Blog dedicado aos adictos que não querem morrer nas garras da adicção e a todos aqueles que vivenciam e vivenciaram problemas relacionados com dependência química. É mais um espaço independente, aberto para codependentes, membros das irmandades A.A., ALA-NON, N.A. NAR-ANON, profissionais da área de saúde e outros grupos de auto-ajuda. É destinado a quem vive um dia de cada vez. Só Por Hoje é nosso lema!
domingo, 7 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Reflexão do dia 6 de Novembro
Indo com o fluxo
Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 85
As primeiras palavras que falo, quando levanto de manhã são: "Oh! Deus, me levanto para fazer a Tua vontade!"
Esta é a oração mais curta que conheço e ele está profundamente enraizada em mim. A oração não muda a atitude para com Deus. Distinta da oração, a meditação é um tempo calmo, sem palavras. Estar centrado é estar fisicamente relaxado, emocionalmente calmo. mentalmente focalizado e espiritualmente consciente.
Uma maneira de manter o canal aberto e melhorar meu contato consciente dom Deus é manter uma atitude de gratidão.Nos dias em que sou grato, coisas boas parecem acontecer em minha vida. No momento que começo a xingar as coisas na minha vida, o fluxo do bem pára. Deus não interrompeu o fluxo; minha própria negatividade é que o interrompeu.
Visitem o AA - Área Estado de São Paulo
SÓ POR HOJE
“Só por hoje tentarei viver somente este dia e não tentarei
solucionar todos os meus problemas de uma vez.
Posso fazer alguma coisa por doze horas que me assustaria
se eu achasse que tivesse que continuar a fazê-la
pelo resto da vida.
Só por hoje serei feliz.
Parece ser verdade o que disse Abraham Lincoln:
"A maioria das pessoas é tão feliz quanto tenha decidido ser."
Só por hoje me ajustarei à realidade, e não tentarei ajustar
tudo à minha própria vontade.
Aceitarei o que o destino me reservar, e me adaptarei a ele.
Só por hoje tentarei fortalecer minha mente.
Estudarei e aprenderei alguma coisa útil.
Não serei um ocioso mental.
Lerei alguma coisa que requeira
esforço, raciocínio e concentração.
Só por hoje exercitarei minha alma de três maneiras:
praticarei uma boa ação para alguma pessoa, sem que ela fique sabendo;
se alguém ficar sabendo, não será válido.
Não demonstrarei a ninguém que meus sentimentos estão feridos;
mas hoje não o demonstrarei.
Só por hoje serei agradável.
Terei a melhor aparência possível,
me vestirei bem, manterei minha voz baixa,
serei cortês, não criticarei ninguém.
Não encontrarei defeitos em nada, nem tentarei
melhorar ou controlar ninguém, a não ser eu mesmo.
Só por hoje terei um programa. Talvez não o siga
exatamente, mas o terei. Evitarei dois aborrecimentos:
a pressa e a indecisão.
Só por hoje passarei meia hora tranqüilo,
completamente só, relaxando.
Durante essa meia hora, em algum momento,
tentarei ter uma melhor perspectiva da minha vida.
Só por hoje não terei medo.
Principalmente não terei medo de desfrutar do que é belo,
e de acreditar que na mesma medida
que dou para a vida, a vida dará a mim.”
“Se quisermos desenvolver uma atitude mental que nos traga paz e felicidade,
eis o princípio: Pense e aja alegremente, e você se sentirá alegre”
Dale Carnegie (Sibyl F. Partridge)
Crédito: MENSAGENS DE OTIMISMO
Carta aos Adictos, Meus 50 anos
DE: DRª. MARÍLIA TEIXEIRA MARTINS
PARA: ADICTOS
Muita gente me questiona, como posso entender o que se passa na alma, no “coração” e na cabeça de um dependente químico, sendo eu apenas uma profissional de saúde e não pertencer a nenhum grupo de mútua-ajuda. E a cada pessoa que me dirige essa pergunta, deixo como resposta uma reflexão ou outra pergunta:- Então, para ajudar um hipertenso, preciso ser também hipertensa? E a quem possui o transtorno bipolar de humor ou quem sofre de depressão, bulimia, anorexia ou até mesmo de esquizofrenia? Para compreendê-los e ajudá-los preciso de fato também ser portadora desses diagnósticos?
E hoje, aos meus 50 anos de vida, acrescento à minha resposta os 12 Passos de Alcoólicos Anônimos, uma bela filosofia de vida que tive o prazer em conhecer e vivenciar, ainda que não alcoólica e/ou adicta.
Bill e Bob me foram apresentados há algum tempo, através da literatura específica de Alcoólicos Anônimos; e quando entrei em contato com suas primeiras linhas algo novo me aconteceu. E a cada passo, dos 12 descritos, que eu lia e percorria, me vinham respostas precisas e exatas para um emaranhado de sentimentos que eu experimentava naquele momento de minha vida. Como se eu vivenciasse um novo despertar, que somado ao o que o mundo científico me apresentava, a vida me pareceu bem mais simples do que eu imaginava, e por isso mais bela.
Os 12 princípios me apontavam uma direção, como uma bússola que não deixa seu navegante em alto mar se desviar de sua rota.
E fui seguindo, ora para o Sul, ora para o Norte, mas com tranqüilidade e leveza, na certeza de que eu havia descoberto um tesouro. Encontrá-lo era uma questão de tempo. Bastava seguir aquela rota, aquele mapa que caiu em minhas mãos e me tornaria uma pessoa mais rica em sabedoria e direção. E assim fui eu, em busca deste tesouro, passo a passo, e no meu ritmo. E nos caminhos mais escuros e sombrios, fazia uma pausa, desligava o barco e descansava, me contentando apenas em receber o leve toque de uma brisa em meu rosto.
Há poucos meses completei 50 anos de vida. Uma idade que me faz relembrar com intensidade alguns momentos que vivenciei. E nesta rede de lembranças peguei-me refletindo sobre um sentimento em especial: o sentimento de impotência. Impotência diante da minha idade que avança a cada dia, impotência diante do outro e de suas escolhas, diante da morte de um ente querido, diante de um amor que se foi ou diante de um caminho escolhido e percorrido por um filho.
Por quantas vezes, cometo os mesmos erros esperando resultados diferentes? E do alto de minha arrogância preciso me curvar e acreditar humildemente que eu não preciso caminhar sozinha e que, acima de mim existe um Poder Maior que pode devolver-me a “sanidade”, às vezes perdida. ( Einstein dizia: “Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes).
Por quantos momentos em minha vida, me esbarro no limite do possível e preciso acreditar e contar com o impossível, me embriagando de esperança e fé, acreditando e entregando as minhas vontades e minha vida aos cuidados de Deus, o único que com o seu infinito Amor me acolhe, me protege e me transforma a cada dia, a cada 24 horas.
E ao longo dessa minha caminhada me pergunto: quantas pessoas eu feri, magoei, fiz e faço sofrer, mesmo que de forma não intencional? Por quantas vezes sou teimosa, imatura, mesquinha e imperfeita? E para me transformar em uma pessoa melhor, é preciso me renovar, revendo e reaprendendo o real significado do exercício do perdão, admitindo e reconhecendo meus erros e minhas falhas, procurando transformá-los em futuros acertos. E àqueles mais profundos, enraizados e sombrios, pedir humildemente a Deus que os remova e me livre de minhas imperfeições.
Por quantas vezes, preciso vestir-me com a roupa da humildade e da sensatez e me propor a reparar danos causados a mim, a um filho, a um pai, a um professor, a um paciente, a um amigo e até mesmo a algum desconhecido?
Por quantas noites me recolho em meu quarto, em meu canto e faço uma retrospectiva pessoal e destemida de meus atos e comportamentos, me propondo prontamente a admitir e reparar meus erros? E é assim, dessa forma, que vou aprendendo a me relacionar intimamente comigo mesma, com os adictos e principalmente com Deus, rogando a Ele todos os dias, através de orações, preces, meditações e principalmente, através da leitura de Sua palavra, que me mostre sua vontade e me dê forças para alcançá-la.
E hoje, só por hoje, procuro levar e transmitir tudo o que aprendo a outro ser humano, através de meus conhecimentos científicos, através das minhas experiências e vivências, através da minha caminhada cristã ou mesmo através de uma borboleta ou de um passarinho, que por acaso, adentram na janela de minha sala à procura de uma saída e em busca da liberdade perdida. Procuro levar a toda pessoa, adicta ou não, a mensagem de que esses 12 princípios e passos do A.A., com certeza nos tornam pessoas melhores, mais sensíveis, mais felizes e porque não dizer, mais sábias e libertas, a cada dia, a cada 24 horas.
E é desta forma, seguindo-os e aplicando-os primeiramente em minha vida, baseando-me na Palavra viva de Deus e associando-os aos meus conhecimentos científicos e técnicos que, mesmo não sendo adicta, posso olhar, escutar e compreender de forma empática, o que um dependente químico traz em seu coração e em sua alma e, junto com ele redescobrirmos um novo estilo de vida e um jeito diferente e saudável de viver.
Na verdade, este relato, diferente de outros que já escrevi, não deve ser considerado um artigo propriamente dito e sim um texto, fruto de uma auto-reflexão baseada não só em minha experiência pessoal e espiritual, como também em alguns estudos técnicos e científicos.
Carl Gustav Jung (Psiquiatra Suíço, fundador da Psicologia Analítica), por exemplo, em meados de 1934 passou a acreditar que o dependente químico necessita de um relacionamento com Deus para sua libertação dos químicos, admitindo assim que apenas a sua abordagem analítica não era suficiente para o tratamento da dependência química.
