sábado, 26 de fevereiro de 2011

Drogas, sem radicalismo

As posições extremadas, radicais, fruto da intolerância e incapacidade de lidar com determinadas questões, sobretudo àquelas que dizem respeito ao dependente químico, ao usuário em recuperação, devem ser evitadas e tratadas com equilibrio, bom senso, afinal, o dependente, usuário, ou recuperando, não pediram para serem portadores de qualquer doença, assim como qualquer outra pessoa não deseja para si doença alguma. Ninguém quer ser cardíaco, nem diabético, nem portador de outras moléstias. A adicção é uma doença que afeta o lar, que, antes de tudo, já se apresentava disfuncional, desestruturado, em maior, ou menor grau. Então, é preciso que se tenha noção que a adicção é uma doença reconhecida pela organiação mundial de Saúde (OMS) como tal.

Geralmente as pessoas não fazem um exame de consciência, são superficiais quando o problema envolve outra pessoa e a maneira de compreender cada caso, cada situação, infelizmente, descamba para posições conflitantes que geram ações extremadas por parte de familiares, educados que foram conforme visões anti-cientificas, pouco racionais, que foram incutidas pela falta de conhecimento que impregna, principalmente, diversos veículos de comunicação social, que acabam desinformando ao invés de informar, com a visão policialesca e notadamente repressiva e opressiva.

Um familiar não deseja ver seu parente, próximo, ou distante, morando debaixo de uma ponte, ou se jogando para antros de degradação. Mas, muitas vezes, não fazem outra coisa senão aprofundar o problema, ao invés de buscar solucionar, caindo no seio de posições radicais que só agravam o estado de saúde físoco-mental de um dependente, ou ex-dependente. Soluções extremadas, que não comportem uma orientação especializada, devem ser muito bem meditadas antes de serem adotadas. Existe, no mundo atual, inúmeras visões e informações a respeito de como tratar um usuário de drogas e como manter o padrão ideal de recuperação de um ex-usuário. 

Há inúmeros relatos de casos que retratam isolamento e indiferença de familiares para com o adicto, de intolerância do conjuge com o mesmo(a), que, de modo geral, acaba se afastando, sumindo, desaparecendo e renunciando ao juramento que fez de estar com o ser amado na saúde, ou na doença. Filhos, cheios de vaidades e preconceitos, abandonam e até agridem os pais; pais, sem boa formação, acabam fazendo o mesmo com os filhos. A família desequilibra-se quando mais necessita de equilibrio. 
O co dependente não quer mudar porque ignora que precisa mudar e se tratar e não aceita esta obviedade. O caminho do amor, do dialógo, da compreensão, do ajustamento familiar, da aceitação do outro como ele é, pode ajudar muito quem padece com o uso de drogas, mas, em geral, não é assim que acontece. É preciso ter em mente que, inferno por inferno, o usuário mal tratado e mal conduzido, acaba no inferno das drogas. Portanto, se pretende mesmo buscar ajudar alguém, busque mudar o que pode ser mudado. Temos que ter consciência de que nós podemos mudar a nós mesmos, mas dificilmente mudamos o próximo. Há que haver, no minimo, um ponto de equilibrio para o restabelecimento da saúde da família, dentro da família e fora dela. No mais, é sempre bom ler a oração da serenidade, afinal ela também serve aos que cercam os usuários de drogas e aqueles que se acham em estado permanente de recuperação. Comece a amar o seu próximo como se ele fosse você mesmo. Será que é possivel compreender, ao menos, a palavra de Cristo? Conhecer a si mesmo e amar ao próximo consoante o juízo cristão é fundamental. Tente outra vez!

2 comentários :

  1. Conta o povo mais humilde, que no bairro do Bonfim, um rapaz talentoso, foi levado pela mulher a enlouquecer, levando-o a usar crack. Depois o internou e o deixou abandonado e o povo não sabe onde ele está. A esposa ficou dona da casa que era dele. Agora quer vender a casa. E o pobre rapa aonde está e o que ela fe com ele? O povo quer saber, porque ninguém fica louco da noite para o dia! Dizem que tal mulher não gosta nem dela, quanto mais do resto. Anda desaparecida. Será que sumiu com o dinheiro dele?

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  2. A insinuação procede em parte. O rapaz se cuidou e está bem, se é o caso que estou pensando, pois moro no Bonfim. O que ouço é que a esposa é uma mulher interesseira e sem preparo algum, além de fofoqueira. Vivia falando mal do marido faendo de conta que queria cuidar da saúde dele, mas o povo não é burro. Realmente a criatura, se é quem estou pensando, e tudo indica que seja, viajou pra bem longe. Fazer o que é que ninguém sabe, por enquanto. Ela é uma mulher desagregadora e fingida. Só isso. O rapaz está muito bem. Pena que ninguém possa chegar a esta mulher e questiona-la, por que esse é um problema que não nos di respeito e está até fora do contexto, embora a criatura seja muito radical mesmo. Queria usar a camisa de força, por o marido como louco, submetido ao uso de drogas controladas e, com isso, destruir e anular a personalidade boa do rapaz, que ficou meio tã-tã por uns tempos. Não coloco meu nome para evitar problemas e nem cito nomes, também para evitar problemas.

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soporhoje10@gmail.com

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