Segue a passos largos a institucionalização da indústria do sequestro no Brasil em nome do desespero de familiares de usuários de drogas. Adultos e menores de idade, adictos, estão sendo vitimados por ações extremadas, desinteligentes, provocadas pela co-dependência de seus familiares que deixam a razão de lado na tentativa extremada de salvar a vida do familiar... Tenho visto, neste lugares, muitas almas mortas, cemitério de vivos!
Inexiste no Brasil dados estatísticos sobre a eficácia das internações involuntárias. Familiares perdidos, com a sanidade mental pelo extremismo, sem orientação, sem outras alternativas civilizadas, aliada das "clínicas" que oferecem "tratamento" involuntário para dependentes químicos no país. O Estado parece estar impotente e o ordenamento jurídico quase sempre é violentado com a leniência de quem deveria coibir abusos contra as liberdades individuais e, amparados pelo fato de possuírem um familiar na drogadição, a família opta pela prática violenta das internações involuntárias mediante sequestro e carcere privado do familiar que "preocupa".
Em nome da vida estão matando almas...
O radicalismo que impõe medidas extremadas como o assassinato de usuários de drogas, quase sempre justificados com a "aceitável" complacência da sociedade manipulada pelos meios de comunicação social, também permite a legitimação de atrocidades contra seres humanos indefesos. De um lado o tráfico, do outro grupos de extermínio, matando mais do que a própria droga e, no centro desses dois extremos os usuários de drogas. Diante da fragilidade geral aparece, como solução a alternativa das "Clínicas" Involuntárias, que crescem de forma avassaladora. Sem dúvida um campo financeiro sedutor a ser explorado devido aos elevados lucros que proporciona aos seus fomentadores que, não satisfeitos, vão buscar subsídios nos cofres públicos, o que deveria ser coibido. Não há como fiscalizar eficazmente essa nova indústria.
Porque a via voluntária está perdendo espaço na luta contra a dependência química e porque a Estado e a saúde pública não oferecem medidas educativas capazes de orientar familiares dos dependentes químicos em momento de dificuldade?
Familiares adoecidos se servem, invariavelmente, de ações extremadas com a intenção de "salvar" o familiar que é portador de uma doença "progressiva, INCURÁVEL e fatal.
Até quando essas "clínicas" irão prosperar face este dantesco quadro social que o tráfico de drogas, intensificado, proporciona a todos nós, seres humanos, e que leva familiares a uma nova modalidade de sistema prisional, carcerário, particular, que todos presenciam, mesmo contrariando os direitos humanos, como se não houvesse uma salvação inteligente?
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