“Em 1961, Bill Wilson e Carl Jung trocaram cartas a respeito do papel de Jung na formação de Alcóolicos Anônimos. O próprio Bill nunca deixou de insistir que o “fundador primordial” de A.A. foi Carl Gustav Jung, que plantou as raízes de A.A. alguns anos antes da famosa reunião entre Bill & Bob em Akron, Ohio, em 1935.”
Em uma dessas cartas para Bill Wilson em Janeiro de 1961, Jung escreveu, em referência a um paciente de nome Roland H, que ficou sob os seus cuidados clínicos em 1931.
...”Sua fixação pelo álcool era o equivalente, num grau inferior, da sede espiritual do nosso ser pela totalidade, expressa em linguagem medieval, pela união com Deus.”...
...”Veja você que “álcohol” em latim significa “espírito”; no entanto, usamos a mesma palavra tanto para designar a mais alta experiência religiosa como para designar o mais depravador dos venenos.
“A receita então é “spiritus” contra spiritum”.
Referências Bibliográficas:
1. O caminho dos 12 passos – Tratamento de dependência de álcool e outras drogas – John E. Burns – Edições Loyola – 2ª edição
2. Alcoólicos Anônimos na Bahia: http://www.aabahia.org.br/billjung.htm
Murray Stein (Murray Stein, Ph.D. é um Analista de formação na Escola Internacional de Psicologia Analítica, em Zurique, na Suíça. His most recent publications include , and (Editor of the Jungian sections, with Ross Skelton as General Editor). Realiza internacionalmente palestras sobre temas relacionados com a Psicologia Analítica e suas aplicações no mundo contemporâneo.) faz também uma referência às cartas trocadas entre Carl Jung e Bill Wilson em seu livro “Jung – O mapa da alma – Uma Introdução”:
“Quando Bill Wilson, co-fundador dos Alcoólicos Anônimos, escreveu a Jung em 1961 e o informou sobre o ocorrido com Roland H. (um paciente a quem Jung tinha tratado por alcoolismo no começo da década de 1930), Jung o respondeu admitindo que o terapeuta é essencialmente impotente ao tentar vencer a dependência de um paciente de uma substância. Jung dizia – na minha paráfrase de sua carta – “Você precisa de um símbolo, de um análogo que atraia a energia que foi para a bebida. Tem que encontrar um equivalente que seja mais interessante do que beber todas as noites, que atraia o seu interesse mais do que uma garrafa de vodca”.
Um símbolo poderoso é requerido para provocar uma importante transformação num alcoólico, e Jung falou da necessidade de uma experiência de conversão.”
Referência Bibliográfica: Jung – O Mapa da Alma – Uma Introdução – Murray Stein – Editora Cultrix - 2000
E agora, termino este relato parafraseando o texto de James Agrey, a Parábola da Águia, tão conhecido por todos nós. Às vezes sinto que Deus me entregou a missão de descobrir águias e fazê-las acreditar que podem voar. Umas aprendem mais rápido do que outras e já estão alçando vôos tão altos que já não as avisto mais. Outras, mostram suas tentativas com tanto empenho e dedicação que não demoram muito e já se arriscam a dar os primeiros vôos bem sucedidos. Caem às vezes, mas não se acomodam. E assim que se recuperam arriscam mais um vôo, tornando-se tão aptas quanto às primeiras. E algumas demoram um pouco mais do que as outras. Talvez por sentirem medo de se arriscarem e descobrirem a imensidão do universo com todas as suas possibilidades. E são com estas que Deus de uma forma muito suave, gentil e respeitosa, me retira de cena. De alguma forma que desconheço, faz com que estas águias olhem para cima, além dos limites estabelecidos por “muros ou cercas” e as fazem descobrir que acima de suas cabeças existe um sóbrio universo e é por ali, olhando para cima e permitindo a Sua ajuda e a Sua presença que podem se libertar. Nestes casos, literalmente saio de cena, de forma humilde e obediente para que apenas Deus realize Sua grandiosa obra! Por isso, muitas vezes é necessário admitir e reconhecer minha impotência diante de alguns adictos e dizer “não” às minhas vaidades, ao meu orgulho, aos meus caprichos e desejos onipotentes. E neste percurso, me deparo mais uma vez com a mensagem que às vezes teimosamente insisto em não seguir: que preciso escutar e obedecer a Deus acima de qualquer coisa. E entendo que é assim, que alguns adictos finalmente levantam seus vôos mais altos e necessários, passando a acreditar que para se transformar em uma águia basta apenas o desejo em sê-la. E que é preciso abrir mão de alguns lugares, de alguns amigos e voar acompanhado de outras águias, rumo ao mesmo objetivo. E só depois que alçarem vôos bem altos e seguros que conseguirão ajudar o outro, realizando assim o 12º passo que os grupos de mútua-ajuda sugerem e ensinam.
Se viverei mais 50 anos, não sei. Mas é com o coração encharcado de gratidão e como cristã que sou, que me dirijo a Deus neste momento e neste dia, agradecendo a Ele por ter me dado o privilégio de poder estar aqui durante tantos anos! Obrigada Senhor, por Suas palavras que me transformam e me fazem renascer a cada dia.
Obrigada Jung por me fazer compreender, acreditar e aceitar que só a Ciência não basta e que é preciso algo mais.
Obrigada Bill e obrigada Bob, que com um verdadeiro espírito de união, solidariedade, desprendimento e amor ao próximo, me “apresentaram” e me deixaram uma linda e funcional filosofia que me norteia a cada dia, mesmo não sendo alcoólica e/ou adicta. Obrigada por me “emprestarem” estes 12 princípios e passos, hoje já incorporados e gravados em minha alma.
Só por hoje eu os agradeço eternamente e levanto um brinde à sabedoria e à vida.
E a você adicto, deixo o meu carinho e a certeza de que o vôo é possível sim, desde que você se permita.
É...não existe vôo mais seguro e mais alto do que o vôo na presença de Deus!!
Então, voa adicto... voa em busca de sua liberdade, sobriedade e de sua recuperação!
E um feliz vôo!
Deus o abençoe.
Com carinho e amor,
Marília
“Concedei-me Senhor a serenidade necessária, para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir uma das outras.”
Obtido em ENTRE SEM BATER Artigo da DRª. MARÍLIA TEIXEIRA MARTINS
PARA: ADICTOS
Muita gente me questiona, como posso entender o que se passa na alma, no “coração” e na cabeça de um dependente químico, sendo eu apenas uma profissional de saúde e não pertencer a nenhum grupo de mútua-ajuda. E a cada pessoa que me dirige essa pergunta, deixo como resposta uma reflexão ou outra pergunta:- Então, para ajudar um hipertenso, preciso ser também hipertensa? E a quem possui o transtorno bipolar de humor ou quem sofre de depressão, bulimia, anorexia ou até mesmo de esquizofrenia? Para compreendê-los e ajudá-los preciso de fato também ser portadora desses diagnósticos?
E hoje, aos meus 50 anos de vida, acrescento à minha resposta os 12 Passos de Alcoólicos Anônimos, uma bela filosofia de vida que tive o prazer em conhecer e vivenciar, ainda que não alcoólica e/ou adicta.
Bill e Bob me foram apresentados há algum tempo, através da literatura específica de Alcoólicos Anônimos; e quando entrei em contato com suas primeiras linhas algo novo me aconteceu. E a cada passo, dos 12 descritos, que eu lia e percorria, me vinham respostas precisas e exatas para um emaranhado de sentimentos que eu experimentava naquele momento de minha vida. Como se eu vivenciasse um novo despertar, que somado ao o que o mundo científico me apresentava, a vida me pareceu bem mais simples do que eu imaginava, e por isso mais bela.
Os 12 princípios me apontavam uma direção, como uma bússola que não deixa seu navegante em alto mar se desviar de sua rota.
E fui seguindo, ora para o Sul, ora para o Norte, mas com tranqüilidade e leveza, na certeza de que eu havia descoberto um tesouro. Encontrá-lo era uma questão de tempo. Bastava seguir aquela rota, aquele mapa que caiu em minhas mãos e me tornaria uma pessoa mais rica em sabedoria e direção. E assim fui eu, em busca deste tesouro, passo a passo, e no meu ritmo. E nos caminhos mais escuros e sombrios, fazia uma pausa, desligava o barco e descansava, me contentando apenas em receber o leve toque de uma brisa em meu rosto.
Há poucos meses completei 50 anos de vida. Uma idade que me faz relembrar com intensidade alguns momentos que vivenciei. E nesta rede de lembranças peguei-me refletindo sobre um sentimento em especial: o sentimento de impotência. Impotência diante da minha idade que avança a cada dia, impotência diante do outro e de suas escolhas, diante da morte de um ente querido, diante de um amor que se foi ou diante de um caminho escolhido e percorrido por um filho.
Por quantas vezes, cometo os mesmos erros esperando resultados diferentes? E do alto de minha arrogância preciso me curvar e acreditar humildemente que eu não preciso caminhar sozinha e que, acima de mim existe um Poder Maior que pode devolver-me a “sanidade”, às vezes perdida. ( Einstein dizia: “Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes).
Por quantos momentos em minha vida, me esbarro no limite do possível e preciso acreditar e contar com o impossível, me embriagando de esperança e fé, acreditando e entregando as minhas vontades e minha vida aos cuidados de Deus, o único que com o seu infinito Amor me acolhe, me protege e me transforma a cada dia, a cada 24 horas.
