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ARTE: Priscilla Paz sobre fotos de Marcello Casal/EBC e David Ritter/Stockxchng |
O consumo de substâncias psicoativas, lícitas e ilícitas, é um dos mais preocupantes problemas de saúde pública no mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima em até 270 milhões os usuários de drogas ilegais (6,1% da população mundial entre 15 e 64 anos de idade). Desse total, pouco menos de 10% podem ser classificados como dependentes ou “usuários de drogas problemáticos” e calcula-se que até 263 mil deles, principalmente jovens, morram anualmente, a metade por overdose.
As estimativas dão conta ainda de que a cocaína foi consumida no último ano por até 20,5 milhões de pessoas.
Na América Latina, apesar de o número de mortes estar bem abaixo da média global, essa é a droga mais letal, em razão do grande número de consumidores, seja da própria cocaína ou de seus subprodutos, entre eles o crack.
Dados escassos
Recente publicação da Associação Médica do Rio Grande do Sul confirma que, no Brasil, “ainda são poucos os dados disponíveis, insuficientes tanto para o atendimento eficaz de usuários como para nortear políticas públicas de prevenção. Os estudos, pesquisas e dados estatísticos sobre o crack ainda são incipientes, razão pela qual muito do que se ouve falar carece da comprovação de fontes seguras”.
Ainda assim, é possível afirmar que a droga se alastra rapidamente pelo país, chegando a praticamente todos os municípios em todas as regiões. As pesquisas em andamento estimam que pode haver até 2,3 milhões de usuários de crack no país.
Na América Latina, apesar de o número de mortes estar bem abaixo da média global, essa é a droga mais letal, em razão do grande número de consumidores, seja da própria cocaína ou de seus subprodutos, entre eles o crack.
Dados escassos
Recente publicação da Associação Médica do Rio Grande do Sul confirma que, no Brasil, “ainda são poucos os dados disponíveis, insuficientes tanto para o atendimento eficaz de usuários como para nortear políticas públicas de prevenção. Os estudos, pesquisas e dados estatísticos sobre o crack ainda são incipientes, razão pela qual muito do que se ouve falar carece da comprovação de fontes seguras”.
Ainda assim, é possível afirmar que a droga se alastra rapidamente pelo país, chegando a praticamente todos os municípios em todas as regiões. As pesquisas em andamento estimam que pode haver até 2,3 milhões de usuários de crack no país.
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Morador de rua exibe pedra de crack e cachimbo em cracolândia no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Foto: Marco Gomes/CC |
Os dados também revelam que o poder destrutivo do crack é superior ao da maioria das drogas ilícitas, devido ao fácil acesso, à alta letalidade (aumenta o risco de morte em oito vezes em relação à população em geral) e à precocidade do primeiro uso.
A duração da intoxicação, de dez minutos, considerada baixa, leva à busca imediata por mais crack. Apesar dessa curta duração, consta que o crack produza efeitos até seis vezes mais potentes que os da cocaína.
A duração da intoxicação, de dez minutos, considerada baixa, leva à busca imediata por mais crack. Apesar dessa curta duração, consta que o crack produza efeitos até seis vezes mais potentes que os da cocaína.
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Devido ao seu poder altamente viciante, o crack tem um mercado cativo, em crescimento, estimulado pelo custo menor, assim como os do óxi e da merla, em relação ao preço da cocaína. O mercado desse subproduto, lançado para popularizar o uso da cocaína, movimentou até US$ 100 bilhões em 2009, segundo cálculos da ONU.
O crack levou ao surgimento de pequenos produtores e traficantes, que se confundem com usuários nas cracolândias. Essa nova dinâmica do tráfico gerada pela disseminação do crack dificulta inclusive o trabalho das polícias. Em 2009, foram apreendidos 374 quilos de crack no país, número pequeno, mas crescente em todos os estados. Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, afirma que, no início, os traficantes de cocaína não deixavam que o crack – assim como o óxi – entrasse no mercado porque ele desorganizava a estrutura do tráfico. Depois, no entanto, os traficantes perceberam que o crack é mais rentável do que a cocaína pura, tanto pelo baixo custo da produção quanto pela maior compulsão do usuário.
Frente a essa realidade, o Brasil não se preparou para tratar os seus dependentes de crack. Não bastassem as dificuldades inerentes ao atendimento médico e psicológico aos usuários, a rede de tratamento é pequena, precária e com profissionais pouco qualificados.
FONTE: senado.gov.br
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