sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Abertura e outros papos


Vou abrir espaço para os espiritas, pois eles existem e defendem suas ideias sob um prisma que não é o convencional, ortodoxo, e que para muitos pende para o campo do sobrenatural, do esoterismos e até do misticismo. Como respeitamos todas as crenças religiosas, não poderíamos deixar de publicar abordagens espíritas sobre drogas. 

Confesso que não entendo nada sobre o assunto, pois minha formação é católica. Sou de um tempo em que havia muito preconceito contra quem era espírita. Isso, em mim, infundia medo. Do mesmo modo, talvez pior, os adeptos do candomblé sofriam (ainda sofrem) muito preconceito e discriminação. Os protestantes também sofriam com o preconceito dos católicos. 

A sociedade é muito complexa, dizem que ainda existe racismo e eu sei que existe, mas, também existe uma forma odiosa de discriminação que diz respeito ao poder econômico. Um preto rico, sem formação acadêmica, pode até ser chamado de doutor.  Mas um pobre branco, não pode usar elevador social de prédios grã-finos e sofre pouco menos que o negro... 

Estamos evoluindo e o que acho tétrico é a vergonha que familiares sentem de um ente que caiu nas garras da adicção e que sofre com isso, dentro e fora do lar. O pior é que, além dos sofrimentos por que passa em sua vida íntima, passa a incorporar a baixo auto estima que lhe passam e, espiritualmente, o cara se acha um lixo. Tem o isolamento, a vigilância, determinados tipos de humilhações. Isso não ajuda!

Frequentei muitas e muitas reuniões e aquelas que aconteciam em "clínicas" ouvi tantos depoimentos, tantas coisas e o que posso dizer é que pais e filhos precisam se entender melhor, de modo mais civilizado. Claro que nem todo pai pode atender os extravagantes pedidos de filhos e isso causa problema. Ir a uma festa, sendo menor de idade, para retornar para casa quando o dia amanhecer é um problema danado, porque tem pais que liberam os filhos e não estão nem aí. Mas nas partilhas o que observava era que alguns tinham
uma fixação na mãe, uma éspecie de édipo não resolvido e uma aversão pelo pai. E dadas partilhas o ódio cedia terreno a demonstrações de amor. 

Os casados, não todos, mas a maioria, revelavam dúvidas, rancor, ressentimento e outras coisas mais em relação às respectivas esposas. São queixumes e, ao mesmo tempo, admissões de culpa. 

Recordo um companheiro que passou por uma situação triste. Não sabia detalhes de nada da vida dele. Como dormia no mesmo pardieiro que eu, as camas quase unidas, janela gradeada e tudo fechado, com sanitário imundo, ele me falava mal, depois falava bem da mulher. Um dia disse para ele: - cara, sua esposa não se apaixonou por você. Você se transformou em outro cara e ela não gosta desse cara que você representa hoje!

Ele silenciou, depois de alguns minutos disse que iria fazer ginástica (e deu para fazer mesmo), que ia voltar a ficar bonito(disso não sei), voltaria a vestir-se nos trinques, compraria um carro e teria uma casa pelo projeto "minha casa minha vida". Mas esse camarada falava dormindo e, em determinados momentos ele levantava da cama, ficava pensando, depois saia e ficava pra lá e pra cá. Havia um corredor entre os quartos e tudo mais era fechado. O corredor era onde ficava o sanitário emporcalhado. 

Um certo dia alguém do grupo contou todo o drama do camarada e eu deixei de incentivar ele a voltar para aquela mulher que ele tanto amava, apesar dos pesares. O amor é foda! Também recordo de um outro, muito engraçado. Foi muito rico e ele  se ressentia muito com a família, pois dizia que no tempo das "vacas gordas", quando havia fartura, muito dinheiro, ele cheirava à vontade e ninguém dizia nada. Ele teve 6 esposas e ele mesmo dizia com muito bom humor: - tomei corno de todas seis!  Imitava as ex-esposas e dizia que todas tinham algo em comum: - quando perguntava onde você estava, ou de onde você veio? elas perdiam a compostura, ficavam possessas, começavam a reclamar e a brigar com ele. Isto é, faziam uma manobra escandalosa, invertiam os papéis e de ré se transformava em vítima.

Ele achava que todo homem era corno e o camarada a que me referi pouco mais acima, sofria com ele, até que um dia pedi ao mesmo para deixar de "comediar" o camarada e contei o drama. O pior é que ele riu pra caralho e tripudiou. Lembro do cara que formava um grupo de 8 pessoas e que incendiou a casa. Tinha muita gente com sequelas, outros com sequelas e transtornos mentais. 

Muitos são agressivos. E eu me perguntava, dentro daquele inferno, cheio de gente muito louca: - Deus, o que é que estou fazendo aqui? Depois me vinha a tristeza do abandono familiar. Eu, lá dentro só pensava na família e dóia compreender que a família se revelava escrota porque era doente e não eram católicos de verdade. A família era uma farsa e eu cheguei a pensar em sumir do mapa, desaparecer da vida de muita gente, como quem morre. Mas eu também tenho erros...

Ouvia muita gente, mas papo "cabeça" só tinha com quem tinha algo a me acrescentar. Ouvi outras tantas coisas m vários lugares que me indago, éramos todos possuídos por espíritos obsessores? Fiz essa divagação enorme para, simplesmente dizer, que passarei a postar algumas coisas sobre o espiritismo no que concerne as drogas. 

SPH

Um comentário :

  1. ..rs...bom eu não estudo a fundo as religiões, mais nasci católica, e dai em diante...posso dizer que conheci quase todas....não cheguei a frequentar, mais a pesquisar e assistir a documentários que falassem um pouco sobre elas, vou explicar da forma que eu entendo, não sou de ficar falando bonito ok..rs..no espiritismo dizem que vivemos em um mundo de provas e expiações, que todos que vivem aqui estão em determinado grau de evolução e precisam ainda se elevar, ou seja se desprender dos sentimentos materialistas e vivendo com mais amor...o tal do amar ao próximo como a ti mesmo, e o que acontece é que quando morremos nem sempre nossos espíritos seguem pra uma dimensão como a do filme "nosso lar" um exemplo, e acabam ficando vagando por aqui...o corpo deles morreu mais a consciência continua viva, e eles ainda são exatamente as mesmas pessoas que foram enquanto habitavam a terra, então eles ficam vagando pela crota terrestre onde se denomina Umbral, se agrupam conforme as identificações, não existe só gente que usa droga, existe de tudo, quem bebe, quem fuma, quem só pensa em sexo, quem é materialista ao extremo, e uma das formas deles sentirem os prazeres que sentiam na carne é sugando a energia de quem gosta das mesmas coisas que eles...lembrando que nós damos a abertura para tal aproximação...vou deixar umas dicas que da pra vc buscar e tirar suas próprias conclusões....não são temas apenas kardecistas...mais universalista...www.ippb.org.br , canal do you tube Saulo Calderon (não fala apenas de viagem astral, fala sobre espiritos, etc).....espero ter ajudado ;)

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