quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Grito de Alerta contra qualquer tipo de violência

Carta aberta às autoridades públicas do Brasil, Presidente da República, Ministros, Governadores, Senadores, Deputados, Prefeito, Vereadores, Secretários, Desembargadores, Juízes, Maçons, Igreja e demais instituições civis:

A violência ganhou proporções inimáginaveis em todo o Brasil. Quase sempre ela vem assossiada à questão das drogas. Veicula-se que verdadeiras chacinas são fruto da "guerra do tráfico", noutras, viciados são mortos e tem suas mortes atribuidas a dívidas e envolvimento com drogas. Muitas vezes isso é um fato real, mas é preciso salientar que nem sempre as mortes tem tal motivação.
Além do tráfico os viciados tem que conviver com milicianos, geralmente policiais que exercitam ilegalmente funções outras que não aquelas que deveriam exercitar. São tão violentos quanto os traficantes e também matam.
Nem sempre as mortes que são dadas como relacionadas às questões das drogas, são realmente vinculadas às drogas. O ato de matar seres humanos indefesos tornou-se corriqueiro e a ladainha da justificativa é sempre a mesma, estava envolvido com drogas.
Nesse horizonte desalentador os matadores não diferenciam traficantes de usuários que muitas vezes tem que se expor entrando em bocadas em busca da droga que o viciou. 
É imperativo que as autoridades, em todos os escalões do poder, busquem conscientizar as policias e policiais envolvidos no combate ao tráfico. Não é matando usuários que vai-se acabar com o tráfico. Um policial precisa estar muito bem preparado psicologicamente para separar o joio do trigo.
Dos traficantes ninguém pode esperar que tenham um preparo humano pois vivem como seres selvagens. Mas dos policiais há que se esperar muito deles, da conduta que irão assumir diante da realidade.
Uma politica voltada para conscientizar as policias e seus respectivos agentes policiais requer uma ação enérgica dos poderes publicos irmanados. Os delitos devem ser coibidos e o uso da força deve ser exercido de modo civilizado, sem agressões aos usuários de qualquer tipo de droga, sem ameaças e sem intimidações.
As milicias, tanto quanto os traficantes precisam acabar e, estas duas modalidades de poder paralelo não podem continuar a valer-se do exterminio de pessoas sob a justificativa de que estão "limpando a área". As altas autoridades deste país não estão imunes em ter um ente querido envolvido neste submundo cruel e existem muitos entes queridos das mais variadas autoridades indo às bocadas em busca da droga que utiliza. Estas pessoas precisam de tratamento, são um problema de saúde e não um problema policial e todos devem estar conscientes disto.
Traficante que vende droga fiado é um malfeitor por excelência. O policial que maltrata um viciado é desumano. Estes dois lados, ambos com caracteristicas repressoras violentas, precisam de uma política mais atenta das autoridades para que se evite derramamento de sangue de pessoas inocentes, ou vítimas do vício.
Uma politica educativa e instrutiva pode ajudar muito os traficantes a tornarem-se menos burros e, consequentemente, menos violentos, do mesmo modo que campanhas podem transformar policiais cheios de ódio em cidadãos civilizados aptos a exercer suas respectivas funções sem desvios de conduta.
Medidas socio-educativas podem ajudar a diminuir a violência, principalmente mostrando aos bandidos que o crime não compensa e que ações afirmativas, como a que aconteceu no complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro, poderão extender-se em todas as áreas identificadas como "dominadas" pelos poderes paralelos ao Estado.
Que Deus nos ampare a todos e que a violência e o número de assassinatos caiam drasticamente com as ações e determinações adotadas pelos poderes e autoridades públicas constituídas.

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