E ao longo dessa minha caminhada me pergunto: quantas pessoas eu feri, magoei, fiz e faço sofrer, mesmo que de forma não intencional? Por quantas vezes sou teimosa, imatura, mesquinha e imperfeita? E para me transformar em uma pessoa melhor, é preciso me renovar, revendo e reaprendendo o real significado do exercício do perdão, admitindo e reconhecendo meus erros e minhas falhas, procurando transformá-los em futuros acertos. E àqueles mais profundos, enraizados e sombrios, pedir humildemente a Deus que os remova e me livre de minhas imperfeições.
Por quantas vezes, preciso vestir-me com a roupa da humildade e da sensatez e me propor a reparar danos causados a mim, a um filho, a um pai, a um professor, a um paciente, a um amigo e até mesmo a algum desconhecido?
Por quantas noites me recolho em meu quarto, em meu canto e faço uma retrospectiva pessoal e destemida de meus atos e comportamentos, me propondo prontamente a admitir e reparar meus erros? E é assim, dessa forma, que vou aprendendo a me relacionar intimamente comigo mesma, com os adictos e principalmente com Deus, rogando a Ele todos os dias, através de orações, preces, meditações e principalmente, através da leitura de Sua palavra, que me mostre sua vontade e me dê forças para alcançá-la.
E hoje, só por hoje, procuro levar e transmitir tudo o que aprendo a outro ser humano, através de meus conhecimentos científicos, através das minhas experiências e vivências, através da minha caminhada cristã ou mesmo através de uma borboleta ou de um passarinho, que por acaso, adentram na janela de minha sala à procura de uma saída e em busca da liberdade perdida. Procuro levar a toda pessoa, adicta ou não, a mensagem de que esses 12 princípios e passos do A.A., com certeza nos tornam pessoas melhores, mais sensíveis, mais felizes e porque não dizer, mais sábias e libertas, a cada dia, a cada 24 horas.
E é desta forma, seguindo-os e aplicando-os primeiramente em minha vida, baseando-me na Palavra viva de Deus e associando-os aos meus conhecimentos científicos e técnicos que, mesmo não sendo adicta, posso olhar, escutar e compreender de forma empática, o que um dependente químico traz em seu coração e em sua alma e, junto com ele redescobrirmos um novo estilo de vida e um jeito diferente e saudável de viver.
Na verdade, este relato, diferente de outros que já escrevi, não deve ser considerado um artigo propriamente dito e sim um texto, fruto de uma auto-reflexão baseada não só em minha experiência pessoal e espiritual, como também em alguns estudos técnicos e científicos.
Carl Gustav Jung (Psiquiatra Suíço, fundador da Psicologia Analítica), por exemplo, em meados de 1934 passou a acreditar que o dependente químico necessita de um relacionamento com Deus para sua libertação dos químicos, admitindo assim que apenas a sua abordagem analítica não era suficiente para o tratamento da dependência química.
“Em 1961, Bill Wilson e Carl Jung trocaram cartas a respeito do papel de Jung na formação de Alcóolicos Anônimos. O próprio Bill nunca deixou de insistir que o “fundador primordial” de A.A. foi Carl Gustav Jung, que plantou as raízes de A.A. alguns anos antes da famosa reunião entre Bill & Bob em Akron, Ohio, em 1935.”
Em uma dessas cartas para Bill Wilson em Janeiro de 1961, Jung escreveu, em referência a um paciente de nome Roland H, que ficou sob os seus cuidados clínicos em 1931.
...”Sua fixação pelo álcool era o equivalente, num grau inferior, da sede espiritual do nosso ser pela totalidade, expressa em linguagem medieval, pela união com Deus.”...
...”Veja você que “álcohol” em latim significa “espírito”; no entanto, usamos a mesma palavra tanto para designar a mais alta experiência religiosa como para designar o mais depravador dos venenos.
“A receita então é “spiritus” contra spiritum”.
Referências Bibliográficas:
1. O caminho dos 12 passos – Tratamento de dependência de álcool e outras drogas – John E. Burns – Edições Loyola – 2ª edição
2. Alcoólicos Anônimos na Bahia: http://www.aabahia.org.br/billjung.htm
Murray Stein (Murray Stein, Ph.D. é um Analista de formação na Escola Internacional de Psicologia Analítica, em Zurique, na Suíça. His most recent publications include , and (Editor of the Jungian sections, with Ross Skelton as General Editor). Realiza internacionalmente palestras sobre temas relacionados com a Psicologia Analítica e suas aplicações no mundo contemporâneo.) faz também uma referência às cartas trocadas entre Carl Jung e Bill Wilson em seu livro “Jung – O mapa da alma – Uma Introdução”:
“Quando Bill Wilson, co-fundador dos Alcoólicos Anônimos, escreveu a Jung em 1961 e o informou sobre o ocorrido com Roland H. (um paciente a quem Jung tinha tratado por alcoolismo no começo da década de 1930), Jung o respondeu admitindo que o terapeuta é essencialmente impotente ao tentar vencer a dependência de um paciente de uma substância. Jung dizia – na minha paráfrase de sua carta – “Você precisa de um símbolo, de um análogo que atraia a energia que foi para a bebida. Tem que encontrar um equivalente que seja mais interessante do que beber todas as noites, que atraia o seu interesse mais do que uma garrafa de vodca”.
Um símbolo poderoso é requerido para provocar uma importante transformação num alcoólico, e Jung falou da necessidade de uma experiência de conversão.”
Referência Bibliográfica: Jung – O Mapa da Alma – Uma Introdução – Murray Stein – Editora Cultrix - 2000
E agora, termino este relato parafraseando o texto de James Agrey, a Parábola da Águia, tão conhecido por todos nós. Às vezes sinto que Deus me entregou a missão de descobrir águias e fazê-las acreditar que podem voar. Umas aprendem mais rápido do que outras e já estão alçando vôos tão altos que já não as avisto mais. Outras, mostram suas tentativas com tanto empenho e dedicação que não demoram muito e já se arriscam a dar os primeiros vôos bem sucedidos. Caem às vezes, mas não se acomodam. E assim que se recuperam arriscam mais um vôo, tornando-se tão aptas quanto às primeiras. E algumas demoram um pouco mais do que as outras. Talvez por sentirem medo de se arriscarem e descobrirem a imensidão do universo com todas as suas possibilidades. E são com estas que Deus de uma forma muito suave, gentil e respeitosa, me retira de cena. De alguma forma que desconheço, faz com que estas águias olhem para cima, além dos limites estabelecidos por “muros ou cercas” e as fazem descobrir que acima de suas cabeças existe um sóbrio universo e é por ali, olhando para cima e permitindo a Sua ajuda e a Sua presença que podem se libertar. Nestes casos, literalmente saio de cena, de forma humilde e obediente para que apenas Deus realize Sua grandiosa obra! Por isso, muitas vezes é necessário admitir e reconhecer minha impotência diante de alguns adictos e dizer “não” às minhas vaidades, ao meu orgulho, aos meus caprichos e desejos onipotentes. E neste percurso, me deparo mais uma vez com a mensagem que às vezes teimosamente insisto em não seguir: que preciso escutar e obedecer a Deus acima de qualquer coisa. E entendo que é assim, que alguns adictos finalmente levantam seus vôos mais altos e necessários, passando a acreditar que para se transformar em uma águia basta apenas o desejo em sê-la. E que é preciso abrir mão de alguns lugares, de alguns amigos e voar acompanhado de outras águias, rumo ao mesmo objetivo. E só depois que alçarem vôos bem altos e seguros que conseguirão ajudar o outro, realizando assim o 12º passo que os grupos de mútua-ajuda sugerem e ensinam.
Se viverei mais 50 anos, não sei. Mas é com o coração encharcado de gratidão e como cristã que sou, que me dirijo a Deus neste momento e neste dia, agradecendo a Ele por ter me dado o privilégio de poder estar aqui durante tantos anos! Obrigada Senhor, por Suas palavras que me transformam e me fazem renascer a cada dia.
Obrigada Jung por me fazer compreender, acreditar e aceitar que só a Ciência não basta e que é preciso algo mais.
Obrigada Bill e obrigada Bob, que com um verdadeiro espírito de união, solidariedade, desprendimento e amor ao próximo, me “apresentaram” e me deixaram uma linda e funcional filosofia que me norteia a cada dia, mesmo não sendo alcoólica e/ou adicta. Obrigada por me “emprestarem” estes 12 princípios e passos, hoje já incorporados e gravados em minha alma.
Só por hoje eu os agradeço eternamente e levanto um brinde à sabedoria e à vida.
E a você adicto, deixo o meu carinho e a certeza de que o vôo é possível sim, desde que você se permita.
É...não existe vôo mais seguro e mais alto do que o vôo na presença de Deus!!
Então, voa adicto... voa em busca de sua liberdade, sobriedade e de sua recuperação!
E um feliz vôo!
Deus o abençoe.
Com carinho e amor,
Marília
“Concedei-me Senhor a serenidade necessária, para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir uma das outras.”
Obtido em ENTRE SEM BATER Artigo da DRª. MARÍLIA TEIXEIRA MARTINS
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Para os Familiares
PARA FAMILIARES DE ADICTOS
31/10/2003
O apoio da família na recuperação de dependentes químicos determina, positivamente ou não, a eficácia do tratamento. A opinião é da psicóloga Solange Dantas Ferrari, que coordena um Grupo de Apoio para estas pessoas e seus parentes há seis anos. A psicóloga conta que o preconceito da própria família do dependente agrava o problema. "Muitos têm vergonha de admitir que possuem um dependente químico em casa e por isso se afastam", diz. Segundo ela, o viciado em drogas, álcool e o depressivo dependem da ajuda dos mais próximos para se sentirem vinculados e com vontade de se recuperar.
