domingo, 2 de janeiro de 2011

UM GUIA PARA A FAMILIA DO ADICTO E DO USUARIO DE DROGAS

UM GUIA PARA A FAMÍLIA DO ADICTO E DO USUARIO DE DROGAS

A melhor defesa de uma família para o impacto emocional do abuso de drogas é adquirir conhecimento, alcançando assim a maturidade e a coragem que são necessárias para torná-lo efetivo.

Pessoas que são capazes de ajudar adictos ou usuários, fora de sua família, tornam-se confusas e destrutivas, quando um membro de sua própria família se envolve com este problema. O parente mais próximo ou a pessoa que se sentir mais responsável pelo dependente, em geral, precisa de mais assistência e orientação do que o próprio “usuário”.

Dependência química é uma doença que tem um impacto tremendo sobre os familiares mais próximos mais afetados são os pais, maridos ou mulheres, irmãs e filhos. Quanto mais distorcidas ficam as emoções destas pessoas ,mais inadequada fica a sua ajuda. A internação entre o usuário de drogas e sua família pode e freqüentemente se torna destrutiva em vez de construtiva.

Por exemplo, os mais chegados ao usuário ou adicto podem achar-se culpados por todas as suas dificuldades. Isto pode chegar a um ponto em que começam a ter medo diante da possibilidade de que isto seja verdadeiro. Contudo, a adicção é uma doença. Ninguém é responsável pela dependência de drogas de outra pessoa ou pela sua recuperação. No entanto, por falta de conhecimento, aqueles mais chegados ao dependente podem permitir que a doença passe despercebida, apoiar o seu desenvolvimento e contribuir para que o tratamento seja evitado. Através da compreensão do problema e com coragem, o familiar pode tomar atitudes que levam o dependente a uma recuperação antecipada – apesar de que esta recuperação não pode ser absolutamente assegurada.

As pessoas diretamente envolvidas na vida do dependente não podem “tratar” da doença. Nenhum medico se automedica numa doença grave, e poucos atuarão como médicos para a sua própria família, especialmente marido e mulher, pais e filhos. A medida que o abuso de drogas progride, aqueles mais próximos do dependente ficam emocional mente envolvidos. A melhor ajuda que eles podem dar, inicialmente, é procurar auxilio e orientação para a sua própria situação, para que eles não atuem como facilitadores apoiando o padrão progressivo da doença da dependência química. Os erros cometidos por pais e parentes próximos, cheios de boas intenções, são inacreditáveis e, na maioria das vezes, tornam mais difícil à recuperação do dependente de drogas.

Antes de mais nada, é preciso compreender que a família pode fazer tudo que é conhecido e dado como certo, porém a doença pode prosseguir in controlada. No entanto, se a família estiver disposta a aprender os fatos reais sobre o abuso de drogas e dependência química, e fazer o uso desse conhecimento, as possibilidades de recuperação aumentam consideravelmente. Na realidade, a melhor forma de ajudar na recuperação de qualquer adicto ou usuário, é remover a ignorância, adquirir uma atitude adequada – baseada no conhecimento – e ter coragem de praticar estes princípios, quando estiver lidando com o dependente. Começar de forma habitual, na tentativa de ajudar o dependente a parar de usar drogas, sem primeiro aprender a olhar atentamente as próprias reações e tentar fazer esforço efetivo de mudanças em si mesmo,simplesmente fará a situação piorar. 

Inicialmente, precisamos compreender que os problemas da dependência química não estão somente nos químicos, mas nas pessoas que estão usando estes químicos.

No entanto,a recuperação verdadeira só começa quando a pessoa inicia o seu afastamento completo do uso de drogas, do álcool ou de outras substancias que alteram a mente. Recuperação é algo semelhante á construção de uma arco gótico. Existem fundações invisíveis, muitas pessoas podem colocar varias pedras no arco, mas a pedra angular tem que ser colocada pelo próprio dependente, senão a estrutura toda cai. Ninguém pode fazer pelo dependente aquilo que só ele pode fazer por si próprio. Você não pode tomar remédio pelo paciente e esperar que o paciente se beneficie. Opções e decisões tem que ser feitas e tomadas pelo dependente, por vontade própria, para que a recuperação ocorra em bases permanentes.

É assustador como o dependente controla a família, especialmente pai e mãe, a mulher ou o marido. O dependente usa drogas cada vez mais. A família berra,grita, esbraveja, implora, pede, reza, ameaça e pratica o silencio como o remédio. Mas, também, encobre, protege e defende o dependente das conseqüências do uso de drogas...

A recuperação de qualquer doença grave pode levar um tempo considerável, podendo acontecer recaídas. O mundo não vai acabar se depois se um período sem drogas, o dependente retornar o uso. Se a família não entrar em pânico e retornar á forma destrutiva anterior de lidar com o problema, o escorregão pode ser usado com vantagem e servir como uma lembrança valiosa de que a primeira pílula ou gole ou tapa tem que ser evitados. No processo de recuperação não se pode esperar que toda a ação compulsiva desapareça da noite para o dia. A família pode ate questionar o envolvimento intensivo do dependente com o seu grupo ou com a sua terapia, pois ele pode se tornar tão compulsivo no seu tratamento em recuperação,como era em sua adicção. Isto pode ser ainda mais verdadeiro, se sua terapia inclui a participação num programa de recuperação. Ele/ela pode frequentar todas as noites as reuniões de uma dessas organizações, se associando com outros que estão tão intensamente dispostos em conseguir e manter suas recuperações.


A melhor maneira para um familiar não se ressentir dessa situação, é a esposa, pai ou mãe, ou amigo se juntar ao NAR-ANON, o grupo para familiares do dependente de drogas. Os grupos familiares NAR-ANON proporcionam discernimento e compreensão para os diversos problemas e dilemas que os membros da família de um dependente tem que enfrentar. O programa é tão vital para a recuperação emocional da família, como é a participação neste “problema” especifico. A recuperação da dependência de drogas inclui restabelecimento da doença emocional de todos os membros da família. Se o dependente se recuperar emocional mente e os familiares não, pode haver uma ruptura grave na estrutura familiar. A família precisa crescer emocional mente, tanto antes, quanto durante e depois que o dependente estiver recuperado ou pode ocorrer um serio afastamento.

O momento para a família começar a trabalhar a sua própria recuperação emocional é agora. E a maneira de começar ajudar na recuperação do dependente é começar a trabalhar a si mesmo.

(O texto não reproduz a íntegra odo texto original que está publicado no site da Clínica Atibaia

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