quinta-feira, 17 de maio de 2012

Achegas sobre uma Família Feliz



A Clínica, em que estive, no interior paulista, possui um site na internet, que veicula inverdades, exibe fotos e divulga qualidades que não possui, até, pelo menos, durante o período em que estive por lá. Isso constitui propaganda enganosa.  


As fotos divulgadas escondem a existência de grades e alambrados circundando a casa e a área da piscina, cujo acesso, nem sempre é permitido. São fotos antigas vez que, dentre elas, existe uma, a principal do site, em que ainda aparece uma criatura que não faz mais parte da família "estruturada", que buscam retratar, passando a imagem de uma família feliz. Quiça fosse, mas não é. A criatura, a que me refiro, provocava sentimentos de rancor no pastor que  fazia questão de desqualifica-la, publicamente, o que não deveria fazer porque não é correto e por se tratar de particularidade familiar. Havia um litigio entre as partes que não me interessa particularizar.

Também consta no site o depoimento de uma mãe anônima e de um ex-usuário, ambos sem valor algum. Servem, apenas, como publicidade da "clínica". O pior são as inverdades, principalmente no que concerne à uma equipe multidisciplinar inexistente, um verdadeiro faz de conta.    

O slogan "Agora somos uma família feliz", não corresponde aos fatos. Explico : quando lá cheguei, o filho do pastor, também sócio da "clínica" já estava separado da mulher. Outro detalhe infeliz é o que vou me reportar mais adiante e que diz respeito a um hematoma no olho do pastor, bem característico de quem levou um soco. Algo parecido com o que a foto abaixo exibe. 

No dia que cheguei a tal "clínica", 12 de maio de 2011, o pastor estava com uma "luneta" no olho esquerdo, parecida com a da foto acima. Perguntado por meu filho sobre a causa do hematoma, justificou ter sido o mesmo causado por um acidente automobilístico, tendo ele, batido a face no para-brisa do carro que dirigia. Como consequência formou-se um hematoma em volta do olho. Sinceramente, não dá para acreditar na versão do pastor, que, em meu entendimento, faltou com a verdade, justo ele que deveria ser exemplo de virtude.

Passados alguns dias um interno (G.) foi trabalhar de graça, na casa do pastor, na área de carpintaria. G. me contou que não recebia um único centavo de real como pagamento pelos serviços prestados. Tanto ele, quanto D.


G. conheceu a empregada do pastor que logo se tornou íntima dele, chegando a contar-lhe a história da "luneta". Foi mais ou menos o seguinte: o pastor, contrariado com o filho, usuário de crack, recaído, tomou a chave do carro do mesmo . Este inconformado, teria altercado. No calor da discussão, desferiu um soco na face do pai, atingindo a região ocular. Isso foi contado a G. pela empregada.

Este fato chegou ao conhecimento dos internos, vez que, um outro "recuperando", D., serralheiro, que também trabalhava na residência do pastor, fora da "clínica", fez chegar, indiretamente, ao conhecimento do pastor, através de terceiros, a intimidade e confiança que G. havia conquistado com a empregada, chegando ao ponto de ter mantido relações sexuais com a mesma. Tal fato causou intensa revolta ao "todo poderoso". A empregada, durante a sessão de humilhação, convocada pelo mesmo, foi chamada de puta, enquanto G. foi qualificado como "animal" e obrigado a confirmar tal condição, além de sofrer com os impropérios que o pastor lhe endereçou. O pior é que o mesmo usava a Bíblia. Também não respeitava a esposa, proferindo pornografias e promovendo gracinhas. Quando chegamos disse-nos ser pastor da Igreja Batista! Será?!

O pastor era um sujeito desequilibrado, destrambelhado, que chegou ao ponto de contar, extravasando, como foi que fez para que seu filho, sumido alguns dias, voltasse para casa. Disse que passando de táxi, de volta do supermercado e rumo a sua residência, reconheceu o carro do filho, no caminho. Mandou o taxista parar o veículo, desceu, esvaziou os quatro pneus do carro do rapaz, voltou ao táxi e foi para casa. Mais tarde o filho apareceu. Disse que "Deus" fez com que ele, dessa maneira, salvasse o filho, pois, no dia seguinte, o mesmo iria cometer grave delito. Agora pasmem o que ele confessou: "Salvei meu filho de praticar um assalto a banco, com explosivo, pois ele estava envolvido com uma gangue que praticaria tal delito no dia seguinte".  O assalto, segundo ele, seria feito mediante explosão de caixas eletrônicos, com dinamite!!! Acho que ele só pode ser pirado, fora do normal, ou algo similar, para contar fato tão grave, publicamente. Personalidade estranha!


O pastor nunca admitiu, nem desmentiu que a luneta foi fruto de um soco. Pode ser que a luneta que vi, fosse decorrente de um acidente, mas parecia mesmo, marca de um soco recebido. A empregada foi demitida. G. foi colocado no quartinho do pânico, por onde D. passou cerca de um dia. D. também foi publicamente execrado, nas sessões coletivas que o pastor promovia.


Relato tais fatos para que codependentes, familiares de adictos, em estado de desespero, pesquisando pela internet em qual "clínica vai internar seu ente querido, acabe caindo no conto do pastor, isto é, na propaganda enganosa. Muito tenho que reclamar, mas prefiro advertir àqueles que, de modo aleatório, guiados pela propaganda, conduzam seus parentes para lugares iguais ao que fui conduzido, equivocadamente. 


Hoje, estou convencido de que tratamentos involuntários só funcionam em quem voluntariamente o aceita e, desde que internado em uma CLÍNICA de verdade. Jamais permitam que mal tratem seus familiares e se maltratarem que processem civil e penalmente quem praticou humilhações, maus tratos e tortura, física, ou psicológica. Já é hora do Governo Federal criar comissões que procedam, regularmente, inspeções em tais lugares, ouvindo, inclusive, o que os internos têm a dizer em total clima de segurança e confiança, pois sem estes requisitos e sem a liberdade de poder falar e se expressar, nada contarão e a verdade ficará sepultada no coração de cada ser humano que passou por tais locais.


Por obra e graça do Espírito Santo, sai daquele inferno ! 

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