Com a objetivo de orientar a família dos dependentes, neste sentido, Solange e Arlete Jacon, que também é psicóloga, reúnem todas as terças-feiras cerca de 40 familiares que trocam experiências sobre os problemas domésticos causados pelos vícios e as formas de como enfrentá-los. "Nestes casos, a família se torna co-dependente, ou seja, ela adoece junto com o viciado e também deve receber tratamento", disse. Nas reuniões, com o acompanhamento das psicólogas e através de depoimentos, as famílias se conhecem e compartilham soluções.
Com o auxílio da família, sete em cada dez dependentes - ou em 70% dos casos - conseguem controlar o vício. "A quimiodependência é uma doença que não tem cura, mas sim controle. A eficácia do tratamento não depende de medicação, mas sim do desejo de recuperação atrelado ao apoio dos mais próximos", frisou Solange.
A psicóloga também disse que o acesso às drogas tem começado mais cedo e atingido também as mulheres. Segundo ela, a maioria dos dependentes entra nesse "mundo" por volta dos 13 anos de idade através do álcool. "Chega uma hora que a bebida não faz mais efeito e o adolescente vai procurar substâncias cada vez mais fortes", disse. Para a especialista, uma família desestruturada também contribui com o agravamento do vício. "Os mais jovens, principalmente, vêem nas substâncias alucinógenas uma saída para os problemas do cotidiano familiar conturbado", ressaltou.
Conforme Solange, todos os dependentes químicos necessitam de ajuda. "O auxílio começa em casa e deve se estender em grupos de apoio e até tratamento em clínicas, se necessário". Com esse respaldo, o controle do vício é facilitado. "Já tivemos casos em que a pessoa estava no 'fundo do poço', mas que, com muita força de vontade e auxílio, conseguiu se livrar do problema", disse.
Ela contou que um dos casos mais marcantes foi o de um idoso de 69 anos, que mesmo com a idade avançada, lutou contra o álcool e conseguiu vencê-lo. "É muito gratificante quando ajudamos a trazer de volta a vida de um ser humano; mesmo que todos digam que não vale a pena o esforço, para nós vale, e muito", completou a psicóloga.
O Grupo de Apoio, aberto à população, atende todas as terças-feiras, das 19h30 às 21h30, na Rua Alferes Franco, 1241, no Centro.
Gazeta de Limeira 12/08/2003
Influência familiar no tratamento da dependência química
Silva, Macedo e Derntl
Os padrões de depressão e mania ou transtornos de humor, presentes nos dependentes químicos se estendem ao sistema familiar, estabelecendo condutas e comportamentos repetitivos que promovem o ciclo de dependência e que podem agravar a situação do dependente.
Esta é a hipótese básica que norteou a investigação relatada no artigo publicado pela revista Psicologia em Estudo em 2007. A pesquisa teve como objetivo compreender como os transtornos de humor do indivíduo dependente se manifestam no âmbito familiar e quais suas implicações na manutenção do ciclo da dependência.
A pesquisa apresentou um estudo de caso que enfocou uma família, residente em São Paulo, com um membro dependente de cocaína e crack. A coleta de dados deu-se em uma instituição especializada em tratamento de dependência química onde foram efetuadas 10 sessões de psicoterapia familiar. A família era constituída pelo dependente, sua esposa, sua mãe e sua irmã.
Os resultados deste estudo foram baseados nos dados que emergiram das sessões e nas categorias descritivas de padrões de humor criadas por Stierlin, Weber, Schmidt e Simon em 1986, que trabalharam com famílias com transtornos de humor. Tais categorias tratam dos padrões de relação comunicacional, comportamentais e afetivos destes sistemas familiares.
Os autores concluíram que a terapia familiar funcionou como uma espécie de catalisador do tratamento; conscientizando os membros familiares da importância de sua participação ativa no processo terapêutico além de fortalecer e restabelecer os vínculos afetivos entre eles.
Os pesquisadores enfatizaram que este estudo propiciou uma maior compreensão da dinâmica do ciclo da dependência, por constatar que os padrões de transtornos de humor se estendem à família ao serem identificados como uma expressão do todo e não só ao dependente. Este dado facilita o trabalho do psicoterapeuta e possibilita que cada elemento do sistema familiar visualize as diferentes posições e responsabilidades assumidas por cada um.
Texto resumido pelo OBID a partir do original publicado pela Revista de Psicologia em Estudo, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 12 (1): 61-70, 2007. ISSN 1413-7372. Editada pelo Departamento de Psicologia - Universidade Estadual de Maringá.
Fonte: OBID
O mundo não vai se acabar se você se tratar !
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Reflexão do dia
Crédito : Alcoólicos Anônimos - Área São Paulo
Reflexão do dia 28 de Outubro
uma tradição que foi mantida
Consideramos a sobrevivência e a expansão de Alcoólicos Anônimos muito mais importante do que o impacto que coletivamente poderíamos causar em determinadas circunstância.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 161
Quanto significa para mim que uma Tradição mantida em mais de meio século seja um fio que me liga a BILL W. e ao Dr. Bob. Quão mais fundamentado me sinto por estar em uma Irmandade cujos objetivos são constantes e persistente.
Sou grato que as energias de A.A. nunca foram dispersadas, mas sim focalizadas em nossos membros e na sobriedade individual.
Minhas crenças são o que me torna um ser humano; sou livre para ter qualquer opinião, mas o propósito de A.A. - tão claramente declarado há cinquenta anos atrás - é para me manter sóbrio. Este propósito promoveu horários de reuniões o dia inteiro, e as milhares de Centrais e Intergrupais de A.A., com seus milhares de voluntários. Como o sol focalizado através de uma lente de aumento, a visão impar de A.A. acendeu o fogo da fé na sobriedade em milhões de corações, inclusive o meu.
Reflexão do dia 28 de Outubro
uma tradição que foi mantida
Consideramos a sobrevivência e a expansão de Alcoólicos Anônimos muito mais importante do que o impacto que coletivamente poderíamos causar em determinadas circunstância.
OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES PG. 161
Quanto significa para mim que uma Tradição mantida em mais de meio século seja um fio que me liga a BILL W. e ao Dr. Bob. Quão mais fundamentado me sinto por estar em uma Irmandade cujos objetivos são constantes e persistente.
Sou grato que as energias de A.A. nunca foram dispersadas, mas sim focalizadas em nossos membros e na sobriedade individual.
Minhas crenças são o que me torna um ser humano; sou livre para ter qualquer opinião, mas o propósito de A.A. - tão claramente declarado há cinquenta anos atrás - é para me manter sóbrio. Este propósito promoveu horários de reuniões o dia inteiro, e as milhares de Centrais e Intergrupais de A.A., com seus milhares de voluntários. Como o sol focalizado através de uma lente de aumento, a visão impar de A.A. acendeu o fogo da fé na sobriedade em milhões de corações, inclusive o meu.
Terceiro Passo
Terceiro Passo
3. Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de um Poder Superior, na forma em que O concebíamos.
A prática do Terceiro Passo é como abrir uma porta que até então parecia estar fechada à chave. Tudo o que precisamos é a chave e a decisão de abrir a porta. Existe apenas uma só chave, e se chama boa vontade. Uma vez usada a chave da boa vontade, a porta se abre quase que sozinha. Olhando-se através dela, ver-se-á um caminho ao lado do qual há uma inscrição que diz: "Eis o caminho em direção àquela fé que realmente funciona."
Nos primeiros dois passos estivemos refletindo. Vimos que éramos impotentes perante o álcool, mas também percebemos que alguma espécie de fé, mesmo que fosse somente em A.A., estava ao alcance de qualquer um.
Essas conclusões não requereram ação; requereram apenas aceitação.
Como todos os outros, o Terceiro Passo pede uma ação positiva, pois é somente através de ação que conseguimos interromper a vontade própria que sempre impediu a entrada de Deus - ou, se preferir, de um Poder Superior - em nossas vidas. A fé é necessária certamente, porém a fé isolada pode resultar em nada. Podemos ter fé, mas manter Deus fora de nossas vidas.
Portanto, o nosso problema agora é descobrir como e por que meios específicos, poderemos deixá-lo entrar. O Terceiro Passo representa nossa primeira tentativa de alcançar isso. Aliás, a eficácia de todo programa de A.A. dependerá de quão bem e sinceramente tenhamos tentado chegar à decisão de "entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos" .
Trecho extraido do Livro os Doze Passos e as Doze Tradições - Audio da Fita os Doze Passos - Imagens dos Doze Passos Ilustrados. A disposição em qualquer Grupo ou Escritório de A.A na íntegra.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Livro Azul Capítulo 7, Alcoólicos Anônimos - Grupo 1 de maio
TRABALHANDO COM OS OUTROS
A experiência prática ensina-nos que não há nada que assegure tanto a imunidade à bebida como o trabalho intensivo com outros alcoólicos. Resulta quando todos os outros processos falham. Esta é a nossa décima segunda sugestão: levar esta mensagem a outros alcoólicos! Você pode ajudá-los quando mais ninguém consegue. Consegue ganhar-lhes a confiança quando os outros fracassam. Lembre-se que eles estão muito doentes.
A vida vai adquirir um novo sentido. Ver as pessoas recuperar, vê--las ajudar os outros, ver desaparecer a solidão, ver a fraternidade do grupo crescer à sua volta, ter uma quantidade de amigos - é uma experiência a não perder. O contacto frequente com recém-chegados e de uns com os outros é a faceta que ilumina as nossas vidas.
