quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade. Tanto horror perante os céus?

É verdade: Recaí. Não havia porque mentir. Tropeçei e cai. Estou vivo e de pé e cabeça erguida. Reconheço que errei e de nada adianta querer culpar quem quer que seja. Sou responsável por mim. 

Neste momento lembro algo que escutei outro dia:
Fulano de tal está internado. O contrato dele de 06 meses venceu. A irmã, que vive distante dos pais e que não dá qualquer assistência ao mesmo quer renovar o contrato. Motivo: o pai do cidadão deu, oralmente, uma serie de casas ao mesmo e, para "proteger" o patrimônio do irmão, a irmã afastada decidiu renovar o contrato. Assim distante, com o pai em idade avançada e, com a probabilidade de vir a óbito, antes do filho, fica preservado o bem do irmão, enquanto a "boa" irmã assegura ao seu "cativo" a devida proteção.

O cuidado maior não é a saúde do adicto, mas o que ele poderá receber de herança, de modo antecipado, ou não. Casos semelhantes a este são inúmeros e é muito triste verificar a quantidade enorme de pessoas internadas em péssimas condições de saúde, inclusive com necessidade de fazer cirurgia.

São pessoas que deixam de ter direitos, que vivem o inferno do claustro, confinados e retidos em sua liberdade de ir e vir. São seres capazes que estão submetidos determinados a viver, contrariados, uma outra modalidade de loucura.

No caso em que existem interesses em jogo, tais internações não são legais. Seria ideal que existissem mecanismos eficazes de amparo a estas pessoas. Seria ideal que clínicas não virassem depósitos de seres humanos, seria ideal que familiares não cometessem o crime de abandono de incapazes. Como sofrem estes seres indefesos e desamparados que estão no limite das suas faculdades mentais, beirando a loucura.

Em nome da vida decidem qual deverá ser o destino alheio. Que tipo de vida buscam defender e proteger?

Privar outrem da liberdade é fácil demais e está ficando tão fácil que qualquer um pode se tornar vitima desse sistema louco e absurdo que encontra justificativa no uso de drogas. Acautelem-se seres humanos inteligentes, basta usar qualquer droga, perder o controle, para cair na rede da insensatez e do oportunismo. Para lucrar e se ver livre de alguém existem clínicas e só é preciso contar uma estória, acionar o "resgate" e pronto. Uma loucura. São filhos internando pais, geralmente alcoólicos, só para se verem livres do mesmo e, ao mesmo tempo, tutelarem os bens dessas vitimas fragilizadas sob todos os aspectos. Não tem quem socorra estas pessoas que, invariavelmente, são chamadas de manipuladoras. Não há comissões de direitos humanos, não haverá ministérios públicos, nem procuiradores, nem ninguém que aceite abraçar a causas de adictos desamparados e desassistidos pela lei. Só Deus poderá julgar estas ações nefastas.

A ética está sendo derrotada e uma doença chamada adicção vem sendo utilizada para "prender" seres humanos que não possuem sequer direito de defesa e ninguém que possa escuta-los. São seres incomunicáveis, dopados, ou não, e submetidos a toda sorte de humilhações, incluindo o trabalho escravo que é intitulado como "laborterapia". Haja "LABORTERAPIA" para camuflar um novo tipo de escravidão.  Como é confortável para um familiar achar que enjaulando alguém está fazendo o melhor possivel. Só me cabe lembrar o grito do poeta dos escravos: Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade. Tanto horror perante os céus? 

s/revisão   

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