quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Texto para reflexão de todas as autoridades públicas e da sociedade, em defesa da vida

Hoje, com a evolução das ciências e o aprimoramento do conhecimento o elevado grau de instrução sobre a questão das drogas,lícitas, ou ilícitas, elevou-se.

O alto grau de preconceito, contudo, ainda existe e torna-se necessário a humanização do usuário de drogas, muitos dos quais estãoestão sendo assassinados e, invariavelmente, o motivo dado, como racionalização, minimização, desculpa esfarrapada, ao"envolvimento com drogas".

É preciso separar o joio do trigo e não mais aceitar que pessoas que não pediram para nascerdoentes, tal qual um diabético ou um cardíaco, venham a sofrer tantas barbaridades, desde o preconceito até a morte, vez quea vida humana do dependente químico, banalizou-se, mas é tão valiosa quanto a nossa.

Há recuperção e centros especializadoes para tratar dependências químicas, incluindo os alcoólicos, que muitas vezes recusam aceitar que são portadores do mesmo mal. E são tantos os usuários da droga lícita chamada álcool, agora misturado com outra droga chamada red bull e congêneres.


Mata-se usuários como se matava passarinhos, antigamente; hoje,contudo, as espécies animais e vegetais têm proteção e amparo governamental, com a criação de órgãos específicos. Já os usuários de drogas, lícitas,ou ilícitas, apenas têm o amparo dos Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.

Não entraremos na discussão sobre o tráfico de drogas ilícitas pois o objetivo do texto é o de buscar preservar a vida dos adictos, de usuários portadores de uma doença, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, que requer tratamento ae devida atenção das autoridades públicas, de modo muito mais vasto.

Devemos atentar, em primeiro lugar para a questão dos estigmas, rotulações e preconceitos entre usuários de substâncias psicoativas.

O alcoólico de hoje, sabe que o álcool é uma droga, mas se recusa em aceitar que é das mais perigosas de todas, inclusive pior que as ilícitas Pois bem, o alcoólico estigmatiza e tem preconceito quanto aos usuários de drogas e não se reconhece como um usuário de droga, o que na verdade é, como os demais adictos o são.

O cocainômano estigmatiza o maconheiro que estigmatiza o usuário de crack e, no final, os próprios adictos se estigmatizam e rotulam-se, esquecendo que todos são portadores de uma mesma doença: progressiva, incurável e fatal, mas que tem recuperação.

O preconceito agrava-se quando ele é resultante de campanhas desinteligentes, muitas vezes carregadas com tonalidades capazes de criar um clima propicio a histeria coletiva.

Hoje a questão das drogas ilícitas deve buscar tratamento diferenciado para os portadores da adicção, que não são um caso de polícia, mas de saúde pública e, assim deviam ser enxergados pelas autoridades policiais, que, salvo a oficialidade, possuidora de informações mais apuradas, ainda é mal tratada pelos escalões inferiores.

O viciado, usuário, doente, não é caso de policia. O tráfico é uma outra questão que acaba envolvendo o usuário, mas não se deve confundir um com o outro. Matar, também não resolve, pois é através da informação e não a queima de arquivo, que se pode esclarecer muita coisa aos variados organismos de inteligência.

Sabe-se, hoje em dia, que todas as drogas, licitas, ou ilicitas, romperam as fronteiras das classes sociais, sexo, credo e raça. 

Importantes personalidades, filhos(as) de personalidades importantes, estão no rol dos adictos e muitos pais sequer tem conhecimento. São médicos, advogados, policiais, delegados, empresários, rapaes e garotas de todas as  classes, que acabam ingressando no rol dos adictos. O filho do deputado, do importante desembargador, do general, do coronel, dos oficiais e uma legião de gente pobre fa uso de entorpecentes e derivados psicoativos. Uns podem faer isto em casa e receber a droga "delivery", outros têm que frequentar bocadas. É isso que você deseja para um familiar seu?

Nenhuma autoridade pública e nenhum bilionário está com sua família imunziada em relação a qualquer tipo de droga, portanto, toda a sociedade deve parar para refletir, repensar e, enquanto as inteligências superiores  atuam, de modo a melhor tratar a questão, humaniando o adicto e estabelecendo políticas de proteção e amparo, toda a sociedade deve buscar modificar a mentalidade de enxergar o problema e deixar de marginaliar, estigmatiar e agravar a doença dos portadores de qualquer tipo de dependência química, buscando preservar a integridade fisica e mental dos mesmos, vez  que estes, são uma questão de saúde pública, na qual a policia entra, por força das circunstâncias, pois o usuário compra drogas e, queira ou não, acaba se deixando envolver na busca da substância que o tornou um doente-dependente. Não significa que seja um marginal.

Não há, de parte das autoridades públicas, a criação de espaços em que "viciados" possam, livres da marginalidade, fazer uso permissivo, de certas substâncias, consideradas ilícitas, evitando que permaneçam em recintos e locais perigosos, misturando-se e expondo suas vidas à toa, além de permitir que policiais se deixem confundir, pela falta de informação passada pelos órgãos de inteligência. É importante que a mentalidade do policiais, menos instruído, não nivele tudo e todos por baixo.

Locais permissivos não significa locais abertos, mas centros reservados, onde profissionais possam conversar, educar, informar, instruir e convencer o usuário a tratar-se. Dessa maneira, o usuário fica livre da marginalidade, enquanto recebe apoio especializado, dado por profissionais competentes e gabaritados.

É preciso reorientar as policias para que não ocorram crimes contra doentes, que não pediram para nascer assim. é tão fundamental quanto o apoio e o amor dos entes queridos. Ouvir usuários é importantissimo para que se estabeleça uma política que os salvaguarde do mundo da marginalidade, enquanto agrava o grau do seu vício e dependência.

Um olhar mais humano e compreensivo torna-se imperativo, indistintamente de alguém ser pobre, ou rico.
Amparar e buscar orientar usuários a buscarem tratamento, sem humilhações, enxovalhos, ou violência.

Inteligentemente permitir que usuários não fiquem em antros de marginais, misturando-se aos mesmos, sujeitando-se a humilhações, pequenos furtos, "quebranças", e que possam ter os seus caminhos alternativos de saída, tranquila, em de busca de locais mais adequados e condientes, para fazer uso da substância que o tornou um dependente.

Este texto é apenas uma provocação destinada à reflexão, que visa prevalência da sensatez, dos mais letrados e ilustrados, quer sejam policiais, quer não.É um texto útil à segurança pública e aos profissionais de saúde.

Trata-se de uma questão tão abrangente, essa das drogas, que, do Presidente ao menor de todos na escala social do poder, merece detido exame, análise, reflexão e atitude, para que o joio não seja confundido com o trigo,e, ambos, misturados e postos como farinha em um mesmo saco.

Este é um apelo a quem tem poder de decisão, para detido exame e atenuação de um grave problema que aflige a família brasileira e a comunidade internacional, como um todo.
P.S.: Lembre-se de que muita gente diz:  e eu com isso, em minha casa não tem qualquer dependente? Pois se não tem, poderá vir a ter. Ame ao próximo como a si mesmo. Prevenir é melhor que remediar e salvar vidas é um ato humano meritório.Outro alerta: seu filho pode estar se iniciando nesta vida e, quanto a sua filha, não deseje que, por conta da dependência, ela se sujeite a vender o corpo. Nenhuma família, ninguém está imune a esses reveses da vida. Pense nisto!

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