Talvez você não conheça nenhuns bebedores que se queiram recuperar. Não terá dificuldade em encontrar alguns se perguntar a uns tantos médicos, padres ou pastores e em hospitais. Eles terão muito prazer em ajudá-lo, mas não comece por querer pregar ou moralizar. Infelizmente há muitos preconceitos e, se os provocar, ficará em desvantagem. Padres e médicos são pessoas competentes e, se quiser, pode aprender muito com eles, mas acontece que, pela própria experiência de bebedor, você pode ser de uma utilidade única a outros alcoólicos. Portanto coopere; nunca critique. O nosso único objectivo é sermos úteis.
Quando descobrir um possível membro para Alcoólicos Anónimos, tente saber tudo a seu respeito. Se ele não quiser parar de beber, não perca tempo a tentar persuadi-lo. Pode estragar uma oportunidade futura. Este conselho também se aplica à família dele, que se deve mostrar paciente e perceber que está a lidar com uma pessoa doente.
Se houver algum indício de que ele queira parar, tenha uma longa conversa com a pessoa que está mais interessada nele - geralmente a mulher. Forme uma ideia sobre o seu comportamento, os seus problemas, o seu passado, a gravidade do seu estado e sobre as suas inclinações religiosas. Você precisa destas informações para se poder pôr no lugar dele e perceber como gostaria de ser abordado se a situação se invertesse.
Por vezes é aconselhável esperar por uma nova bebedeira. A família pode levantar objecções mas, a não ser que o seu estado de saúde seja muito grave, é melhor arriscar. Não tente lidar com ele enquanto estiver muito bêbedo, a não ser que ele se torne ameaçador e a família precise da sua ajuda. Espere pelo fim da bebedeira ou, pelo menos, por um intervalo de lucidez. A seguir, deixe que a família ou um amigo lhe pergunte se ele quer definitivamente parar de beber e se está disposto a fazer tudo o que for preciso para o conseguir. Se ele disser que sim, deve procurar fixar-se a atenção dele em si, como uma pessoa que recuperou. Deverá então falar de si como pertencendo a um grupo de pessoas, cujos membros tentam ajudar outros como parte da sua própria recuperação e que falará com ele de boa vontade, se ele quiser.
Se ele não o quiser ver, não force a situação. A família também não deve pedir-lhe insistentemente que ele faça o que quer que seja, nem tão--pouco falhar-lhe demasiado sobre si. Eles devem esperar que ele saia de uma nova bebedeira. Entretanto poderá deixar-lhe este livro ao seu alcance. Aqui não há regras específicas a indicar. Compete à família decidir sobre estas coisas, mas deve recomendar-lhes que não se angustiem excessivamente porque podem deitar tudo a perder.
Geralmente a família não deve tentar contar a sua história. Sempre que possível, evite conhecer um alcoólico através da família. Uma abordagem através de um médico ou de uma instituição tem melhores possibilidades. Se a pessoa em questão precisar de ser hospitalizada, deverá sê-lo, mas nunca à força, a não ser que se mostre violenta. Deixe que seja o médico, se ele concordar, a dizer-lhe que tem qualquer coisa para lhe oferecer com vista a uma solução.
Quando a pessoa se sentir melhor, o médico poderá sugerir-lhe que você a visite. Embora tenha falado com a família, não mencione isso no primeiro encontro. Deste modo, ela não se sentirá pressionada e perceberá que pode lidar consigo sem ser importunada pela família. Visite-a quando ela ainda estiver a tremer. Se ela estiver deprimida, pode ser que esteja mais receptiva.
Se possível, veja a pessoa a sós. De princípio, fale de generalidades. Ao fim de um certo tempo, encaminhe a conversa para uma fase qualquer do seu percurso alcoólico. Fale-lhe bastante dos seus hábitos de bebida, sintomas e experiências, até que ela se sinta com coragem para falar de si própria. Se ela quiser falar, deixe que o faça. Terá assim uma melhor ideia de como continuar. Se não for uma pessoa comunicativa, faça-lhe um resumo do seu percurso alcoólico até à altura em que deixou de beber. Mas ainda não diga nada sobre a maneira como o conseguiu. Se ela mostrar que quer falar a sério, fale-lhe demoradamente sobre os problemas que o álcool lhe causou, mas tenha sempre a preocupação de não moralizar nem dar lições. Se ela estiver de ânimo leve, conte-lhe histórias divertidas das suas aventuras e faça com que ela conte algumas das suas.
Quando ela perceber que você sabe tudo sobre a bebida e os seus segredos, comece a descrever-se a si mesmo como alcoólico. Diga-lhe como se sentiu desconcertado e como acabou por saber que estava doente. Faça-lhe uma descrição da sua luta para parar. Faça-lhe ver essa deformação mental que leva ao primeiro copo de uma bebedeira. Sugerimos que se proceda como fizemos no capítulo sobre alcoolismo. Se for alcoólico, irá compreendê-lo imediatamente. Ela irá comparar as suas próprias incongruências mentais com algumas das suas.
Se você estiver convencido de que se trata realmente de um alcoólico, comece a insistir no carácter incurável da doença. A partir da sua própria experiência mostre-lhe como essa estranha condição mental, que envolve a primeira bebida, impede o normal funcionamento da força de vontade. Por esta altura, não faça ainda referência a este livro, a não ser que ele o tenha visto e queira falar sobre ele. E tenha cuidado em não o rotular de alcoólico. Deixe-o tirar as suas próprias conclusões. Se ele se agarrar à ideia de que ainda consegue controlar a sua maneira de beber, diga-lhe que isso é realmente possível, se o seu alcoolismo não estiver ainda muito avançado. Insista porém, que se estiver seriamente afectado, ele terá poucas probabilidades de recuperar só por si.
Continue a falar do alcoolismo como uma doença, uma doença fatal. Fale-lhe das condições físicas e mentais que a acompanham. Mantenha a atenção dele centrada na sua própria experiência pessoal. Explique-lhe que muitos estão condenados sem nunca se darem conta da sua situação. Com razão, os médicos têm relutância em dizer aos seus pacientes alcoólicos a inteira verdade sobre os seus casos, a não ser que vejam alguma vantagem nisso. Mas você pode falar sobre o carácter irreversível do alcoolismo porque lhe apresenta uma solução. Em breve verá o seu amigo admitir que tem muitas, senão todas as características de um alcoólico. Se o seu próprio médico se dispuser a dizer-lhe que é alcoólico, tanto melhor. Mesmo que o seu protegido possa ainda não ter admitido inteiramente a sua condição, acabou por ficar com curiosidade em saber como você se recuperou. Deixe ser ele a fazer-lhe a pergunta, se ele quiser. Diga-lhe exactamente o que lhe aconteceu. Saliente à sua vontade o aspecto espiritual. Se se tratar de um agnóstico ou ateu, sublinhe fortemente que ele não tem de estar de acordo com a sua concepção de Deus. Ele pode optar pela concepção que quiser, desde que a ele lhe faça sentido. O importante é que esteja disposto a acreditar num Poder superior a ele próprio e que viva segundo princípios espirituais.
Ao lidar com uma tal pessoa, é preferível utilizar uma linguagem de todos os dias para descrever princípios espirituais. É inútil despertar-lhe qualquer preconceito que possa ter contra determinados termos e conceitos teológicos, já de si confusos para ela. Não provoque tais questões, quaisquer que sejam as suas convicções pessoais.
Pode dar-se o caso do seu interlocutor pertencer a uma confissão religiosa. A sua formação e conhecimentos religiosos podem ser muito superiores aos seus. Nesse caso, ele pode interrogar-se como é que é de algum modo possível você acrescentar algo ao que ele já sabe. Ficará porém intrigado por saber como é que as convicções dele não resultaram na prática e as suas parecem ter resultado com tanta eficácia. Ele pode ser um exemplo que demonstra que a fé só por si não é suficiente. Para ser vital, a fé tem de se fazer acompanhar pelo sacrifício pessoal e pela acção desinteressada e construtiva. Faça compreender bem que não tem nenhuma intenção de lhe ensinar religião. Admita que ele sabe possivelmente muito mais do que você nesse aspecto, mas chame-lhe a atenção para o facto de que, apesar da profundidade da sua fé e conhecimentos, ele não conseguiu pô-los em prática, porque senão não teria bebido. Talvez a sua história o ajude a perceber onde ele falhou ao aplicar esses mesmos preceitos que tão bem conhece. Nós não representamos nenhuma crença ou confissão específicas. Lidamos apenas com princípios gerais comuns à maioria das religiões.
Descreva em linhas gerais o programa de acção, explicando como fez a sua própria avaliação pessoal, como endireitou o seu passado e por que se empenha agora em ajudá-lo. É importante que ele se aperceba que o seu esforço para lhe transmitir isto desempenha um papel vital na sua própria recuperação. Com efeito, ele pode estar a ajudá-lo mais a si do que você a ele. Faça-lhe ver com clareza que ele não tem qualquer obrigação para consigo e só espera que ele tente ajudar outros alcoólicos quando sair das suas próprias dificuldades. Mostre-lhe a importância de colocar o bem-estar dos outros antes do seu próprio. Explique-lhe de um modo claro que ele não tem que se sentir pressionado e que, se quiser, ele não precisa de o voltar a ver. Não deve ficar ofendido se ele quiser desistir, porque ele ajudou-o mais a si do que você a ele. Se as suas palavras tiverem mostrado bom senso, calma e muita compreensão humana, talvez tenha feito um amigo. Talvez o tenha perturbado com a questão do alcoolismo. Tanto melhor. Quanto mais desesperado ele se sentir, melhor. Terá mais probabilidades de aceitar as suas sugestões.
