir falar de nós. Ficamos (o adicto e os pais) órfãos neste Mundo.
ResponderExcluirCompanheiro, que tal eliminarmos a culpa e no lugar dela colocarmos a nossa capacidade de solucionar problemas. O uso é uma equação de resolução muito complicado pois somos seres humanos, tanto quem usa quanto quem busca ajudar, de coração. Se entrarmos nessa do jogo da culpa cairemos em terreno movediço e só nos afundaremos. Precisamos de inteligência, bom senso, amor, harmonia, paciência, flexibilidade. No fundo, no fundo a decisão final, o segredo, ou a chave do segredo está dentro do adicto que sofre, nós precisamos ajuda-lo a achar a chave perdida. Quando há esta boa intenção que revela, creio que reunir todos os esforços benéficos possíveis vale a pena, mas tudo vai depender de quem caiu nas garras da adicção. Já vivi com tanta gente com problemas, já vi gente enlouquecer. Mas vamos eliminara culpa disso. Um dia vem aquele insight e quem sabe tudo muda. Só não podemos perder a esperança.
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