Esta entrevista merece uma profunda reflexão. É chocante ouvir que é mais fácil largar o crack do que o cigarro. Diante do quadro de histeria coletiva e da demonização do crack muita gente vai até xingar Drauzio Varela. O que ele diz é a pura verdade e eu vou além do que ele disse. Conheci muitos viciados em cocaína e em crack que largaram o vício da noite para o dia, sem necessidade de internação, sem leitura de bíblia, sem pregações evangélicas, sem fanatismo religioso, sem ajuda de mulher e mulher sem ajuda de homem. São exceções à regra, talvez um milagre de Deus. São pessoas abençoadas e simplesmente largaram o que pode parecer um milagre. Isso põe em xeque muita coisa que gira em torno dos tratamentos e da recuperação. Será que existem organismos mais resistentes do que outros e por serem mais resistentes não sofrem crise de abstinência, nem padecem psicologicamente com a ausência dos químicos referidos? A seleção natural poderia explicar tais casos?
É um dado a mais para os estudiosos e para aqueles que sofrem com a crise de histeria desenvolvida pelos meios de comunicação social. No que concerne o crack, o uso e abuso é antigo e ninguém dava importância. Como esta droga alcançou os lares da classe média e da burguesia, estas classes deram inicio ao combate da droga. Mas fizeram muita burrice, cometeram exageros que serão, pouco a pouco, desmistificados pela ciência na medida em que os estudos, reflexões e análises avançem. Vale lembra de um mito: diziam que o crack viciava no primeiro uso. Isto é uma mentira que agride a inteligência. Que o vício se espalhou deixando de ser invisível é um fato. Mas o sistema era perverso, pois, enquanto droga de pobre, todos fechavam os olhos para as cracolândias da vida. Agora o medo foi difundido para os lares brasileiros e todos temem que esta droga invada seus lares e a radicalização, fruto da incomensurável ignorância que impera nos estudos de leigos, concernentes às drogas, leva a ações "cosméticas", como as que foram adotadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Não vão corrigir nada, os governantes apenas precisam mostrar trabalho e nada mais farão senão esconder o problema, retirando usuários das ruas. Uma farsa agressiva que não funciona.
O desespero leva familiares a cometerem loucuras, clínicas prometem a salvação e o máximo que elas pode fazer é livrar o usuário da abstinência e desintoxica-lo. A partir dai o trabalho é tratar o lado psicológico e emocional, com médicos especialistas, incluindo familiares que devem se tratar. Não são apenas os usuários que cometem loucuras, a família, muitas vezes expõe a vida do familiar "problemático" de tal sorte que podem leva-lo à morte. Há muita coisa que precisa ser revista nos grupos de auto-ajuda. O mundo e o submundo das drogas mudaram e todos nós precisamos mudar e nos adequarmos a nova realidade, sem extremismos.
É um dado a mais para os estudiosos e para aqueles que sofrem com a crise de histeria desenvolvida pelos meios de comunicação social. No que concerne o crack, o uso e abuso é antigo e ninguém dava importância. Como esta droga alcançou os lares da classe média e da burguesia, estas classes deram inicio ao combate da droga. Mas fizeram muita burrice, cometeram exageros que serão, pouco a pouco, desmistificados pela ciência na medida em que os estudos, reflexões e análises avançem. Vale lembra de um mito: diziam que o crack viciava no primeiro uso. Isto é uma mentira que agride a inteligência. Que o vício se espalhou deixando de ser invisível é um fato. Mas o sistema era perverso, pois, enquanto droga de pobre, todos fechavam os olhos para as cracolândias da vida. Agora o medo foi difundido para os lares brasileiros e todos temem que esta droga invada seus lares e a radicalização, fruto da incomensurável ignorância que impera nos estudos de leigos, concernentes às drogas, leva a ações "cosméticas", como as que foram adotadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Não vão corrigir nada, os governantes apenas precisam mostrar trabalho e nada mais farão senão esconder o problema, retirando usuários das ruas. Uma farsa agressiva que não funciona.
O desespero leva familiares a cometerem loucuras, clínicas prometem a salvação e o máximo que elas pode fazer é livrar o usuário da abstinência e desintoxica-lo. A partir dai o trabalho é tratar o lado psicológico e emocional, com médicos especialistas, incluindo familiares que devem se tratar. Não são apenas os usuários que cometem loucuras, a família, muitas vezes expõe a vida do familiar "problemático" de tal sorte que podem leva-lo à morte. Há muita coisa que precisa ser revista nos grupos de auto-ajuda. O mundo e o submundo das drogas mudaram e todos nós precisamos mudar e nos adequarmos a nova realidade, sem extremismos.
Para finalizar, algumas pessoas que eu conheço, e que são ensandecidas,que gostavam de Drauzio Varela, vão passar a execra-lo por ter dito que é mais fácil largar o vicio de outras drogas, do que o vício do cigarro. O alcoolismo e o tabagismo são vícios que gozam da licitude e, por serem socialmente aceitos, não são devidamente combatidos. Drauzio Varela fez muito bem ao iniciar, no Brasil, a campanha Brasil sem Cigarros. Espero que tenha sucesso e que os seres que vivem apavorados com os fantasmas das demais drogas, voltem suas consciências e raciocínios para uma linha de equilíbrio que os levem a manter suas respectivas faculdades mentais livres da loucura que assola o país. Sabe, se eu fosse um extremado, internaria tantos alcoólicos quanto tabagistas, incluindo parentes. Mas eu que sou adicto, tenho meu ponto de equilibro ajustado e não radicalizo. O dia em que as pessoas decidirem encarar os problemas de modo civilizado e realista, tenho certeza de que muitas vidas serão salvas. Também é bom frisar que sem dialogo, sem compreensão, e sem a arma mais poderosa de todas que é o amor, andaremos de carroça nos tempos do trem bala. Mudemos a nós mesmos e muita coisa vai mudar.
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