O seu interlocutor pode dar-lhe razões pelas quais julgue não precisar de seguir todo o programa. Pode insurgir-se perante a perspectiva de uma revisão drástica do seu passado que implica falar com outra pessoa. Não contrarie os seus pontos de vista neste aspecto. Diga-lhe que já passou pelo mesmo mas que, sem dúvida, não teria feito qualquer progresso se não tivesse passado à acção. No primeiro encontro fale-lhe da Comunidade de Alcoólicos Anónimos. Se ele se mostrar interessado, empreste-lhe o seu exemplar deste livro.
A não ser que o seu amigo queira continuar a falar de si próprio, não estrague o bom acolhimento a que ele se dispôs. Dê-lhe uma oportunidade para ele reflectir mas, se ficar, deixe-o orientar a conversa como ele quiser. Às vezes a pessoa mostra-se impaciente por querer passar logo à acção e você pode sentir-se tentado a deixá-lo fazer isso. Por vezes é um erro. Se ele vier a ter problemas, é capaz de dizer que a precipitação foi sua. O seu sucesso com alcoólicos será muito maior se não se comportar apaixonadamente com um espírito de cruzada ou de reforma. Nunca fale a um alcoólico num tom de superioridade moral ou espiritual. Exponha-lhe simplesmente o conjunto de instrumentos espirituais para ele examinar. Mostre-lhe como resultaram para si. Ofereça-lhe amizade e camaradagem. Diga-lhe que, se ele se quiser recuperar, você fará tudo para o ajudar.
Se ele não se mostrar interessado na sua solução, se ele apenas esperar de si que lhe sirva de banqueiro para as suas dificuldades financeiras ou de enfermeiro nas suas bebedeiras, pode ter que o deixar até ele mudar de atitude. Talvez então ele lá chegue depois de sofrer um pouco mais.
Se ele estiver verdadeiramente interessado e o quiser voltar a ver, peça-lhe que entretanto leia este livro. Depois disso, terá que decidir por ele próprio se quer continuar ou não. Não deve ser empurrado nem espicaçado por si, pela mulher ou pelos amigos. Se ele tiver que encontrar Deus, a vontade deve vir-lhe de dentro.
Se ele achar que consegue resolver o assunto por um outro processo qualquer ou se preferir outra abordagem espiritual, encoraje-o a seguir a sua própria consciência. Nós não temos o monopólio de Deus; temos apenas uma via que resultou para nós. Indique porém, que nós, os alcoólicos, temos muito em comum e que gostaria de ficar amigo dele em qualquer dos casos. Deixe-se ficar por aí.
Não desanime se não obtiver um resultado imediato. Procure outro alcoólico e tente de novo. De certeza que encontrará alguém suficientemente desesperado para aceitar com avidez o que tem para oferecer. Consideramos uma perda de tempo andar atrás de uma pessoa que não consegue ou não quer colaborar. Se deixar essa pessoa entregue a si mesma, ela poderá em breve convencer-se de que não consegue recuperar sozinha. Gastar demasiado tempo num só caso é negar a outro alcoólico uma oportunidade de viver e de ser feliz. Um dos nossos membros falhou completamente com os primeiros cinco ou seis eventuais membros. Ele diz muitas vezes que, se tivesse persistido com eles, poderia ter negado a oportunidade a muitos outros que entretanto se recuperaram.
Admitamos agora que está a fazer a sua segunda visita a uma pessoa. Ela já leu este livro e diz estar preparada para fazer os Doze Passos do programa de recuperação. Em face da sua própria experiência pessoal, pode dar-lhe muitos conselhos práticos. Mostre-se disponível se ela se decidir a contar-lhe a sua história, mas não insista se ela preferir consultar outra pessoa.
Possivelmente estará sem dinheiro e sem casa. Se assim for, pode tentar ajudá-la a arranjar trabalho ou dar-lhe uma certa ajuda financeira, mas não deve com isso privar a família ou os credores do dinheiro que lhes é devido. Talvez queira levá-la para sua casa por uns dias, mas então seja discreto. Assegure-se de que será bem recebida pela sua família e que ela não está a tentar explorá-lo pelo seu dinheiro, pelas suas relações sociais ou pela sua casa. Permita isso, e só a vai prejudicar. Irá dar-lhe a possibilidade de não ser sincera e poderá estar a contribuir mais para a sua destruição do que para a sua recuperação.
Nunca evite estas responsabilidades, mas, se as assumir, certifique-se de que está no caminho certo. Ajudar os outros é a pedra fundamental da sua própria recuperação. Um acto de bondade ocasional não é suficiente. Tem que se fazer de Bom Samaritano todos os dias, se for necessário. Pode significar perder noites de sono, interferir grandemente com o que lhe dá prazer e interromper o seu trabalho. Pode significar partilhar o seu dinheiro e a sua casa, aconselhar mulheres e familiares desesperados, ter que ir inúmeras vezes a esquadras de polícia, casas de repouso, hospitais, prisões e asilos. O seu telefone pode tocar a qualquer hora do dia e da noite. A sua mulher pode sentir-se abandonada. Um bêbedo pode partir a mobília de sua casa ou queimar--lhe o colchão. Poderá ter que lutar com ele se for violento. Por vezes terá que chamar um médico e dar-lhe sedativos sob prescrição. Outras vezes terá que chamar a polícia ou uma ambulância. Ocasionalmente terá que enfrentar situações deste género.
Raramente permitimos que um alcoólico fique por muito tempo em nossas casas. Para ele não é bom e às vezes cria graves complicações para a família.
Mesmo que um alcoólico não colabore, não há razão para descuidar a família dele. Deve continuar-se a manifestar-lhe amizade e propor-lhe este modo de vida. Se aceitarem e praticarem os princípios espirituais, a probabilidade de recuperação para o chefe de família é muito maior. E, mesmo que continue a beber, a família achará a vida mais suportável.
Para o caso do alcoólico que pode e está disposto a recuperar-se, não é necessário nem desejável utilizar caridade, no sentido vulgar do termo. Os que anseiam logo por dinheiro e casa antes de vencerem o álcool, vão pelo caminho errado. Contudo, sempre que a situação se justifique, vamos até onde for preciso para assegurar isso mesmo. Isto pode parecer incongruente, mas nós achamos que não.
Não é a questão de dar que está em causa, mas sim quando e como fazê-lo. É isso que faz frequentemente a diferença entre o fracasso e o êxito. A partir do momento em que a nossa intervenção se situa ao nível da caridade, o alcoólico começa a depender mais da nossa ajuda do que de Deus. Exige isto e aquilo, alegando que não consegue vencer o álcool enquanto as suas necessidades materiais não forem satisfeitas. Disparate! Alguns de nós tivemos de aprender da maneira mais dura esta verdade: com trabalho ou sem trabalho, com mulher ou sem mulher, pura e simplesmente não deixamos de beber enquanto colocarmos a nossa dependência dos outros à frente da dependência de Deus.
É preciso gravar na consciência de cada pessoa que ela pode recuperar apesar dos outros. A única condição é confiar em Deus e reparar o mal causado.
Vejamos agora o problema doméstico: pode tratar-se de divórcio, separação ou simplesmente de relações tensas. Quando o alcoólico tiver feito as reparações possíveis aos familiares e lhes tiver explicado os princípios pelos quais vive actualmente, ele deve passar a aplicar estes mesmos princípios em casa, isto é, se tiver a sorte de ter uma casa. Embora a família possa ter culpas em muitos aspectos, não é isto que o deve preocupar. Deve concentrar-se nas provas que deve dar de si mesmo no plano espiritual. As discussões e as buscas de quem tem ou não tem culpa devem evitar-se como a peste. Em muitos lares isto é extremamente difícil mas tem de se conseguir se se quiser obter resultados. Se se persistir nisto durante uns tantos meses, o efeito que causará na família será seguramente positivo. As pessoas mais incompatíveis descobrem que têm uma base comum. Pouco a pouco a família acaba por ver e admitir os seus próprios defeitos. Consegue-se então falar deles num clima de amizade e de ajuda recíproca.
Perante resultados concretos, a família quererá possivelmente colaborar. Estas coisas acontecerão naturalmente e a seu devido tempo, desde que o alcoólico continue a demonstrar que consegue manter-se sóbrio e a mostrar-se atencioso e útil, independentemente do que possam dizer ou fazer. É evidente que, muitas vezes ficamos muito longe disto, mas temos de tentar reparar logo os danos causados se não quisermos correr o risco de sermos punidos com uma bebedeira.
No caso de divórcio ou de separação, o casal não deve ter excessiva pressa em retomar a vida em comum. O marido deve assegurar a sua recuperação e a mulher deve compreender inteiramente o novo modo de vida dele. Se quiserem retomar a sua antiga relação, tem de ser numa base melhor, já que a anterior não resultou. Isto implica uma nova atitude e um novo espírito em todos os sentidos. Por vezes é melhor para todos os que estão envolvidos que o casal continue separado. É óbvio que não se pode estipular nenhuma regra. Há que deixar o alcoólico continuar o seu programa dia a dia. Quando chegar a altura de retomarem a vida em conjunto, isso será evidente para ambos.
Que nenhum alcoólico diga que não consegue recuperar a não ser que tenha a família de volta. Não é de todo assim. Nalguns casos, por uma razão ou outra, a mulher nunca mais volta. Lembre à pessoa em questão que a sua recuperação não depende dos outros, mas sim da sua relação com Deus. Temos visto pessoas recuperarem sem que as suas famílias jamais tenham voltado. Temos visto outras recaírem quando a família volta cedo demais.
