sábado, 30 de agosto de 2014

DESCOBERTAS MARAVILHOSAS

Foto: Alcoólicos Anônimos- www.aabr.com.br

Eu queria ser o membro mais "bem-sucedido" do meu Grupo de A.A. Mas demorou um bom tempo até que pudesse pensar claramente. Permaneci sóbrio, principalmente por causa do medo e da emoção de tentar levar a mensagem. Falava freqüentemente e detalhadamente sobre o valor de se "praticar os Passos" e "viver esta nova forma de Vida". Infelizmente isso era tudo que fazia – falar. Na realidade, não tentei praticar os Passos.

Ao invés disso, tentava encontrar ajuda espiritual e paz de espírito através da minha igreja. Tinha certeza de que seria recompensado com saúde e felicidade por essa atividade. Não deu certo. Embora nunca mais tomasse outro gole, minha saúde geral declinava. Tornei-me altamente nervoso e tenso. O resultado foi que uma úlcera, a pressão alta e uma neurite aguda finalmente levaram-me para o hospital, onde fiquei quase cego, aleijado e cheguei bem próximo da morte.

Depois que descobriram a principal causa clínica da minha doença, os médicos disseram que eu sobreviveria, afinal de contas. Tive então muito tempo para pensar e meditar. Fiz um retrospecto de toda a minha vida – os anos anteriores a A.A. e os doze anos em A.A. De alguma forma, senti-me livre para contemplar objetivamente aquilo que eu fora e no que havia me tornado. Pela primeira vez em minha vida, ficou perfeitamente claro para mim que eu era um vilão total, um perfeito patife. Era tão autocentralizado, tão cheio de ego que quase havia me destruído. Durante os anos em A.A., aprendera quase nada além de "manter a rolha na garrafa". Havia negligenciado em tentar praticar todos os Doze Passos do programa.

Naquele momento, ocorreu-me que Deus me salvara duas vezes da autodestruição. Comecei a experimentar um verdadeiro sentimento de gratidão e tentei agradecer a Ele. Tinha uma forte sensação de que Deus me poupara para uma finalidade. Para expressar minha gratidão, queria passar o resto da minha vida tentando ajudar os outros e sabia que um dos melhores lugares para se trabalhar era a Irmandade de Alcoólicos Anônimos, sem minhas antigas e superficiais idéias de "sucesso".

Descobri a satisfação de ajudar a arrumar as cadeiras para uma reunião e de limpar os cinzeiros. Logo percebi que o serviço em A.A. pode ser extremamente recompensador, e eu adorava trabalhar. Sim, voltei atrás e comecei tudo de novo em relação aos Doze Passos, e conheci o deslumbramento de outras descobertas – acerca de mim mesmo e do meu Poder Superior. Teria conseguido isso anos atrás, se houvesse seguido o programa e estivesse, como diz o Livro Grande, "disposto a fazer qualquer coisa para consegui-lo". A.A. me concede hoje o privilégio de estar em paz em um mundo de pessoas "normais". A Irmandade me dá a oportunidade de tentar viver e trabalhar na minha igreja e na minha comunidade e talvez oferecer, também nessas áreas, uma pequena contribuição para tornar as coisas apenas um pouquinho melhor para aqueles que ainda estão por vir. Cordell, Oklahoma

Secretaria de Literatura da AABR
E. e M. P.

Faça uma visita: http://www.aabr-online.com.br/prochatrooms/

Um comentário :

  1. Adorei o texto. Me preocupo muito com meu comportamento agora que estou sóbria e sei que ele pode me levar ao fundo do posso novamente se eu não policiar meu ego e me reformular.

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soporhoje10@gmail.com

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