sábado, 5 de março de 2011

Amor

Amor
A princípio, quando se fala em amor, o cérebro humano imediatamente faz remissão a um sentimento terno e generoso, que despertou o interesse de leitores do mundo todo, como a forma mais nobre e sublime de tudo que existe na Terra.

O psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos (2003, p. 185) explica que o amor é um sentimento arrebatador, que enche nosso coração de encanto e admiração [...], que invade a razão e despreza seus alertas, que nos cega, nos ensurdece, nos contamina por inteiro, que torna tudo mais bonito e mais suportável [...].

No amor verifica-se uma situação paradoxal, na qual duas pessoas, unidas por sua liberdade, se tornam uma só e, sem prejuízo disso, continuam sendo duas, mantendo, assim, intacta sua individualidade.

Todavia, em muitos casos, o indivíduo apresenta um comportamento nitidamente patológico, na medida em que não consegue mais admitir vida sem o outro, restringindo totalmente sua independência. É o que se chama codependência do amor, tratando-se, pois, de uma doença que possui como principal sintoma a perda da identidade.

Por isso a afirmação de que, apesar de ser o mais presente e determinante dos sentimentos, o amor pode ser a mais terrível e cruel das paixões (LYRA, s.d.). Quando o indivíduo se doa de corpo e alma à pessoa amada, transformando esse sentimento em uma verdadeira obsessão, os sofrimentos oriundos de sua perda tornam-se gigantescos, a ponto de ser impossível rivalizar seus efeitos com os de qualquer outro sentimento.

Crédito: http://adpesp.org.br/artigos_exibe.php?id=126



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