Tanto você como o novo membro devem caminhar dia a dia na via do progresso espiritual. Se persistirem, acontecerão coisas extraordinárias. Ao olharmos para trás, percebemos que, quando nos pusemos nas mãos de Deus, as coisas que nos aconteceram foram muito melhores do que tudo aquilo que possamos ter planeado. Siga o que lhe dita um Poder Superior e viverá então num novo e maravilhoso mundo, seja quais forem as circunstâncias actuais da sua vida!
Ao tentar ajudar um alcoólico e a sua família, deve ter cuidado em não tomar parte nas suas discussões. Pode com isso estragar a oportunidade de ser útil. Insista porém com a família do alcoólico em que ele esteve muito doente e deve ser tratado em conformidade com isso. Deve preveni-los contra o ressentimento e o ciúme que vão surgir. Deve lembrar-lhes que os seus defeitos de carácter não vão desaparecer de um dia para o outro. Explique-lhes que ele entrou num período de crescimento. Nos momentos de impaciência, peça-lhes para se lembrarem da bênção que é o facto de ele estar sóbrio.
Se você tiver resolvido com êxito os seus próprios problemas domésticos, conte à família do recém-chegado como o conseguiu. Deste modo pode pô-los no caminho certo sem se tornar crítico. A história da reconciliação com a sua mulher vale mais do que qualquer crítica.
Partindo do princípio de que estamos espiritualmente preparados, podemos fazer toda a espécie de coisas que não é suposto os alcoólicos fazerem. Têm-nos dito que não devemos frequentar sítios onde se serve álcool; não devemos ter álcool em casa; devemos evitar as pessoas que bebem; devemos evitar ver filmes com cenas em que se bebe; não devemos ir a bares; os nossos amigos devem esconder as garrafas quando vamos a casa deles; não devemos pensar nem nunca nos devem fazer pensar em álcool. A nossa experiência demonstra que isto não é necessariamente assim.
Confrontamo-nos com estas situações todos os dias. Um alcoólico incapaz de encarar isto, tem ainda uma mentalidade alcoólica; há qualquer coisa que não está bem no plano espiritual. A sua única probabilidade de ficar sóbrio seria num lugar como um glaciar da Gronelândia e, mesmo aí, poderia aparecer um esquimó com uma garrafa de whisky e estragar tudo! Basta perguntar a qualquer mulher que tenha mandado o marido para lugares distantes pensando que, deste modo, ele escaparia ao problema de álcool.
Na nossa opinião, qualquer estratagema para combater o alcoolismo que se proponha proteger a pessoa doente da tentação, está condenado ao fracasso. O alcoólico que tenta proteger-se a si próprio, pode ter êxito durante um certo tempo, mas normalmente acaba com uma explosão mais violenta do que as antecedentes. Nós experimentámos estes métodos. As tentativas para fazer o impossível fracassaram sempre.
Por isso a nossa regra não é evitar um lugar onde se beba, se houver uma razão legítima para lá estar. Isto inclui bares, nightclubs, bailes, recepções, casamentos e mesmo festas informais. Para uma pessoa que tenha convivido de perto com um alcoólico, isto pode parecer-lhe que está a tentar a Providência, mas não é.
Verá que fizemos uma reserva importante. Pergunte-se a si mesmo em cada ocasião: "Tenho ou não uma boa razão para ir a este sítio por motivos sociais, de negócios ou pessoais? Ou espero tirar indirectamente uma certa satisfação do ambiente desses sítios?". Se responder satisfatoriamente a estas perguntas, não tem nada a recear. Vá ou não, conforme lhe parecer melhor. Mas antes de partir, assegure-se de que está a pisar um terreno espiritual firme e que o seu motivo para lá ir é inteiramente justificável. Não pense no que pode tirar da situação; pense sim no que lhe pode levar. Mas, se se sentir inseguro, o melhor é ir ter com outro alcoólico!
Para quê estar com ar de mártir em sítios, onde se bebe, a suspirar pelos bons velhos tempos. Se for uma festa alegre, tente contribuir para o prazer dos que estão presentes; se for uma reunião de negócios, vá e trate dos seus com entusiasmo. Se estiver com uma pessoa que quer ir comer a um bar, não hesite em fazer-lhe companhia. Dê a perceber aos seus amigos que eles não têm de mudar de hábitos por sua causa. Na altura e lugar próprios, explique aos seus amigos por que não lhe assenta bem o álcool. Se fizer isto com seriedade, poucas pessoas lhe oferecerão bebidas. Quando bebia, ia-se afastando progressivamente da vida. Agora está a regressar para a vida social do mundo. Não comece a afastar-se outra vez só porque os seus amigos bebem álcool.
A sua função agora é estar no lugar onde é de maior utilidade para os outros, de modo que nunca hesite em ir onde possa ser útil. Não deve hesitar em ir ao sítio mais sórdido deste mundo, tendo isto em vista. Mantenha-se por estas razões na linha de fogo da vida e Deus protegê-lo-á de todo o perigo.
Muitos de nós temos álcool em casa. Precisamos dele muitas vezes para ajudar novos membros ainda recentes a aguentar os efeitos de grandes ressacas. Alguns de nós servimos álcool aos amigos, desde que não sejam alcoólicos. Outros porém, pensam que não devíamos servir álcool a ninguém. Nunca discutimos esta questão. Achamos que cada família deve decidir por si à luz das suas próprias circunstâncias.
Temos cuidado em nunca mostrar intolerância ou ódio pela bebida como um facto social. A experiência mostra-nos que uma tal atitude não ajuda ninguém. Cada um dos recém-chegados está à espera de encontrar essa atitude entre nós e fica imensamente aliviado quando percebe que não andamos na caça às bruxas. Um espírito de intolerância poderia afastar alcoólicos, cujas vidas teriam sido salvas, se não fosse por esta estupidez. Nem tão-pouco ajudaríamos deste modo a causa da temperança, porque em cada mil bebedores não haveria um único que aceitasse ouvir falar de álcool por alguém que o odeia.
Esperamos que um dia os Alcoólicos Anónimos ajudem o público a melhor tomar consciência da gravidade do problema alcoólico, mas seremos de pouca utilidade se a nossa atitude for de rancor ou hostilidade. As pessoas que bebem não a suportariam.
No fundo, fomos nós que criámos os nossos próprios problemas. As garrafas eram apenas um símbolo. Além disso, deixámos de lutar contra todos e contra tudo. Tem de ser!
O Alvorecer visto do Espaço - Conselhos
Quando a família quer ajudar e só faz atrapalhar a recuperação do dependente químico, é fundamental, para o dependente, saber lidar com tal situação. Existem famílias que mantém o dependente em regime de carcere privado, ou sob tutela absoluta, sem que se dêem conta de que estão seriamente doentes.
Quando a família se torna grosseira, ríspida, desestimulante, o codependente deve ter a mente em perfeito equilibrio para notar que seus familiares estão doentes e precisam de ajuda.
Quando seus familiares não lhe estimulam e só lhe tratam como um mero objeto, como um serviçal, escravo dos desiginios do clã, é preciso ter calma e compreender que a doença dos familiares foi adquirida de você.
Quando você nota que trancam as portas e que o regime é de inteira desconfiança, não se abale, a doença é uma preocupaçlão constante na cabeça dos que lhe cercam, portanto, evite agravar a questão e, lembre-se, tudo que você falar vai ser encarado como manipulação e você sabe que o verbo manipular tem várias conjugações e várias pessoas, tanto no singular, quanto no plural. Evite manipular e perceba quando estão lhe manipulando com tranquilidade. Não se deixe aborrecer. Releve as manipulações de terceiros. Faz parte da doença.
Não espere que confiem em você, nem espere que haja desligamento com amor e não se decepcione quando você descobre que sua vida não está mais em suas mãos e que seu destino está sendo conduzido pelos seus familiares.
Lembre-se de que você está em recuperação e que só com ajuda psicológica sua família poderá lhe ajudar. Não ache que será fácil seus familiares aceitarem que estão doentes, pois foi dificil você aceitar sua própria impotência e descontrole da sua vida.
Aos familiares caberia enxergar o que ela tem feito com você e você deve comprender o que fará qom aquilo que fazem com você.
Retomar as redeas da sua vida e voltar a geri-la vai ser um passo complicado se a família não estiver preparada para compreender que a vida de de um familiar é do familiar em recuperação.
Existem grupos e irmandades que podem ajudar a família a melhorar a questão da codependência, mas este é um processo que nem todas as famílias aceitam e desejam. Não fique como um pinguim no meio de outros dois a lhe prensarem, busque ajuda especializada e desabafe.
Se sua família foi desestruturada, sua mulher e filhos estão de um lado e você em outro, como se estivesse cumprindo pena em prisão domiciliar, não espere que os familiares reconheçam este erro, busque ajuda especializada, afinal, você não cometeu nenhum crime para viver sem liberdade, mas não espere que sua família entenda o que é a liberdade, pois, para eles, sua liberdade é usar drogas, por maior que seja o seu esforço em demonstrar o contrário. Não fique triste, nem se decepcione. Tudo se resolverá.
Quando pra você águas passadas não movem moinho, compreenda que pra seus familiares, seu passado continuará movendo-os. Essa relação é complicadissima, pois exige muito de cada uma das partes. Se ninguém compreeder que cada qual deve fazer a sua parte, a recuperação torna-se tarefa árdua.
Muitas vezes os pais, irmãos, tios e tias, preocupam-se mais com a própria vaidade e não percebem isso. Converse com seu especialista e busque o melhor conselho. Afinal, a única pessoa que você pode mudar é você mesmo.
