sábado, 1 de janeiro de 2011

Adicção Também é Uma Doença da Família

Adicção Também é Uma Doença da Família

19 Novembro 2004  |  Publicado por Editor BRAHA em Cultura das Drogas, Informações Interessantes

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Adicção é uma doença familiar. Esta doença afeta emocionalmente e fisicamente o adicto e afeta também dramaticamente as relações com as pessoas que têm envolvimento com o adicto. O amigo ou o famíliar, se preocupa tanto com esta pessoa que são facilmente envolvidos na loucura de seu comportamento. Começamos a centrar toda a nossa atenção no adicto e fazer tentativas de controlar e corrigir a vida dele ou dela. Esta é nossa forma da doença (doença da família).
Nosso comportamento, apesar de bem intencionado, torna-se tão louco quanto o do adicto. Nós começamos a procurar evidências de uso e a nos concentrar nas coisas nós pensamos poder fazer para conseguir que eles deixem de usar. Nos comportamos: jogando as drogas na privada, destruindo os instrumentos de uso, importunando, brigando, reclamando, discutindo e negociando - tudo sem resultado. Todo nosso esforço e raciocínio é dirigido para o que o viciado está fazendo ou deixando de fazer. Esta é nossa obsessão.

Ver um outro ser humano se matar com cocaína, álcool ou outra droga é doloroso. O viciado gasta altas somas de dinheiro aparentemente desinteressado sobre suas contas, seu trabalho, sua família , ou a condição de sua própria saúde. Além disso, a possibilidade de prisão, a violência potencial dos traficantes de droga e o comportamento irracional do adicto (devido à paranóia deles/delas), atormenta as pessoas que os cercam.

Nós começamos a preocupar. Nós arrumamos tudo: dando desculpas, pagando as contas e dívidas deles/delas, falando mentiras para encobrir o comportamento do adicto e tentando reparar relações danificadas. Aí então nós nos preocupamos um pouco mais. Esta é nossa ansiedade.

Com o tempo, a situação e o comportamento do adicto nos deixam bravos. Ficar constantemente encobrindo-os, aguentar repetidamente situações embaraçosas, e perceber que o viciado não está levando a sério suas responsabilidades acaba nos afetando. Muitos de nós sentimos uma hostilidade constante e raiva contra nós mesmos. Nós começamos a nos sentir usados e sem amor - e queremos reagir por causa da dor e frustração causada pelo descontrolado abuso de droga . Nós às vezes perdemos nossa paciência, fazendo ameaças vazias, nos agarramos no passado ou simplesmente permanecemos desesperadamente silenciosos. Esta é nossa raiva.

Às vezes nós fingimos que tudo está OK, aceitando promessas do adicto. Nós queremos acreditar que o problema foi-se embora cada vez que o abuso de drogas pára temporariamente. Quando todo bom senso nos diz que há algo definitivamente errado com as ações e atitudes do adicto, nós ainda nos escondemos de nossos sentimentos e do que nós já sabemos. Esta é nossa negação.

Possivelmente o sentimento mais devastador que nós experimentamos como resultado de viver com o adicto é o medo que não sejamos suficientemente inteligentes ou bons para ter resolvido o problema para aquêle que nós amamos. Nos sentimos de alguma maneira responsáveis de que poderia ter sido algo que nós fizemos ou que deixamos de fazer. Este é nosso sentimento de culpa.

Ao alcançar um ponto de desespero emocional, nós vamos ao grupo de mútuo-ajuda inicialmente buscando ajuda para o viciado. Nós queríamos alguém para nos contar como resolver nosso problema porque sabíamos que já não pudíamos lidar com isto sozinhos. Nos sentíamos aprisionados por responsabilidades, desamparados e sózinhos. Ao mesmo tempo, alguns de nós até nos sentíamos cheio de razões e arrogantes.

No grupo de apoio, nós nos damos conta dos problemas e aprendemos que nossa maneira de raciocinar tem que mudar para começar a achar soluções. No Grupo de Apoio, nós aprendemos a lidar com nossa obsessão, ansiedade, raiva, negação e nosso sentimento de culpa. É através do companheirismo que nós minoramos nosso desespero emocional compartilhando nossa experiência, força e esperanças com os outros. Trabalhando os Doze Passos de recuperação, nós tentamos mudar nossas atitudes, aprender sobre nossa responsabilidade para com nós mesmos, descubrir sentimentos de auto-valorização, amor e crescemos espiritualmente. O enfoque começa a mudar do adicto e se torna dirigido para nossas próprias vidas.

Fonte: JACS Brasil
Site relacionado: www.pletz.com/jacs/artigos/artigos_002.htm

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Credito: Braha

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