segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estou voltando pra uma casa que não é minha, marinheiro só...

Dia 31 de abril sai com o proposito de tomar umas cervejas. Também sai com o proposito de, dia seguinte, aniversário da ex-esposa, para lhe entregar o meu cartão bancário para administra-lo.
É bem verdade que antes do dia 31, reaproximei-me dela, porque entendo que sozinho é muito dificil. Expreso-me desta maneira porque conheço muita gente que deixou o mundo da drogadição da noite para o dia. Nessa reaproximação havia aquela coisa carnal do fazer sexo e foi por ai que se deu minha investida. Andamos bem e - como contava no inicio - no dia 1 de junho de 2012, era aniversário dela e  presente dela seria administrar o dinheiro que ganho. Ela morando com um filho que me é hostil, eu morando com meus pais. Reaproximei ela da minha mãe, de quem ela guarda mágoas, ódios e rancores, numa amargura sem fim. Mesmo assim levei, com o beneplacito da minha mão, para conversarmos no quarto... em meu quarto! Aconteceu o esperado e morreo Maria preá!
Já na rua, dia 31, à noite, começei a beber perto de um lugar em que usava. Mas a boca não tinha droga porque o cara que vende (pra evitar ofender) estava devendo... Então a droga usada foi o alcool. Cometi insanidades, sim.
Acontece que dia primeiro eradia de receber dinheiro e não voltei para casa. Amanheceu e fui tirar o dinheiro. Dai, pronto! peguei um taxi e fia a uma outra bocada e dei para usar. Me perdi na compulsividade.
Não vou detalhar muito, mas numa dessas bocas me deram leite com algum remédio. Antes haviam me dado um suposto remédio para febre e, na inocência, acreditei e tomei o remédio. Dai me piquei para outra boca.
Só pra resumi a ópera fui andando para um bairro distante. Estava confuso e não lembrava os telefones de casa, que mais usava. A memória havia pifado e só lembrava o número do celular da ex...
Já estava na merda e sem dinheiro. Andava como se estivesse usando um escafandro. Pesava como se estivesse vestido com roupa de chumbo. Sentei em uma praça e comecei a tentar ordenar o pensamente. Resolvi pedir a uma "alma boa" que me fizesse uma ligação para a ex e o cara de primeira não aceitou. Depois voltei a ele e contei que era um DQ e que precisava de ajuda e que só conseguia lembrar um número. Então ele ligou, ela atendeu o o celular foi passado para mim. Dialogo curto: Eu e sua irmão não iremos lhe ajudar. Pegue um taxi e vá pra casa do seu pai. Isso como se meu pai fosse responsável pela minha insanidade. Disse que não e que gostaria que ela me ajudasse. Ela desligou.
Voltei a insistir e ela só faltou me dizer: vá se foder ! não queria mesmo ajudar. Eu estava tão desorientado que nem sabia como ir para a casa do meu pai, nem onde ficava a casa da ex...
Novo telefonema permitido pela alma caridosa. Em resposta ouvi: Não insista; não venha para aqui porque seu filho e você não se cruzam e eu não quero você aqui no apartamento do meu filho. O filho era só dela! Tudo bem que existem idiosincrasias, do guri querer me bater e chegar a ir além. Mas nessa vida de drogas ficamos sabendo de muita gente que usa e este filho usa cocaína e maconha há muitos anos. Um dia - quando de boa - ele me contou que o pessoal de SP, aonde ele mora, ia fumar maconha no apartamento dele, na frente da mãe, a santinha. Fiquei calado...
Sentei no banco da praça meditando e procurando saber qual o caminho que iria tomar e fui, andando, como um ROBOCOP até outro local, mas fui na fé e nem queria saber das consequências. Queria fazer minha reparação, pedir desculpas e perdão pelo meu grave erro, admito.
Lá chegando o portão estava fechado e tudo era eletrônico. Cerca eletrificada. Coisa desse meu filho que foi sindico desse edifício que tem um ar esquisito, embora bonitinho.
Uma pessoa chegou na porta do prédio e eu me aproximei esperando a abertura do portão. Trocamos breves palavras e pronto, estava dentro do edificio. Fui até o apartamento e ela não estava, foi fofocar na casa da minha cunhada, que fica perto. Então me coloquei em posição estratégica à espera da chegada dela. Estava exausto. De repente ouvi um baque. Era a porta do elevador que é dos mais porretas: é ruidoso pra caramba. Como suspeitei era ela. Pegou a chave na bolsa e abriu a porta. Quando ia fechar empurrei a porta sem usar a força e, ela, quando me viu, deu um estrondoso grito. Dai eu dei risada eela me expulsava. Dizia que haveria briga com o filho hostil, mas eu não estava com medo de briga e nem queria saber de brigar. Fui entrando e disse que dali não saia, que estava exausto, que ela segurasse a onda e me deixasse ficar para dormir. Queria tomar um banho.  Estava sujo. Ela pegou o telefone e ligou para a cunhada e começou a contar o ocorrido, mas falava tão alto que parecia estar irradiando a conversa para todos os moradores do prédio...
Bem, agora estou cansado e amanhã, se conseguir conexão, conto o resto e a razão do meu sumiço.
sph
Aproveito para agradecer os comentaristas e aos novos seguidores. Saudades dos blogues que acompanho

Um comentário :

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