Você entregou sua vida a um poder maior que você, entregou sua vida a Deus, conforme você o concebe. Junte isso ao seu poder superior horizontal e continue a viver só por hoje, um dia de cada vez, sempre com sobriedade. Não fuja, nem se desespere. Deus tudo proverá.
SPH
"Não desanime se todos os seus esforços forem vistos com indiferença,lembre-se que o sol ao nascer
dá um lindo espetáculo enquanto a maioria da da platéia dorme"
"Só quem sonha acordado vê o sol nascer"
Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.Não coloque um ponto final nas suas esperanças.Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem...
Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões"
Augusto Vicente
Quando nada mais fizer sentido, quando nada mais tiver valor para você, nao desanime, existe um DEUS la em cima que quer seu bem. E nao se deixe levar por uma tristeza, nao deixe que a raiva tome o lugar da compreenção, quando um sentimento ruim bater em você, apenas lembre que há muitas coisas boas, e que voce nao precisa ser mais um idiota, você pode ser diferente, você pode fazer a diferença.
Deborah Penido
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Deixe o passado no lugar dele
“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...”
Minha sábia e experiente Mãe, sempre que cabe na ocasião, me repassa alguns conselhos, e dentre muitos, lembrei de um deles nesta sábado cedo. Pois todo sábado vou à feira para minha mãe, antes das oito da manhã.
E entre uma compra e outra, nas dezenas de barracas, não tinha outro assunto sem ser o jogo do Brasil que o desclassificou desta Copa do Mundo.
E foi ai que me lembrei de um dos muitos conselhos e ditos da minha Mãe, que ela diz assim: Filho, Não adianta chorar pelo leite derramado!
Se o Dunga tivesse tirado este e colocado aquele... Se tivesse posicionado este aqui e aquele ali... Se tivesse feito assim e assado... Etc...
Gente! A seleção brasileira de futebol já perdeu, já esta fora, desclassificada, já veio embora... Lamentar em troca de que? Para que? Em 2014 tem mais...
Existe um velho ditado que diz: Águas passadas não roda moinho... Outro ditado diz: Gritar por São Bento depois que a cobra morder não adianta mais... E ainda outro que diz: Quem vive de passado é museu!
Do passado podemos tirar apenas lições. Temos sempre que viver no presente construindo o futuro. É pra frente que se anda!
Lamentar o passado é perca de energia...
Relembrar o passado é sofrer duas vezes...
Tudo que é passado na nossa vida é assim... Ficamos lamentando, lamentando, lamentando, e não se ligamos que temos um futuro inteiro pela frente... Nossa vida não acabou porque algo não deu certo (ainda)...
Nem a morte nos impede de vivermos, mesmo em outro plano!
O problema é que queremos ganhar todas. Mas para ser merecedor de ganhos e méritos, temos que saber perder para valorizar o quanto vale o esforço da vitória. Nada cai do céu por nos colocarmos na qualidade de vítimas e coitadinhos do mundo!
Temos que fazer a diferença! Em tudo na vida temos que fazer a diferença... Tudo na vida é assim... Se trilharmos o mesmo caminho todos os dias, veremos as mesmas paisagens todos os dias e chegaremos ao mesmo lugar todos os dias. É fato, simples e natural!
Na Bíblia, em Mateus Cap. 08 Vers. 22 Jesus diz: Deixe os mortos enterrarem os mortos! Ou seja, passado é passado, para frente é que se anda...
Querer segurar o passado porque o passado foi bom, é viver do próprio passado. Aliás, acho que isto nem é viver, é sobreviver!
Pessoas engravidam para segurar o namorado, o noivo ou marido (Isto ainda existe...). Outros que já tem um filho e quer outro ou outros, porque com dois filhos ou mais, tem como ele segurar a esposa para ela ser eternamente dele (isto também existe...) para segura-la e não separar-se dele, pelas burradas que ele cometeu, e vai continuar cometendo, pois as atitudes equivocadas de como ele quer segurar o casamento, já dizem tudo!
Enquanto escrevia este texto, uma nobre amiga, que me tornou cara ao longo do papo, me perguntou o que eu achava do divórcio... E no mesmo instante lembrei-me do Codificador da doutrina Consoladora que nos comenta no E.S.E. XXII - "O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar legalmente o que já está separado de fato. Não é contrária a Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram."
Viver um casamento (de aparência) em nome de um passado, é sofrimento e desgaste para ambos... A não ser que: Um resolva cuidar do outro como irmãos fraternos, até o fim de suas existências terrenas.
O passado já se foi, o amanhã é uma incerteza, então, viva o presente construindo o futuro. A maior das árvores, no passado era apenas uma minúscula semente que foi obedecendo a Lei natural de Deus!
Se entregue ao presente e faça como a árvore que produz frutos e fornece sombra de graça.
Se ficar presa no passado, será eternamente semente... E perderá a oportunidade do progresso, e de auxiliar a muitos com seus prósperos frutos e boa sombra junto ao ribeiro de águas límpidas, que poderá ser um descanso para o viajor das buscas para o alimento da alma.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... E o desfazer-se, é abrir espaço para que outras oportunidades tomem o lugar. Deixe ir embora. Solte. Desprende-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
E nosso último conselho... Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado! Se entregue 100% ao presente, deixando o passado no lugar dele... No passado!
E vamos em frente...
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Família Boa Semana lhe deseja... BOA SEMANA!
Leonísio Antônio
Minha sábia e experiente Mãe, sempre que cabe na ocasião, me repassa alguns conselhos, e dentre muitos, lembrei de um deles nesta sábado cedo. Pois todo sábado vou à feira para minha mãe, antes das oito da manhã.
E entre uma compra e outra, nas dezenas de barracas, não tinha outro assunto sem ser o jogo do Brasil que o desclassificou desta Copa do Mundo.
E foi ai que me lembrei de um dos muitos conselhos e ditos da minha Mãe, que ela diz assim: Filho, Não adianta chorar pelo leite derramado!
Se o Dunga tivesse tirado este e colocado aquele... Se tivesse posicionado este aqui e aquele ali... Se tivesse feito assim e assado... Etc...
Gente! A seleção brasileira de futebol já perdeu, já esta fora, desclassificada, já veio embora... Lamentar em troca de que? Para que? Em 2014 tem mais...
Existe um velho ditado que diz: Águas passadas não roda moinho... Outro ditado diz: Gritar por São Bento depois que a cobra morder não adianta mais... E ainda outro que diz: Quem vive de passado é museu!
Do passado podemos tirar apenas lições. Temos sempre que viver no presente construindo o futuro. É pra frente que se anda!
Lamentar o passado é perca de energia...
Relembrar o passado é sofrer duas vezes...
Tudo que é passado na nossa vida é assim... Ficamos lamentando, lamentando, lamentando, e não se ligamos que temos um futuro inteiro pela frente... Nossa vida não acabou porque algo não deu certo (ainda)...
Nem a morte nos impede de vivermos, mesmo em outro plano!
O problema é que queremos ganhar todas. Mas para ser merecedor de ganhos e méritos, temos que saber perder para valorizar o quanto vale o esforço da vitória. Nada cai do céu por nos colocarmos na qualidade de vítimas e coitadinhos do mundo!
Temos que fazer a diferença! Em tudo na vida temos que fazer a diferença... Tudo na vida é assim... Se trilharmos o mesmo caminho todos os dias, veremos as mesmas paisagens todos os dias e chegaremos ao mesmo lugar todos os dias. É fato, simples e natural!
Na Bíblia, em Mateus Cap. 08 Vers. 22 Jesus diz: Deixe os mortos enterrarem os mortos! Ou seja, passado é passado, para frente é que se anda...
Querer segurar o passado porque o passado foi bom, é viver do próprio passado. Aliás, acho que isto nem é viver, é sobreviver!
Pessoas engravidam para segurar o namorado, o noivo ou marido (Isto ainda existe...). Outros que já tem um filho e quer outro ou outros, porque com dois filhos ou mais, tem como ele segurar a esposa para ela ser eternamente dele (isto também existe...) para segura-la e não separar-se dele, pelas burradas que ele cometeu, e vai continuar cometendo, pois as atitudes equivocadas de como ele quer segurar o casamento, já dizem tudo!
Enquanto escrevia este texto, uma nobre amiga, que me tornou cara ao longo do papo, me perguntou o que eu achava do divórcio... E no mesmo instante lembrei-me do Codificador da doutrina Consoladora que nos comenta no E.S.E. XXII - "O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar legalmente o que já está separado de fato. Não é contrária a Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram."
Viver um casamento (de aparência) em nome de um passado, é sofrimento e desgaste para ambos... A não ser que: Um resolva cuidar do outro como irmãos fraternos, até o fim de suas existências terrenas.
O passado já se foi, o amanhã é uma incerteza, então, viva o presente construindo o futuro. A maior das árvores, no passado era apenas uma minúscula semente que foi obedecendo a Lei natural de Deus!
Se entregue ao presente e faça como a árvore que produz frutos e fornece sombra de graça.
Se ficar presa no passado, será eternamente semente... E perderá a oportunidade do progresso, e de auxiliar a muitos com seus prósperos frutos e boa sombra junto ao ribeiro de águas límpidas, que poderá ser um descanso para o viajor das buscas para o alimento da alma.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... E o desfazer-se, é abrir espaço para que outras oportunidades tomem o lugar. Deixe ir embora. Solte. Desprende-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto, às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
E nosso último conselho... Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado! Se entregue 100% ao presente, deixando o passado no lugar dele... No passado!
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