segunda-feira, 12 de março de 2012

Trecho extraído do Livro "Juventude & Drogas: Anjos Caídos"

Crack

Fisgado para sempre 

Neste caso, dificilmente ocorre a paquera. A pessoa experimenta o crack por falta de alternativa. Quer usar droga, não encontra cocaína, contenta-se com o que tiver. “Tem pouco dinheiro? Leva crack, que é mais barato!” O crack não é oferecido pelo próprio consumidor, como acontece com a maconha. É o traficante que vem com essa oferta. Uma vez no crack, a pessoa passa a querê-lo sempre.

Seu usuário vê vantagens em comparação à cocaína: é mais barato e produz sensações mais intensas. Entre os craqueiros, existe um pesado presságio: “Experimentou uma vez,está fisgado!”. O inconveniente é que seus efeitos passam ainda mais depressa que os da cocaína, o que torna o crack mais viciante e, por isso, mais dispendioso. A maioria dos craqueiros já usou outra droga antes.

Casamento com o crack é uma complicação. Maconha, a pessoa compra para guardar e usar em casa. Cocaína até dá para levar para casa, embora dificilmente se consiga escondê-la, o crack nem chega a ser levado; é consumido onde foi comprado. O usuário entra num processo de só parar de usar quando acabar o dinheiro ou a droga.

Um barato muito caro 

Se o dinheiro acabar, o usuário não tem o mínimo escrúpulo em roubar ou se prostituir para conseguir dinheiro. Quer dizer, o desejo pelo crack acaba com todos os valores morais e éticos. Se o usuário de crack não voltar para casa, é bem provável que ele tenha se isolado num hotel, num beco qualquer ou até mesmo na rua para fumar. Pode emagrecer vários quilos por ficar sem comer nem dormir. Banho, nem pensar. Com roupas imundas, geralmente sem nenhum dinheiro nem objetos pessoais que tenha algum valor... é comum o usuário de crack estar envolvido em outros crimes além do uso da droga.

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